Prólogo

8 1 0
                                    


Eu tentava acompanhar minha mãe no beco diagonal, ela anda muito rápido. Este seria meu sexto ano estudando em Hogwarts, se eu não tivesse saído. Estudei lá dos 11 anos até os 13, mas aí minha mãe teve que se mudar para a Rússia, e eu, tive que ir junto. Permaneci estudando lá durante dois anos, hoje estou com 16 anos. E sinceramente, prefiro mil vezes lá. Além de darem preferência à magia sem varinha e à magia negra os uniformes são muito melhores. Na escola em que estudei o uniforme era, uma saia azul marinho, sapatos com um salto pequeno – para as meninas -, uma blusa branca com o brasão da escola e um blazer simples, também azul marinho.

Teríamos de passar no Olivaras, já que, sem querer, eu quebrei a minha varinha, além disso, ela era velha, pertenceu à minha vó.

- Olá! Em quê posso ajudá-las?

- Quero comprar uma varinha, óbvio. – falei revirando os olhos.

- Oh! Claro. Destra? – assenti – Estenda o braço para eu poder analisar e achar a varinha perfeita. – estendi o braço e logo ele mediu. Foi no meio das prateleiras, pegou três caixas que continham varinhas. – Tente essa. Mogno, 27 centímetros, núcleo de pelo de unicórnio, flexível. – fiz algum movimento qualquer, mas nada aconteceu.

"Que tal essa outra? 24 centímetros, eucalipto, núcleo de fibra de coração de dragão, meio flexível." Tentei, mas não deu em nada, novamente. "Bom, tente essa última. Feita de ferro élfico, 31,7 centímetros, inflexível, núcleo de fibra de coração de dragão" Essa varinha era bonita, com pedrinhas roxas, azuis e verdes decorando seu cabo, em sua ponta tinha um único cristal que não tinha uma cor específica. Assim que a peguei em minhas mãos, senti um formigamento em meus dedos. É essa. Sorri para o Olivaras. "Que bom que achou a varinha perfeita, Srta. Storm." Sorriu para mim.

Minha mãe pagou minha varinha. Saímos do Olivaras, fomos na Floreios e Borrões, para comprar meus livros, era uma lista meio extensa, mas fazer o quê? Compramos também pergaminhos e penas. Sorri com as penas que minha mãe comprou. Está na hora de ir ver o uniforme. Na hora de entrar na loja de Madame Malkin, acabei esbarrando com alguém. A pessoa levantou a cabeça e logo vi que era Harry Potter e companhia.

- Olá Júpiter! – cumprimentou.

- Oi. – fui fria, como sou com todos.

Deixe-me explicar, no meu terceiro ano em Hogwarts acabei me apaixonando por Harry "Testa Rachada" Potter, e, bom, ele despedaçou meu coração quando eu o ouvi falando da Cho, eu era da Grifinória. Agora, terei de fazer o teste do chapéu seletor novamente.

- Faz tempo né. – apenas assenti, acabei esbarrando o braço esquerdo em um balcão que tinha ali, me fazendo gemer de dor – Está tudo bem?

- Sim. Se me dá licença. – entrei no banheiro feminino que tinha na loja.

Levantei a manga da blusa, vendo ali a marca negra. Joguei um pouco de água em cima, e seguei. Voltei para a loja como se nada tivesse acontecido. Eles me encararam estranho. Sentei-me em uma das poltronas que havia ali. Minha mãe me olhou como se dissesse "Eu sei o que aconteceu". Vi o Testa Rachada com o olhar fixo mais à frente. Vi Draco Malfoy tirando as medidas.

- Ai! Toma mais cuidado aí! – Draco praguejou quando Madame Malkin espetou-o com um alfinete. Vi Narcisa vir até minha mãe e começarem uma conversa animada. – Caramba! Não consegue fazer nada direito? – o Malfoy gritou. O olhar de Narcisa caiu sobre Harry e companhia.

- Vamos, filho. Esse lugar está ficando mal frequentado. – E saiu andando com Draco atrás.

- Filha, fique para fazer seus uniformes, depois me encontre na loja de caldeirões. – assenti.

Minha mãe saiu, atrás de Draco e Narcisa. Eu continuei sentada na poltrona, folheando alguma revista de celebridades bruxa. A poltrona ao meu lado foi ocupada.

- Você está diferente. – Hermione apontou o óbvio.

- Estou.

- É por causa do motivo que estou pensando?

- Por que pensar? Pode falar o que quiser sobre mim por aí.

- Por Merlin! Eu sou sua amiga! – a encarei, suas bochechas estavam coradas – Tudo bem que não fui uma boa amiga nesses anos, mas, eu não poderia te mandar cartas, a Umbridge estava revistando tudo quanto é carta que chegava à escola!

- Tudo bem.

- Só preciso saber uma coisa. Você ainda é apaixonada pelo Harry?

- É óbvio que não! – dei um sorriso debochado – Nada que uns beijos na boca não resolvessem. Era só uma paixonite boba.

- Hm. – foi tudo que falou.

- Quiser falar pra ele, pode falar, é passado mesmo.

- Não sei... Mas, voltando a falar de você, você não mudou somente sentimentalmente. Fisicamente você está um arraso!

- Ahn, obrigada. Deixei de usar os óculos, já que um bruxo conseguiu deixar minha visão melhor, eu ainda enxergo meio embaçado, mas nada que me atrapalhe, então não uso os óculos mais.

Quando percebi ser minha vez de tirar as medidas, me levantei e fui até o pedestal que tinha para ficarmos. Madame Malkin tirou minhas medidas e logo as tesouras e agulhas estavam flutuando no ar e fazendo meu uniforme. Olhei de relance para Hermione e ela sussurrava algo para Harry, e o mesmo me encarava intensamente, com um ponto de interrogação em sua face.

Logo Madame Malkin terminou, colocou meus uniformes em sacolas decoradas da loja e eu paguei. Quando passei pelas poltronas em que estava Harry e companhia, Harry levantou e começou a me seguir. Apurei meu passo e acabei batendo meu braço esquerdo novamente, mas dessa vez na porta. Eu caminhava apressadamente em direção à loja que minha mãe falou, mas fui puxada para uma viela sem saída.

- Dá para parar de fugir? – perguntou.

- Não estou fugindo.

- Só quero tirar algumas dúvidas. O que a Mione me falou é verdade?

- E o que ela falou? – perguntei, fazendo-me de desentendida.

- Você realmente era apaixonada por mim?

- Sim.

- E por que não me falou? – percebi ser uma pergunta retórica – Podíamos ter tentado ter alguma coisa. – me encarou nos olhos – Só mais uma pergunta. Você ainda gosta de mim?

- Não. – desviei o olhar.

- Então fale me olhando nos olhos.

- Harry "Testa Rachada" Potter, eu te odeio com todas as minhas forças por ter partido meu coração, restando somente a pedra que eu coloquei no lugar. – falei alto o encarando – Agora se me dá licença, eu preciso ir encontrar minha mãe.

Saí dali. Vi Draco se afastando. Ele ouviu. Dei de ombros. Fui até a loja em que minha mãe estava. Sorri para ela e escolhi um caldeirão que tinha alguns detalhes e comprei os ingredientes necessários para as poções.

Esse ano vai ser um ano épico.

Sorry, I'm a Death EaterWhere stories live. Discover now