Capítulo - 25

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Nívia e Raike foram para a sala de estar depois do jantar. Eram 19 horas e 40 minutos de uma noite de quinta-feira. Quando Raike estava se dirigindo até a porta da sala, Nívia segurou o braço esquerdo dele e disse:

— Não vá ainda. Quero que você dance comigo.

O jovem olhou para a mulher e falou:

— Eu não sei dançar.

— Eu te ensino. Vamos dançar.

— Está bem.

Nesse momento, Nívia ligou o aparelho de som. Em seguida, ela pegou um CD que estava dentro da gaveta da estante. Logo após, Nívia deixou o disco no compartimento do tocador que reproduzia as mídias. Ela apertou o botão play do aparelho de som. Nesse momento, a música Moonlight Sonata começou. Era a melodia preferida de Nívia.

O rapaz estendeu a mão direita para Nívia que a segurou logo após. Ambos começaram a dançar lentamente. O rapaz olhava nos olhos dela. Às vezes, o virkoniano pisava nos pés de Nívia e pedia desculpa. Ela sorria. Em um momento, Raike falou:

— Eu gostaria que você conhecesse minha nave espacial.

— Eu adoraria.

— Amanhã, eu te levarei até lá. Além disso, vamos viajar de nave pela cidade.

— Os humanos podem ver o disco voador. Você precisa ser discreto.

— Dificilmente alguém nota uma nave alienígena que paira no céu. Os que veem não acreditam no que viram.

Quando a música acabou, ambos pararam de dançar. Nesse momento, ele se aproximou da porta da sala e falou:

— Tchau, Nívia. Nós nos veremos amanhã.

— Até logo, Raike.

Ele abriu a porta e se retirou da casa. Nívia fechou a porta em seguida e começou a subir a escada em direção ao segundo andar.

Raike entrou em sua espaçonave e trocou de roupa. Ele vestiu um pijama que era feito de um material que brilhava. O rapaz se deitou em uma cama e dormiu. Naquela madrugada, ele teve um sonho onde Raike e Nívia estavam juntos na beira do penhasco. Ambos se encontravam sentados no chão e olhavam o pôr-do-sol. Nesse momento, os dois viram um ponto luminoso que estava vindo do céu. Quando olharam, perceberam que um disco voador estava se aproximando deles.

A nave pousou perto deles no penhasco. Raike segurou a mão esquerda de Nívia e disse:

— Não saia de perto de mim, Nivia.

Nesse momento, uma porta daquela espaçonave se abriu. Um alienígena que possuía aparência de lagarto saiu de dentro do disco voador. O extraterrestre que o jovem viu era o Dr. Quix. Raike perguntou para o cientista virkoniano através de telepatia:

— O que está acontecendo?

— Raike, você tem algo que queremos. Nós estamos aqui para levar Nívia. Ela é importante para nossas pesquisas secretas — disse o Dr. Quix por telepatia.

Nívia não podia escutar o que eles diziam, mas ela sabia que estavam tratando de um assunto sério por causa da expressão do rosto de Raike. A mulher olhou para o cientista por um momento.

— Nívia não. Eu não vou permitir que vocês a levem daqui — disse Raike.

— Você parece se importar muito com essa humana. Está apaixonado por ela, Raike? — perguntou o Dr. Quix

— Sim. Eu a amo e sempre vou amá-la — disse Raike.

— Esse amor é proibido. As leis vikonianas proíbem casamentos e relacionamentos entre humanos e os seres de nossa espécie. A pena para essa transgressão é a morte. Você a entregará por bem ou por mal — falou o Dr. Quix.

Nesse momento, outros discos voadores começaram a se aproximar do local. Raike puxou Nívia pelo braço. O casal fugiu do cientista nesse instante.

Enquanto os dois apaixonados corriam pela mata, Raike dizia em alta voz: "Eu não vou permitir que eles te levem daqui. Você não vai embora com aqueles cretinos". Em um momento, ela tropeçou. Nívia parecia exausta. Raike a ergueu nos braços e continuou correndo. Quando os dois chegaram em um determinado local da floresta, vários soldados virkonianos que possuíam aparência humana saíram de trás das árvores. Quando Raike tentava ir por outra direção, ele se deparava com outros de sua espécie. O casal estava encurralado. Os soldados usavam uma espécie de uniforme militar e portavam revólveres a laser. Nívia perguntou:

— Por que eles não estão atirando em nós?

— Eles receberam ordens para te capturar viva — respondeu Raike.

Nesse momento, alguns soldados abriram caminho para o Dr. Quix que estava se aproximando do cerco. O cientista virkoniano falou por telepatia:

— Não atirem nele ainda. Matem-no assim que nós a capturarmos.

Os soldados se aproximavam cada vez mais do casal. O cerco se fechava naquele instante. Nesse momento, o jovem extraterrestre acordou sobressaltado.

Raike estava transpirando. Será que aquilo era uma premonição? Aquele jovem virkoniano encontraria a morte por causa do que sentia por Nívia?

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