A MÁQUINA DE DESTRUIÇÃO DE LORD VOLDEMORT

IV

- Sai, acorda - Emmet sussurrava sentado ao seu lado da garota, ele segurava sua mão próximo a testa, parecia acabado, Monstro ia de um lado para outro preparando infusões para que a menina acordasse, e funcionou. A garota abriu os olhos lentamente, sentindo o cheiro adocicado de Emmet, ela levantou a mão devagar e o puxou pela camiseta para mais perto.

- Tudo em você é feito estrategicamente para atrair uma presa - A garota sussurrou bem mole, abrindo os olhos por completo. - Você me viu crescer...

- Isso não me impede de te amar - O garoto beijou a mão dela lentamente.

- Amar como parte da família... - Saiph respirou fundo, ela estava branca de tão fraca. - Eu tenho 18 anos... Nem posso beber legalmente.

- Mas você não bebe - O garoto riu passando a mão nos cabelos da garota, ficando mais próximo - Bella também tinha 18 anos quando Edward se apaixonou por ela, Reneesme e Jacob já se amavam e ela ainda nem tinha saído do ventre de Bella...

- Mas Edward não viu a Bella crescer, Emmet - Reneesme disse entrando no quarto com Jacob.

- Mas o Jacob te viu crescer - A Ruiva disse vendo Emmet dar lugar a Jacob para que o lobo se sentasse ao lado dela, aparentemente ele serviria de aquecedor para ela, já que os outros eram frios demais.

- Com os lobos é diferente, temos Imprints, eu tive com ela - O moreno respondeu prontamente pegando na mão frágil de Merin, Emmet se afastou um pouco para deixar que ela se aquecesse. - É parte do nosso destino, não é algo contestável.

- Por quanto tempo eu apaguei? - Depois dessa pergunta todos enrijeceram, sem saber exatamente o que responder.

- Um mês - Esme disse entrando na sala com uma bandeja de frutas e suco, Saiph conseguiu se sentar com ajuda do lobo.

- Você não saiu do meu lado, saiu? - A ruiva olhou para Emmet que negou, e então percebeu os olhos do garoto beirando o negro - Não caçou? - O mesmo negou novamente.

- Você podia acordar a qualquer momento... Não ia te deixar sozinha.

De repente um cervo apareceu perto da janela onde estavam, ele olhava diretamente para Emmet, lágrimas escaparam dos olhos de Sai.

- Pode comer - A garota disse olhando do cervo para Emmet.

- Pequena...

- Eu já acordei, Emmet, você precisa se alimentar - A garota respirou fundo tentando parar de chorar.

- Não vou te fazer passar por isso...

- Se não comer, vai ser pior - A garota respondeu séria, e o homem assentiu, saindo e levando o cervo para a floresta.

- Filha... – Carlisle chamou a garota que olhou no mesmo instante, o loiro balançou o diário de Dumbledore no ar.

- Terminou de ler? – Perguntou vendo o louro assentir.

- Conseguiu entender algo dessa página? – Carlisle colocou na última.

- É a única página que Dumbledore escreveu para nós dois.

- Sim, mais conseguiu ler? – Carlisle perguntou.

- Na thymáste óti i̱ oikogéneia iene to pio si̱mantikó, zo̱ntanó í̱ nekró, af̱tó eínai to pio polýtimo periousiakó stoicheío mas kai eínai na ti̱s óti prépei na strafoúme se pio skoteinés stigmés mas , thymí̱thi̱ke óti af̱tó eínai so̱stó í̱ láthos – Sai leu rapidamente – É grego antigo e quer dizer, lembre-se a família é aquilo que há de mais importante, seja vivo ou morto, ela é nosso bem mais precioso e é a ela que devemos recorrer, em nossos momentos mais sombrios, ela que lembra o que é certo ou errado.

- Sabe o que quer dizer?

- Ninguém NUNCA soube decifrar o que Dumbledore dizia – A ruiva riu – Isso é mais um enigma dele, que só compreenderemos "na hora certa".

- Não esperava que dissesse coisa diferente - O loiro sorriu e Sai olhou para a direção que Emmet havia ido - Sabe que ele não vai voltar até amanhã, não é?

- Ele precisa se alimentar - A garota assentiu - Vocês destroem tudo que eu acho importante...

- Somos uma maldição e não deveríamos existir, eu sei - Bella a cortou - Mas existimos Sai, talvez devesse olhar para gente como parte da mãe-natureza, da cadeia alimentar e do ciclo da vida, não somos muito diferentes dos leões.

- Os corações deles batem - A garota respondeu com frieza, Jacob tossiu assustado e todos fizeram cara de espanto, a menina levantou depois de comer uns morangos e aparatou.

A ruiva apareceu na entrada do Largo Grimmauld, e vomitou tudo que seu estômago não possuía, aparatar nunca tinha sido tão difícil, muito menos numa distância assim, ela foi se arrastando até onde estava o prédio 13 e 15 e logo sua mansão começara a aparecer entre os dois, ela esperou para ver se mais alguém estava por perto e entrou, indo direto para a biblioteca, ignorando o que estava sentindo, começou a pegar os livros que falavam sobre as Riyas, precisava saber o que estava acontecendo.

A garota passou horas lendo sobre si mesma e nada apontava um culpado, o dia já estava raiando quando ela finalmente encontrou algo que podia fazer sentido, mas estava tão cansada que as letras embaralhavam em sua frente, ela não viu outra opção a não ser retornar a Forks, só Carlise tinha fluência em anglo-saxão e poderia responder suas perguntas com aquele livro.

- SAIPH - Renesmee gritou vendo a prima aparatar no meio da sala, seu estado era lastimável, a garota estava branca feito papel e seus olhos estavam mais fundos que os de um cadáver, estava quase sem pulso.

- Carlise, tem.. que ler - A ruiva sussurrou arrastando o livro para a garota, que assentiu e saiu atrás de Carlise, enquanto isso Esme e Alice colocavam Sai de volta em sua cama, de onde se arrependera de sair.

- Emmet ainda não voltou? - A garota sussurrou para Esme, que estava sentada ao seu lado lhe fazendo carinho.

- Ele passou muito tempo sem se alimentar, querida. - A mulher respondeu carinhosa e a menina assentiu fechando brevemente os olhos, imagens de um garotinho passaram em sua mente, um lampejo verde e Nagini.

- Eu sei porque você está aqui - Carlise entrou de supetão, com o livro em mãos, o folheando rapidamente - Isso que ta acontecendo com vc, é chamado de Drenagem, algo está ameaçando o futuro, então suas forças como Riya estão sendo usadas para manter a natureza em ordem, não deveria te afetar tanto pq deveriam existir sete de você. Você precisa descobrir o que ta causando isso, e provavelmente é aqui, ou Dumbledore não te traria pra cá.

- Não tenho como fazer algo assim...

- Monstro pode fazer remédio para ama de Monstro, Monstro pode ajudar - O elfo disse entregando para a garota um copo com um suco rosa fluorescente, Saiph bebeu com hesitação, mas no mesmo momento em que o líquido chegou ao seu estômago a garota voltou a ficar corada e suas olheiras desapareceram. - Srta. Black deve tomar de três em três horas, não deve ficar sem tomar, Srta. Black deve garantir para Monstro que vai se cuidar. - A ruiva assentiu, se sentando direito.

- Você deve garantir que Sai tenha sempre em estoque esse elixir - Carlise disse sério para Monstro, que fez que sim, desaparecendo.

- Por onde começamos? - Bella perguntou para a prima, que a encarou séria.

- Nas minhas visões, eu tenho a lembrança de uma criança, um menininho.

- Acha que ele está aqui?

- Não tenho certeza, mas não custa procurar, não existem muitas pessoas aqui.