Capítulo 3

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Apesar da genuina antipatia que Madeleine senti por aquele homem vulgar... Tá na cara que Armand desperta na condessa muito mais que ranço! 😂😂😂

Lady Madeleine Cavendish encontrou dificuldade para dormir.
Armand de Chevalier era o responsável. Enquanto se virava de um lado para outro lado, Madeleine admitiu, relutante, que seria impossível negar que o crioulo insolente despertará nela um sentimento perturbador que ela julgava morto havia muito tempo.

Disse a si mesma que era completamente normal, nada com o que se preocupar. De fato, era muito simples. De Chevalier era incrivelmente másculo. Ela, totalmente feminina. A polaridade havia gerada sua própria tensão dinâmica, criando assim uma curiosidade natural e certa fascinação.
Felizmente, era sábia o bastante e para reconhecer a atração pelo que era. O conhecimento elementar seria uma ajuda valiosa na construção de uma total imunidade ao charme questionável do crioulo.

Não havia motivo para se preocupar com o atraente de Chevalier. Mesmo que ele se recusasse a deixá-la e em paz, o que ela suspeitava que fosse acontecer, não causava ria maiores problemas. Afinal, ela não era uma garota sonhadora de dezoito anos. Era uma mulher inteligente e sensata, de vinte e sete, cujos joelhos não tremiam toda vez que um homem bonito sorria para ela.

Afastando o crioulo da mente com determinação, Madeleine pôs-se a pensar nos dois homens maravilhosos que estavam à sua espera em Nova orleans. Sentia-se ansiosa para chegar ao seu destino, além de genuinamente delíciada pela ideia de viver naquela cidade.

Como seus pais haviam morrido e ela não tivesse parentes próximos na Inglaterra, Madeleine moraria com seu querido tio Colfax até a primavera seguinte, quando se casaria com lorde Enfild. O tio lhe garantirá que o conde era um homem respeitável de caráter impecável, respeitado e muito rico, depois de mais de dez anos na América.

Ela sorriu no escuro, satisfeita com o fato de seu tio e seu noivo serem tão bons amigos. Era importante para Madeleine  que Colfax aprovasse o homem com quem ela iria se casar. O tio solteiro a amava como uma filha. Em diversas ocasiões ele fizera questão de lembrá-la de que era a única herdeira de sua fortuna considerável. Madeleine, porém, também o amava, e esperava que muitos anos se passassem, antes que ela recebesse sua herança.

Além do mais, não precisaria d fortuna do tio. Lorde Enfild era um homem rico. Madeleine suspirou profundamente e, então, bocejou.
Sentindo-se por fim sonolenta, virou-se de bruços, abraçando o travesseiro e fechou os olhos. Instantes depois já dormia.

Na manhã seguinte
Madeleine foi despertada pelo sol  que entrava pelas vigias de seu luxuoso camarote. Sendo uma mulher que adorava aventuras,vestiu se depressa e correu​ para o convés.
Usando uma sombrinha amarela para proteger a pele clara, a condensa cumprimentava os demais passageiros enquanto passeava.

Ela inspirou profundamente, saboreando a brisa marítima, e observou com prazer as águas calmas do mar azul. Sentiu-se feliz e satisfeita. Os cavalheiros por quem passava faziam mesuras em cumprimento. As damas sorriam e, na maioria, convidavam na para o chá da tarde, no salão feminino.
Madeleine continuou seu passeio.
Caminhava devagar, sem pressa. Sorria o tempo todo, desfrutando da beleza daquele quente dia de agosto no mar. De repente ela parou e piscou repetidas vezes.

Vários metros a frente, um casal apoiava se na amurada. Riam com alegria e empunhava taças do que parecia ser champagne, embora ainda fossem dez horas da manhã. A morena voluptuosa, vestindo um caro conjunto de viagem azul claro, olhava para o homem e como se ele fosse um Deus. Ele, sorria para a bela mulher e como ele se os dois partilhas sem um segredo excitante, vestia um terno feito sob medida, de impecável linho bege.

Armand de Chevalier!
Lady Madeleine franziu o cenho, endireitou as costas e retomou a caminhada. Seguiu diretamente para o casal sorridente. Quando se aproximava, esperou que de Chevalier ergue-se os olhos, a visse e a cumprimentasse.
O que não aconteceu.
Aproximou-se mais, e deliberadamente, parou por alguns segundos, dando aos dois a oportunidade de vê-la.
Infelizmente eles pareceram não se dar conta de sua presença. Tinham olhos apenas um para o outro.

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⏰ Última atualização: Jun 05, 2022 ⏰

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