Capítulo 4

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 Minha vida é uma coisa sobre a qual eu não gosto de falar

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Minha vida é uma coisa sobre a qual eu não gosto de falar. Olhares de pena, é algo que eu não suporto. Mas o homem ao meu lado, parece me entender. Não sei explicar, mas ele me passa uma segurança. Um conforto. E eu gosto disso.

- Minha mãe me abandonou quando eu era bebê. Meu pai, ele ficou. Bom, em partes. Eu o via, no entanto, éramos estranhos. Não tínhamos nenhum diálogo. Durante toda minha vida, eu não soube o que era receber um carinho de uma pai ... de uma mãe. Eu nunca soube o que era isso. Fui criada pela Lucy. Ela foi uma mãe pra mim, mas sempre quis saber como realmente é ter pais que me amassem. - Digo e sinto lágrimas descerem no meu rosto, aquecendo naquela noite fria. - Antes de vim, eu tentei conversar com meu pai, confesso que com esperança de nos aproximarmos. - Sorriu amargurada - Mas ele nem olhou na minha cara. Disse que eu não faria falta. - Sinto braços me envolverem. E ele afagar meus cabelos.

- Ele é um babaca. Desculpe, mas é a verdade.

- Sempre achei que ele me culpava por minha mãe ter ido embora. Por ter nascido e estragado a vida deles.

- Não diz isso Kathy. Ninguém tem culpa por ter ... pessoas como essa como família. - Ficamos em silêncio - Era isso? Você estava esperando uma ligação dele? - pergunta e apenas assinto.

Sinto seu corpo ficar rígido. Claramente ele estava nervoso e estava se segurando pra não socar algo. Um pigarreio nos chama a atenção. Nos separamos e quis voltar no mesmo instante. O frio estava de congelar.

- Não queria atrapalhar, mas como vocês estavam a tanto tempo parados aí, achei que tivessem congelado. - Scott diz nos fazendo rir.

- Bom, boa noite meninos. E obrigada grandão. - digo olhando pra Henry. Ele sorri e assente.

- Até amanhã Kathy. - diz e entro antes que eu congele aqui de verdade.

Subo para o quarto de Emma, e decido que amanhã procurarei um emprego e logo mais um apartamento. Sei que não vou voltar para a Califórnia, então tenho que me tornar independente aqui. Não posso morar a vida toda com Emma e seus pais. Olho para a loira, e sinto mais uma lágrima esquentar meu rosto gélido. Se não fosse essa baixinha, não sei como seria minha vida. Provavelmente estaria a beira da loucura ou da depressão.

Deito na minha cama e logo adormeço.

Estou em uma praça coberto por flores roxas. Vejo de longe uns bancos, e vou até lá. Me sento e encaro a paisagem a minha frente. Havia um lago, e na beira do lago tinha um casal com uma criança. Uma menina. Ela corria alegre pelo campo. Seu pai a chama e ela vai ao encontro deles. Eles se levantam e vão embora. Mas antes a mulher se vira e me encara sorrindo. A mulher era eu. Me levanto e vou em sua direção. Mas ela segura o braço do homem ao seu lado e a menina e vão embora. Tento alcançá-los, mas não consigo.

O Recomeço - Triologia Amores [ LIVRO II ]Onde histórias criam vida. Descubra agora