9. DESCONHECIDO

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se me perguntarem qual a sensação que tenho toda vez que ouço seu nome, mesmo depois tanto tempo que andamos por caminhos diferentes, eu sempre irei dizer que sinto paz. não por ter achado a minha paz em você, ou por tudo que você me proporcionou. mas por estar em paz comigo mesma.

por saber que fiz de tudo que me era permitido e que estava ao meu alcance, por saber que dei o meu melhor em cada parte, e lutei cada minuto por nós.
me permiti ser feliz, chorar e, acima de tudo, me permiti ser eu mesma em todas as minhas ações e gestos. sendo sincera não só com você, mas comigo também.

então, não vejo motivos para não me sentir em paz, por não ter dado certo. porquê a verdade, é que deu certo sim! deu certo pelo tempo que durou, e foi bom, muito bom. mas chega uma hora, em que as coisas precisam de um fim, para ter novos recomeços. como aquele batom que eu amava, e que, conforme o tempo passava, ele foi se desgastando e desgastando e acabou tendo um fim, e com isso, eu apenas me permiti experimentar novas cores e sabores, mesmo sabendo que aquela cor sempre ficará marcada em mim. e assim como foi com o batom, é com você, eu precisava mudar, experimentar do novo, das novas cores e sabores.

sei que existe uma sutil diferença entre o querer não mudar, por estar, de fato, muito bem no estável e não mudar por medo e insegurança da instabilidade que o novo representa.

e eu digo uma coisa, eu nunca me senti tão bem por optar pelo desconhecido.

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