O Nosso Recomeço - Parte 2

Saudades

Assim, vou adiantar a viagem dela, porque o ponto principal é agora, um mês sem ela ver o Ian e tudo mais.

Um mês depois

Finalmente estava voltando para casa, era esmagador a saudades que estava de Sophia, mas eu pode pensar na minha vida, em tudo, sem contar que eu me diverti muito, algo que não fazia a muito tempo, ou seja, essa viagem foi mais que perfeita.

— ah! Finalmente — Jules diz assim que saímos do embarque e ela me abraça forte.

— hey, que saudades, agora, quero ir buscar minha filha — digo e ela confirmou e saímos juntas, chegando no carro vi Brooks com um outro homem, se não me engano é o Glen, eu já vi ele algumas vezes — olá — digo dando um abraço apertado em Brooks e logo abracei ele e vi meu carro.

— pedi Glen para trazer, por que você vem cheia de malas e não ia caber no porta malas do carro — Brooks falou dando ombros já colocando minhas malas nele.

— tudo bem, gente, vamos, eu só quero pegar minha filha — falei.

— OK, aqui — Glen me entregou a chave e eu o olhei curiosa — eu vou com eles

— oh! Não, vem comigo, depois vamos almoçar todos juntos mesmo — digo e ele confirma e damos partida para o apartamento de Ian, eu sinceramente não estava preparada para falar com ele, por que as palavras que eu troquei com ele foram Bom dia, boa tarde e boa noite ou passe para a Sophia, nada mais que isso.
Fui conversando com Glen o caminho todo, ele era legal, em todas as breves conversas que tivemos ele era um bom ouvinte, Ian não gosta muito da cara dele, e com razão, Glen fazia tudo que ele não fez comigo, um pouco de atenção em uma festa, tudo em pouco.

— é, sobe comigo?! Para pegar as coisas dela?! — digo e ele me olha surpreso — Jules e Brooks ficaram para trás, ela ta com uma mala aqui — ele deu um breve sorriso.

— É claro! — diz saindo do carro e fiz o mesmo, chegando no elevador, me encaro no espelho, eu estava a usar um short branco e uma blusa de frio fina preta e minha botinhas, meus cabelos já tinha crescido um pouco, bem pouco, só quem me vê com raridade ia perceber, estava mais gordinha, pelas vitaminas que comecei a tomar e minha alimentação deu uma melhorada, até porque agora eu tenho que me agradar, não demorou muito e já estávamos de frente para o apartamento do homem.

— bata, sabe, dois toquinhos leve — diz Glen divertido e ao ver minha tensão, fez isso, bateu na porta e se encostou na parede de frente para mim — olha, não sou seu melhor amigo da terra, mas qualquer coisa, pode avisar, um olhar qualquer ou até um "Glen me socorre" — sua voz de mulher no final me tirou um bela gargalhada, a porta foi aberta pelo homem que ao ver Glen ficou ereto, ele estava ... Lindo como sempre a barba feita, os cabelos já rebeldes e grandes, estava com uma bermuda de moletom e uma blusa, a qual eu já tirei muitas vezes dele.

— Oi — falei baixo para o mesmo que me analisava de cima a baixo, sem disfarçar nenhum momento, até Glen percebeu isso — eu vim buscar a Sophia — ele sabe Nina, por que você estaria aqui ?! meu inconsciente zomba da minha cara.

— MAMÃE — ah! Aquela voz, era a melhor voz do universo, meu peito se preencheu por completo, a pequena veio correndo na minha direção e eu me ajoelhei, a pegando firme para mim — minha mamãe — diz agarrando meu pescoço firme.

— Ah filha, que saudades — digo passando a mão nos seus cabelinhos cheirosos, eu a apertei forte e me levantei, beijando sua bochecha — lembra do Glen?! Dê oi para ele filha — digo e ela olha ele toda envergonhada e sussurra um oi para o homem que sorri e pega no nariz.

— olá! princesa — diz e vejo Ian voltar com as bolsas dela, eu nem vi que ele tinha saído.

— como eu falei, ela tinha pegado uma gripe fraca, ainda esta tomando antibiótico, esta tudo escrito na caixa e o ultimo horário que eu dei, princesa, eu te vejo no final de semana — ele diz para a pequena e se aproxima, dando um beijo na cabeça dela e um abraço, ele estava perto, muito perto, meu corpo todo se alarmou com isso, mas ele logo se afastou, vi Glen pegar as coisas.

— Até mais — digo simples olhando ele que respirou fundo e confirmou mas quando dei um passo ele me segurou pela barra do short e eu me virei.

— eu estou feliz, que você esteja bem, Neens — ele diz e me solta, eu o encarei atordoada e confirmei com a cabeça, então, eu vou para o elevador rapidamente.

— eu não vou chorar, eu não vou chorar — eu comecei a falar comigo mesmo, enquanto o elevador descia, senti ele parar bruscamente e olhei Glen

— Nina, você já esta chorando — ele falou passando a mão no meu rosto limpando as lagrimas, eu coloquei Sophia no chão — vem — ele se aproximou e me abraçou e minhas lagrimas desceram sem parar, eu sabia que isso ia acontecer, eu queria que isso parasse, mas não dava, não mesmo, ficamos ali uns bons minutos — melhor?!

— sim, obrigada — digo limpando meu rosto e então ele apertou o botão e o elevador voltou a descer, quando chegamos na portaria, vi Jules e Brooks encostados no carro, Sophia correu para o colo do padrinho — vamos almoçar?! — perguntei para os dois que me olharam preocupados, mas não falaram nada, o que achei até bom.

— mamãe! Você não vai mais bola né?! — a menina perguntou em meu colo, Glen estava dirigindo, eu abracei minha pequena forte e beijei seu rosto.

— não filha, não agora, sou toda sua — digo e ela sorri toda animada e deitou a cabeça no meu ombro.

— mamãe, você não vai votar a fala com o papai mais?! — perguntou com seu jeitinho manhoso e eu a olhei, segurando seu rostinho e respirei fundo.

— filha, o que acha de falarmos disso depois, ta bom?! — digo sentindo meu coração se apertar, ao ver sua carinha deprimida, era difícil, mesmo, eu beijei sua testinho e juntei nossos rostos — eu te amo, muito e para sempre — falei baixo, sentindo suas mãozinhas em meu rosto, ela deu um sorrisinho.

— também te amo mamãe — falou e beijou meu nariz, sorri abertamente para ela e o carro parou, olhei para a janela e vi o restaurante, bem rápido.

— vamos meninas?! — perguntou o homem e confirmamos, quando abri a porta e coloquei Sophia no chão, vi um paparazzi ali, eu a puxei rapidamente para dentro de novo e Glen olhou por cima do carro, deu a volta e pegou a pequena no colo — deita a cabecinha no tio, princesa — falou a minha filha que confirmou e então sai do carro, vi o casal chegar abraçado e entramos no local, escolhemos uma mesa mais no fundo.

— bem Nina, a gente resolveu esperar você voltar, para lhe dar a notícia — Jules falou ao seu ajeitar e eu a encarei sem entender — você vai ser titia — quando falou, minha ficha demorou um pouquinho e então sorri.

— Oh céus! Parabéns! — falei abraçando eles forte — essa é uma notícia maravilhosa — era a melhor notícia durante um mês todo depois do que ocorreu.

— vamos fazer algo lá em casa, algo simples para os amigos — Brooks falou e confirmei com a cabeça e fizemos nossos pedidos, Sophia não quis sair do meu colo, mas também não queria deixar de brincar com Glen, a menina gostou mesmo dele.