VI - Segunda partida

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Quando eu finalmente resolvi descer para o jantar, todos estavam na varanda conversando e bebendo.

Eu fui direto para a cozinha, preparar alguma coisa para comer. Fiz uns lanches e peguei uma cerveja na geladeira, e sentei no balcão mesmo.

— Não vai se juntar a gente? — Maycon adentrou na cozinha em tão grande silêncio que eu nem percebi que ela estava ali até falar alguma coisa.

— É uma ordem ou um pedido? — Eu tomei um gole da minha cerveja enquanto mordia o meu lanche.

— Um pedido.

— Talvez eu vá, depois que eu comer.

— Eu quero me desculpar pelo meu comportamento a pouco.

— Uma vez babaca, sempre babaca. — Eu já tinha terminado de comer, e tomei o resto da cerveja em um gole. — Mas eu te desculpo. Você não deve estar acostumado a ser contrariado.

— Não mesmo. — Ele agora estava na minha frente, e eu continuei sentada no balcão.

— E-Eu já terminei.. — Ele estava bem próximo de mim, só parou por conta do balcão.

— Você beijou ele, sem ao menos ser o seu par. Mas não ousou colar seus lábios com os meus. — Ele me olhou curioso. — Eu só queria saber se isso tudo é raiva, ou receio de se apaixonar.

— Me apaixonar? Por você? — Minha risada foi contagiada até pelo próprio Maycon.

— Eu quero te beijar. — O mesmo se aproximou de mim, envolvendo suas mãos em volta da minha cintura e selou nossos lábios com um beijo. No começo eu não correspondi, mas depois nossas línguas entraram em sincronia, eu coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço e o puxei para mas perto de mim.

Ele separou nossos lábios, sua respiração estava ofegante e sua testa colada com a minha.

— Vamos para o meu quarto.

— Não, eu não vou dormir com você.

— Lívia...

— Boa noite Maycon. — Eu desci do balcão subindo para o meu quarto. Assim que fechei a porta passei a mão pelo meu lábio inferior. — Que droga Lívia, você tinha que beijar justo ele!

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