JESSICA.
Tentava soltar as correntes do meu pulso pela vigésima vez mas não conseguia,já sentia meus braços doendo por aguentarem o peso do meu corpo.
Logo ouço barulho de chaves e vejo ele entrar parecendo meio irritado como se não tivesse conseguido dormir e ele se senta encostado na parede olhando pro teto com uma faca nas mãos passando dedos na lâmina:
-S-Se continuar fazendo isso vai se cortar..
Ele me olha indiferente e eu desvio o olhar e vejo pelo canto do olho ele jogando a faca pra cima e ele repetiu umas cinco vezes.
Na última vejo numa velocidade reduzida a faca cair me refletindo na lâmina e por trás ele estava com as íris acesas e ela se crava no chão mas ele havia sumido:
-Uhn?mas onde..
Viro o rosto e ele estava do meu lado segurando a corrente das minhas mãos e consigo abaixar os braços pelo susto:
-C-Como você...
-Anda..
Ele me puxa e tento lutar pra não ir mas falho:
-Para de se debater assim só está dificultando as coisas pra você.
Ele me leva subindo as escadas e saímos do porão e vejo que estávamos numa casa de madeira,tinha toques bem chiques por sinal e pude olhar pela janela um minuto estávamos no meio de uma floresta e campos enormes.
"Suficiente pra me matar e ninguém nunca me encontrar",tremo com esse pensamento e olho ele de costas pra mim e entramos numa cozinha e ele vira pra mim tirando a corrente de apenas uma das minhas mãos deixando a outra presa e prende a ponta da corrente em um tipo de coisa de metal que não lembro o nome e eu me sento numa cadeira quando ele empurra pra frente e logo ele vira as costas pra mim indo preparar algo e levanto a sobrancelha curiosa:
-O que está fazendo?
Ele não responde e eu olho a corrente em meu pulso com um cadeado em quando ele estava distraído e procuro qualquer coisa pra tentar usar como chave dentro dos bolsos do meu jaleco e sinto apenas um grampo e olho pra ele ainda de costas pra mim enquanto tentava usar o grampo no cadeado e baixo a cabeça por um minuto tentando destravar quando sinto uma mão me puxar me derrubando da cadeira e outra segurando meus braços e senti ele chegar perto do meu ouvido:
-Acha mesmo que é fácil assim fugir?-ele sussurra.
Eu me arrepio corada pela proximidade e sinto ele me soltar e levanto pronta pra falar quando vejo ele com meu jaleco em suas mãos e olho pra mim.
"Como ele tirou se a corrente ainda esta no meu braço":
-Me devolve-Tento pegar quando um osso é posto contra meu pescoço.
-Não abuse da hospitalidade estou sendo até gentil-ele enrola meu jaleco e o joga no fogão a lenha o queimando
-HEY!!!
-Se senta.
-Não até me dizer o que está fazendo!?
-Você é teimosa.
-E você..
Ouço a campainha tocar e ele para:
-Fique aqui de boca fechada-ele sai.
Eu tento me soltar ouvindo vozes na sala e pego uma faca na bancada e tento abrir o cadeado e fico tentando implorando pra funcionar quando ouço um "Clack" baixo e vejo o cadeado aberto e me solto e tento abrir a porta mas estava trancada..ouvi passos chegando perto e decido achar outra saída.
Abro a janela quebrando saindo depressa me arranhando um pouco quando caio no chão e levanto correndo o mais rápido possível pelo campo;
-Deve ter um caminho..saída..qualquer lugar pra eu poder me esconder-falo pra mim mesma correndo.
Sabia que ele já teria notado que fugi mas não liguei e entro entre árvores sentindo a adrenalina logo baixando aos poucos e ouvia latidos e corro depressa me arranhando nos galhos de árvores e arbustos e através do um pequeno riacho me deixando encharcada e consigo me esconder entre arbustos e vejo cães cor branca farejando tentando achar meus rastros mas vão em outra direção e suspiro correndo o mais longe possível floresta a dentro.(......)
Eu andava na floresta e o céu já estava escuro e ouvia apenas meus passos entre a grama e folhas secas e me apoio na árvore.
"Fugi pra não morrer nas mãos de um assassino mas vou morrer na floresta,irônico.",Dou mais alguns passos quando ouço um estalo e sinto minha perna ficar presa e grito caindo no chão e vejo meu tornozelo preso numa armadilha de urso e o sangue escorria.
Eu me encosto na árvore sentindo meu rosto ficar encharcado e pego um graveto tentando abrir mas em vão.
Eu me encosto na árvore sentindo uma dor enorme e minha visão embassa.
A armadilha tinha acertado algumas veias e estava perdendo muito sangue logo morreria de hemorragia externa ou hipotermia pelo frio que tinha na floresta;
Ouvi barulho de passos enquanto minha visão escurecia e senti luz contra meu rosto quando apago de vez.(......)
Acordo ouvindo vozes um pouco afastadas e me sento:
-Que sonho maluc...
Olho ao redor notando não estar nem no meu consultorio ou meu apartamento e olho meus pulsos com marcas de corrente:
-Maravilha..
Vejo a porta ser aberta e ele entra segurando faixas e algum tipo de pote e ele me olha:
-Ótimo acordou.
-O-Oque..porque?
-Fique parada enquanto troco isso.
Ele puxa a coberta e vejo meu tornozelo enfaixado e o pano estava ensanguentado e sentia dor demais pra se mexer.
Ele puxa e solto um gemido baixo e ele parece notar e logo começa a desenrolar a ferida e pega um pano limpando usando uma coisa daquele pote e cubro a boca quase gritando pela ardência que aquilo causava.
Ele logo limpa e enrola a faixa em minha perna e prende:
-Pronto..
Ele pega os panos sujos de sangue saindo;
-Porque não me deixou morrer lá-falo o encarando.
-Quem vai matar você sou eu não vou deixar nada fazer meu trabalho-falou sem se virar pra mim e sai.
Eu olho minha perna ferida e realmente era um corativo muito bem feito e deito confusa.
Ele tinha chance de me matar em vez de me deixar lá mas porque não fez.
Eu suspiro vendo minha mexa ficar cinza me sentindo vazia e deito olhando pra janela e era de dia e ouço a porta se abrir e vejo ele entrar segurando uma bandeja com comida e me sento quando ele estende pra mim e se senta aos pés da cama segurando uma faca fazendo de novo aquele jogo.
Eu olho pra comida,tinha uma fatia de torta com um chá e garfos e acho que a faca era a que ele segurava e o olho:
-Não está envenenado come logo.
-Porque deveria confiar em você?Você diz que vai me matar.
-Porque eu te salvei da floresta e não pretendo te matar enquanto esta frágil.
-E meu paciente matou facilmente.
-Tinha diferenças..fui contratado pra isso.
-Quem faria isso.
-Não tenho permissão pra te falar,e também porque se importa.
-Ele era meu paciente-falo séria o olhando e afasto a bandeja desviando o rosto.
-Com pacientes como esse quem precisa de inimigos certo?-falou levantando-Come logo.
-Eu não quero nada de você...me deixe..
-Ótimo!!se quer morrer nesse quarto com fome e sem cuidados fique a vontade,nem sei porque me importo mesmo,afinal de qualquer jeito vou ter que te matar deixar você fazer isso sozinha até facilita...-ele sai mas a bandeja fica na minha cama.
Eu levanto me apoiando na parede deixando o tornozelo ferido levantado e dou pulinhos ate a janela.
Sem chance de sair ele botou trancas e vidro reforçado e me sento na cama ainda com dor e olho a bandeja e pego botando na mesa de cabeceira e deito na cama me enrolando nos lençóis:
-Ótimo....Não preciso de ajuda e nem pedi ajuda dele...eu tô ótima.
Falo apenas aceitando o meu destino:
-Porque apenas não me matou naquele hospital-Suspiro.Mais um capítulo espero que estejam gostando ^^
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Um Amor Assassino
FanfictionSou um assassino. Eu sou apenas uma médica. Porque você entrou no caminho. Eu fiquei assustada. Porque gostei de você. Não entendo. O destino nos uniu por um motivo. Resta saber qual foi? Em um trabalho pra eliminar sua vítima como foi ordenado Ga...