Capítulo 2

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Vocês perceberam como o charmoso Armand, deixou Madeleine mexida logo no primeiro encontro? E é só o início, porquê ele vai deixar a condessa totalmente sem fôlego!

Depois de um cochilo revigorante, seguido por um longo banho, Madeleine voltou a se sentir bem e revigorada, ansiosa para sua primeira noite no mar.
Madeleine escolherá para o primeiro jantar no mar, um vestido de baile confeccionado com seda verde, decote profundo, cintura muito justa e saia ampla, que ondulava sobre inúmeras saiotes.
Chegando atrasada, como recomendava a etiqueta, admirou o imenso salão, com seus candelabros reluzentes, carpete alto e macio e paredes cobertas de sandália encerado. Um camareiro de bordo a conduziu a mesa do capitão. Uma dúzia de pessoas ocupava os lugares a grande mesa redonda. Todos os cavaleiros levantaram quando a cadeira foi puxada para ela. Balançando a cabeça e sorrindo a medida que era apresentada aos componentes do grupo, Madeleine notou que a cadeira ao lado da sua estava vazia.
Quando o garçom estendia um grande guardanapo de linho branco sobre ela, Madeleine avistou o desconhecido. Estava impecávelmente vestido em trajes noturnos e atravessava o salão apinhado.

Ora, ele se encaminhava diretamente para a mesa do capitão!

Lady Madeleine empertigou-se, tensa, e cerrou os dentes ao vê-lo puxar a cadeira a sua direita e sentar-se.
Armand de Chevalier virou-se para responder com cortesia, a pergunta de uma mulher roliça, que vestia roupas carrissimas, sentada ao lado dele.
Lady Madeleine sentiu uma pontada de alarme por saber que ela é aquele crioulo vulgar viveriam na mês cidade. Estremeceu diante de tal perspectiva.
_ Está com frio milady? _ Armad perguntou em tom suave. _ Se estiver posso...
_ Sinto-me muito bem, Obrigada, sr. de Chevalier _ ela replicou em tom gelado, estendendo a mão para apanhar o copo de vinho.
Pelo canto dos olho, viu os lábios dele se curvarem em um sorriso irônico, e sua antipatia por ele cresceu.
Para ela, o jantar foi extremamente desagradável. Não dirigiu a palavra a ele nenhuma vez, deixando claro com seu silêncio que não estava interessada em saber mais sobre ele, nem pretendia contar lhe mais sobre si mesma.
Ele não insistiu.
Diante da insistência do capitão, um senhor grisalho é muito simpático, a sorridente condessa permitiu que ele a acompanhasse ao salão de baile. Tendo deixado Armand para trás, ela começo a relaxar e se divertir.
Exibiu um sorriso encantador quando o velho capitão se pôs a conduzi-la sem ritmo. E riu bem humorada quando ele pisou no seu pé. Mas seu sorriso evaporou quando Armand apareceu e bateu de leve no ombro do capitão. Ousado, ele interrompeu o casal, tomou-a nos braços e pôs-se a rodopiar pela pista.
Madeleine cairá numa armadilha. Todos os observavam. Ela não podia fazer cena. Não podia simplismente empurra-lo para longe e deixar o salão. Não tinha alternativa se não sorrir e dançar.
O sorriso de Madeleine era forçado.
Seu corpo estava duro como um tronco de árvore. Pelo menos de início, pois a situação logo mudou.
O crioulo era um dançarino tão hábil e tão fácil de acompanhar que Madeleine, que adorava dançar começou a relaxar nos braços dele. E a se divertir. Muito.
Pouco depois ela já não se dava conta da multidão que os observavam. Não se dava conta de coisa alguma, exceto do homem que a conduzia com destreza pelo salão.
O corpo esbelto e musculoso mal tocava o dela, mas ela sentia cada movimento dele, como se estivessem colados. Era como se fossem um só corpo, o de Madeleine em perfeita sintonia com o dele, de maneira que era fácil prever a mais leve nuance de movimento antes que acontecesse.
Era estranho.
Era maravilhoso.
De repente todos os sentidos de Madeleine se aguçaram.
O tato era o mais pronunciado de todos os sentidos.
A mão de Armand nas costas de Madeleine, conduzindo-a gentilmente, era quente e persuasiva, os dedos tocavam de leve sua cintura, mas pareciam queimar-lhe a pele, através da seda do vestido. A outra mão segurava de leve os dedos de Madeleine, pressionado-os contra o peito largo. O calor que emanava era intenso, dando a ela a impressão de que havia fogo onde seus corpos se tocavam.
Um arrepio percorreu a espinha da condessa.
Foi tomada pela visão, pelos sons, pelo perfume e pelo toque daquele homem atraente como o pecado. Sentido-se culpada, perguntou-me sobre outro sentido...do paladar.
Como se sentiria ao ser beijada por ele?
Discretamente estudou os lábios sensuais e sentiu mais arrepios.
Rapidamente desviou o olhar.
E viu, refletido nas paredes espelhadas do salão, o casal que rodopiava na pista. Ele, alto, moreno, de ombros largos. Ela, de pele clara, esguia, ombros nus.
Era uma imagem poderosa, e Madeleine sentiu-se subitamente tonta. Seu parceiro percebeu imediatamente a sua condição e, com habilidade conduzi-la para o deque deserto, sem parar de dançar.
Lá fora, Armad a levou até a amurada , onde a brisa os refrescou.  Esperou que ela recuperasse o fôlego e que a cor retornasse às faces.
_  Melhor? _ perguntou.
Ela assentiu e respirou fundo. Então segurou a grade com força, ergueu o rosto ao vento e fechou os olhos. Em silêncio Armand observou-a com admiração. Ah, que maravilhosa visão era ela!
Madeleine voltou a fita-lo. No mesmo instante instante, parte do calor perturbador voltou.
Fascinada pela estatura imponente, pela largura dos ombros dele e pela maneira como o luar prateava os cabelos negros, disse em tom ansioso:
_ Boa noite, sr. de Chevalier. Eu...eu preciso me retirar para o meu...meu camarote. _ gaguejou ao olhar os lábios sensuais e sentir o corpo sacudir aos arrepios. _Mal o conheço e não é de bom tom ficarmos aqui sozinhos.
Armad sorriu e perguntou.
_ Teria sido melhor ficarmos lá dentro, onde você teria desmaiado diante de todos.
_ Eu nunca desmaio!
_ Ah, sim. Acho que me enganei _ disse provocando. _ Pensei que estivesse se sentindo um pouco tonta e...
_ Eu estava, mais sinto-me bem agora, sr. de Chevalier... Se ser licença...
Madeleine virou-se.
Ele a seguiu.
_ Vou acompanhá-la até seu camarote.
_ Não será necessário. Posso ir sozinha...
_ A condessa ouviu bem _ ele a interrompeu em tom autoritário, ao mesmo tempo que segurava em seu braço e a acompanhava.
Uma vez diante da porta do camarote, Armand fitou-o por um longo momento. Então, apoiou uma das mãos no batente, bem acima da própria cabeça, e inclinou-se para ela.
_ Almocei comigo amanhã _ disse.
_ Isso está fora de questão, senhor. Estou... Eu... _ pretendia informar que estava noiva, mas não devia explicações a ele. _ Não estou interessada em partilhar o almoço, ou qualquer coisa com o senhor.
Imperturbável, Armad abaixou o braço, roçou a ponta dos dedos nos ombros dela, sorriu e disse:
_ Bem, sei quando devo me retirar. Boa noite, Madeleine.
_ Lady Madeleine para o senhor! _ ela corrigiu, indignada.
_ Ora, Maddie, você não é minha lady.
Ela virou-se, abriu a porta e correu para dentro, enquanto ele acrescentava num sussurro baixo:
_ Ainda.

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Madeleine e Armand, estão te esperando.
Pra continuar acompanhando essa paixão avassaladora, é só me seguir!

Segredos Perigosos _ AdultoOnde histórias criam vida. Descubra agora