EU sinto muito!

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Espero que estejam gostando, porque até o momento é tudo lindo. Mas a partir daí...

Acho que vou focar só no Luke agora, o primeiro dia dele foi bem mais interessante.

Luke estava deitado no grama de uma floresta olhando as copas das árvores. Uma música tocava. Tudo estava ótimo. Tudo era praticamente perfeito. Mas ele sentia que faltava algo. Olhou para os lados e percebeu que estava só. Gritou os primeiros nomes que vieram na sua cabeça. "Mãe!" e "Pai!". E se lembrou que eles não poderiam estar com ele. Então gritou "Jack!", "Maya" e "Abby!". Mas eles estavam muito longe. Porque estavam longe?

Ele ouviu a voz de Abby o chamando, e correu ao encontro de sua voz.

Lá estava ela. Por que não corria até ele? Ele falou com ela. Ela respondeu.

Ele podia conversar com ela, mas não podia tocá-la.

De repente, ela era um pássaro. E ele, um leão.

— Garoto — dizia o vento. —, você passou a noite aqui? 

Luke finalmente se deu conta de que não era o vento e abriu os olhos assustado.

— Ufa — pensou alto Luke.

O vento na verdade era uma garota de aparelho freio de burro, com os cabelos loiros preso em duas tranças, uma de cada lado, os olhos dela eram azuis muito escuros, praticamente roxos, usava o uniforme de Hogwarts de uma maneira exageradamente correta. Ele esfregou os olhos. Essa cor de olhos não existia. Deveria estar delirando.

Ela parecia intrigada. — Quem é você?

— Luke Young — ele respondeu atordoado. — E você?

— Angelina Castelan — disse ela estendendo a mão para ajudá-lo a levantar. — Você é primeirista também? — Luke assentiu com a cabeça. — Então vá trocar de roupa e vamos tomar o café! Ainda temos meia hora. Mas até você se arrumar e tentar melhorar essa cara, não sei quanto tempo vai levar.

Eles riram e Luke foi se trocar. Será que fazer amigos não era tão difícil quanto ele pensou?

Luke foi com Angelina para a mesa da Grifinória, ele não parou de pensar em seu sonho. Queria ver seus amigos. Queria poder chegar perto deles sem aquele escudo invisível impedir. Era bobo, e ele sabia que foi só um pesadelo. Mas a sensação ruim só iria passar depois de ter um tempo com seus melhores amigos.

Abby estava entrando no Salão e se encaminhando para a mesa da Corvinal. Ela acenou para Luke e sorriu. Como no sonho.

Ele precisava falar com ela!

— Você está bem, Luke? — perguntou Angelina. — Parece incomodado com algo. Ou você é sempre surtado assim? É que tipo, ainda não sei te ler direito.

— Eu estou bem — garantiu. —, só fiquei assustado com um pesadelo. Eu acho que tenho a idade mental de uma criança de seis anos.

Eles riram.

— Vou falar com a minha amiga ali e já volto, okay? — avisou ele levantando-se assim que ela assentiu.

Ele caminhou até a mesa da Corvinal, onde Abby estava sentada comentando, chocada, do fato de ter gostado de um bolo de laranja pela primeira vez na vida. Luke sabia bem desse gosto peculiar. Quem não gosta de bolo de laranja? Ela gostava da fruta, mas doces da fruta? Aí nem insistindo muito, ela se recusava.

— Abby? — falou apreensivo.

— Luke! — exclamou Abby pulando no pescoço dele. Um peso pareceu sair das costas dele nesse momento. Nem havia percebido o quanto estava tenso.

A TRADIÇÃO DO NÚMERO 4 (HP) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora