Finalmente

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Duas semanas depois

Nina narrando

Havia se passado duas semanas, que Glen veio aqui em casa, ele comprou um cordão muito fofo para mim e trouxe doces, ele trouxe doces, a gente se pegou eu não vou negar e nem quero, ele é gentil e carinhoso comigo, mas ainda insisto em pensar que Ian vai chegar aqui decidido a tentar, hoje eu estava sozinha em casa, lendo alguns papéis que havia chegado afinal a vida não para, nunca para, ouvi a campainha e levantei rápido, indo em direção a porta e então Ian apareceu, depois de duas semanas resolveu dar as caras, cruzei os braços e o encarei

- Sophia não está - digo e ele nega, entrando sem a minha permissão e senti o cheiro da tequila, ele andou bebendo e não foi pouco.

- por que?! - o encarei confusa e ele sorriu sem humor - por que você não assinou os papeis do divórcio?!

- Ian não é assim ...

- ENTÃO É COMO PORRA! No dia em que eu sai daqui, decidido a te ter de volta, descobri que Glen também tava querendo o que é meu, eu não ia vim aqui, mas, eu não me aguentei e quando eu cheguei aqui vi você aos beijos com ele, rindo, se divertindo, então por que não assina a porra do divórcio.

- PORQUE EU NÃO CONSIGO PORRA - quem gritou fui eu e então ele me olhou mais confuso do que eu olhei para ele - eu simplesmente não consigo Ian, somos casados a dois anos, mas convivemos a dez! Porra são dez anos! Eu te conheço a uma década, eu resolvi amar você durante uma década, acha que é fácil eu pensar em realmente me separar de você?!

- mas e o Glen?!

- eu te disse, se move, o errado é você! Eu to nesse enrola com você durante três meses, já se passaram três meses e nada, como eu te disse Ian, sou humana, eu me machuco, eu preciso de carinho, você some! Sempre some e se continuar assim, vai ter os papeis logo na mesa

- eu não quero os papéis Nina! Não quero, eu quero você, mas eu não sei o que fazer, eu simplesmente não sei, parece que tudo que penso em fazer é errado - ele diz e seus olhos brilham pelas lágrimas e o mesmo balança a cabeça - Glen é muito melhor do que eu, ele te merece, eu não ... - suas palavras batem em mim com força total e eu engulo seco, suas lágrimas desceram sem parar - eu te amo Nina, o suficiente para te deixar livre desse pesadelo que chamamos de casamento - disse e saiu, ele saiu, sem me deixar responder nem nada, me sentei no sofá assustada com a situação, mas que droga! O que ele pensa que ta fazendo?!

Três semanas

Ian narrando

Eu fiz merda, eu sinto, sinto isso, eu novamente voltei a somente falar com ela por causa da Sophia, mesmo sendo um burro, ela tava magoada comigo, dava para ver isso, mas hoje ia mudar, eu estava decidido a isso, nada ia me parar!

Hoje ela estaria sozinha, Sophia está com os padrinhos, fui para sua casa rápido, toquei a campainha sem parar, ela veio claramente furiosa e ao me ver se surpreendeu.

- só pega seu casaco e vem comigo - digo e ela me olha curiosa mas faz o que digo, meio incomodada com a situação, ia levar ela na lanchonete que tem aqui no bairro, andamos em silêncio e ela estava tão longe, era tão estranho não pode abraçar ela, muito mesmo, chegamos no local e eu procurei um lugar

- só pode ser brincadeira - a mulher reclamou e a olhei, a mesma estava branca feito um papel e olhava para o canto, segui seu olhar e vi o demônio em pessoa ali, Ana Beatriz.

- Ian! Você não me atende e nem me responde, sumiu! - chegou de forma toda dramática e nem olhou para Nina, que deu o passo para se virar mas a segurei pela cintura, puxando seu corpo para o meu.

- o que eu tinha para falar com você já ta resolvido, agora me da licença, estou ocupado - digo e saiu levando Nina comigo para uma mesa, a mulher se sentou e abaixou a cabeça.

- por que ta fazendo isso comigo?! - perguntou olhando seus anéis e eu segurei sua mão e ergui seu rosto.

- não to fazendo nada, você viu, eu não falo com ela a tempos, Neens, por favor ...

- por favor digo eu, eu to cansada Ian, cansada desses seus joguinhos que me deixa cada vez mais cansada dessa situação.

- Nina, eu vim aqui com um pensamento e eu não saiu sem ele cumprido - a morena se calou - eu quero você de volta, eu não apareci com flores e nem te chamei para um jantar a luz de velas, eu te conheço, você só gosta disso em datas especiais, eu sei que quando você vê uma estrela cadente, cruza os dedos e enruga a testa no pedido, odeia o ar condicionado no mínino e sempre, sempre se enrola em mim, você chora quando a Sophia aprende algo novo, chora quando ta com raiva ... Como agora - falei enquanto olhava seu rosto delicado com lágrimas - eu sei cada pedacinho seu, também sabe disso, Nina você é tudo pra mim, eu errei feio eu sei, eu não devia ter feito isso, eu não posso mudar aquilo, mas isso! Eu posso, você e a Sophia são as únicas coisas que eu tenho nessa terra e eu só não enlouqueci porque eu tinha que olhar a Sophia as vezes, só por isso, não ter você na cama é muito ruim, não ter você se assustando no banho com a água gelada que bate em você é ruim, respirar sem você é ruim, Nina eu to aqui, eu to implorando, é a única coisa que eu posso fazer agora, por favor, volta pra mim - terminei e o silêncio reinou entre a gente, ela olhou para suas mãos e o garçom apareceu, acho que ele viu que eu falava muita coisa e esperou, pedi dois cappuccinos de chocolate e ele logo saiu e voltei a atenção para Nina.

- foram três meses ... Três meses sem você, foi os piores da minha vida, eu nunca fiquei tao vazia como nesse tempo, por favor, não faça isso de novo comigo - ela falou baixinho, um sorriso se iluminou em meu rosto e levei a mão no seu, segurei ele firme e a olhei nos olhos.

- não vai acontecer de novo

- e se acontecer eu vou embora do pais e nunca mais olho na sua cara, não to mentindo - ela diz e solto uma risada, puxo ela pra mim e a beijo com vontade, como eu amo fazer, que saudades dessa mulher.

O Nosso Recomeço - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora