I Told You

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Acordo ainda mais enjoado que no dia anterior e sinto-me bastante quente. Tento me levantar cuidadosamente, mas uma tontura impede-me e volto a sentar-me na cama, tentando fazer com que passe. Respiro fundo várias vezes até a tontura passar.

Quando finalmente me sinto em condições de me movimentar, levanto-me cuidadosamente e dirijo-me à casa de banho. Sinto-me realmente enjoado, parece que vou vomitar a qualquer momento.

E nem foi preciso dois segundos até um estar curvado sobre a sanita despechando principalmente liquidos e qualquer coisa que tenha ficado de ontem à noite.

-Querido? - ouço a minha mãe entrar no quarto - Tudo be-

Ela cala-se ao me ver sentado no chão, respirando fundo e tentanto fazer que os espasmos no meu corpo passassem.

-O que aconteceu? - ela abaixa-se, pondo-se na minha altura, olhando-me preocupada.

-Não sei... Estou com naúseas - digo fraco e depois sinto a sua mãe de encontro à minha testa.

-Está a ferver, coração - diz espantada.

-Ajuda-me a levantar - peço-lhe e em seguida ajuda-me a por-me de pé.

Descarrego o autoclismo e pego na minha escova e pasta de dentes para tirar o sabor a ácido da minha boca.

-Volta a deitar-me, querido. Vou-te trazer algo para tomares - diz e logo a vejo desaparecer do meu campo de visão.

Depois de escovar os dentes, volto para a cama, sentindo-me um zumbi, e realmente pareço um, pode ver pelo espelho enquanto escova os dentes o quão pálida está a minha pele e como as olheiras debaixo dos meus olhos são profundas.

Deixo o lençol apenas cobrir-me da cintura para baixo, pois o calor do meu corpo está insuportável.

-Aqui tens - a minha dá-me um comprindo e um copo de água.

-Obrigado, eomma.

-Tenta comer alguma coisa, coração, nem que seja apenas o chá - ela pede.

-Está bem - assinto, apesar de saber que não irei conseguir comer tão cedo, só o cheiro está a deixar-me novamente enjoado.

-Queria poder ficar contigo, mas preciso de ir trabalhar - ela mexe-me no cabelo, olhando triste.

-Podes ir, mãe. Eu fico bem - digo e uma dor de cabeça repentina faz-me dar um pequeno gemido de dor.

-Talvez seja melhor pedir a Moon, para ficar contigo, ou então ligar a dizer que não posso ir hoje - ela diz mas eu travo-a.

-Não é preciso. Leva a Moon à escola e vai trabalhar - insisto.

Não há razões para elas ficarem aqui. Eu vou tentar voltar a dormir e ver se a febre baixa.

Antes de a minha mãe sair do quarto, peço-lhe que me deixe os comprimidos na minha cabeceira, caso eu precise de tomar mais algum.

Volto a minha atenção para o bandeja na mesinha. Não tenho vontade de comer nada, mas comprimido de estomâgo vazio não é aconselhável.

Day's Dream - JiKookOnde histórias criam vida. Descubra agora