O ômega

capítulo 5

Autor
Desconhecido
Ter família hoje em dia é uma benção, muito mais que isso, é quando ela se faz diamante ao manter unidos todos os seus integrantes.

Estava no meu quarto ouvindo. música tranquilamente quando escuto uma gritaria na sala. Arrgh! Meus irmãos devem estar brigando de novo, as vezes eles ajem como duas crianças briguentas.

  Desço as escadas correndo para ver o que estáva acontecendo e me deparo com uma cena bastante incomum e assustadora: meu pai estava discutindo feio com o Justin, enquanto o Estêvão apenas escutava  calado, em um canto afastado na sala.

— Vocês dois são uns irresponsáveis! — Papai grita com muita raiva. — E você queria que nós fizesemos o quê pai? Que nós deixássemos aqueles filhinhos de papai livres depois de zombar de nós? Zombar da nossa alcatéia? — Agora é o Justin quem grita com raiva.

— O quê está acontecendo? — grito, tentando chamar a atenção deles, mas não fuciona, eles continuam discutindo.

— Eu não esperava isso de você Estêvão — papai fala tentando se aclamar. — Do seu irmão eu até esperaria uma atitude dessa, mas você?

Consigo sentir a vergonha, e dor e a tristeza que o Estêvão está sentido, é meio que um dom meu. Consigo sentir as emoções das pessoas que estão ligadas a mim.

O meu pai está sentido: vergonha, raiva, decepção, tristeza, e cansaço.

O Justin meu irmão mais velho está sentindo: orgulho, raiva, e decepção.

— Me desculpa pai. — é tudo que o Estêvão diz antes de se transformar em um grande lobo marrom e correr para a floresta.

Observo o meu pai colocar as mãos na cabeça frustrado e se jogar no sofá, enquanto o Justin apenas senta calmamente com aquele ar orgulhoso de sempre.

Sento ao lado do meu pai, pego a sua mão e a acaricio calmamente enquanto perguto — O quê aconteceu papai?

Ele olha pra mim e suspira, depois olha para o Justin que apenas nos observa calado e diz — O irresponsável do Justin brigou com o filho do alfa da alcatéia virtue.

Isso não é motivo para uma discussão Tão feia, o Justin já brigou com meio mundo. Penso confusa.

— Mas, essa brigas entre lobos de alcateias rivais são normais pai. Sempre acontece uma ou outra briga.
— eu digo tentando amenizar a situação.

— Sim filha, mas estamos em tempos difíceis. Os vampiros estão matando muito dos nossos, e tudo que o supremo alfa menos quer é uma guerra entre alcatéias. — meu pai diz cansado.

— Compreendo papai mas, o supremo alfa não sabe dessa pequena briga não é? Ou sabe? — eu pergunto temerosa. Se o supremo souber ele pode mandar punir o Justin e Estêvão.

— Infelizmente alguém contou. — Olho para o Justin e para o meu pai preucupada, tento falar algo mais não sei o que dizer. — O supremo me ligou hoje de manhã e quer que eu compareça em sua alcatéia no mais tardar até amanhã de manhã.— Ele termina de falar me deixando muito mais aflita.

— E não é só isso — ele olha novamente para o Justin e eu consigo ver repreensão em seu olhar — O supremo quer que toda a família vá. Eu, você, o Justin, e o Estêvão.

Sinto o medo do meu pai e o abraço para tentar afastar esse sentimento.

— O senhor é o famoso alfa Felipe, o alfa que comanda a segunda maior alcateia do mundo mágico. O alfa que comanda a alcatéia Black red, a alcateia de guerreiros. — digo olhando nos olhos do meu pai com orgulho. — O supremo não seria louco de comprar briga com o senhor.

Assim que termino de falar consigo sentir o sentimento de orgulho e esperança que tomam conta do meu pai.

— O quê seria dessa família se você não existisse minha doce Lívia? — ele pergunta me olhando com amor. — Nada papai, eu sou a luz dessa família. — eu digo sorrindo fazendo o meu pai gargalhar.

Ele beija a minha testa e vai com o Justin para o escritório com certeza para dar mais um sermão nele e depois preparar as coisas para viajarmos.

Olhos as horas no meu celular e vejo que já são 3:20, fico preucupado com o Estêvão porque já faz algum tempo que ele saiu e ainda não voltou. Me transformo e corro pela floresta seguindo o seu cheiro.

Minha loba a Lili é cinza e é razoavelmente grande por causa da minha linhagem de alfas. Ela é super protetora e carinhosa, igual a mim.

Sorrio quando encontro o Estêvão na beira do Lago já na forma humana vestindo apenas uma cueca samba canção. Nossas roupas se rasgam quando nos transformamos em lobo por isso eu e os meus irmãos sempre deixamos uma muda de roupa em lugares estratégicos.

— Você está bem? — pergunto me sentando ao seu lado.

— Não. — Ele nem prestou atenção em mim, ficou apenas fitando o próprio reflexo no lago.

— Quer conversar? — pergunto baixinho.

— Não. — eu sorrio triste e apenas deito minha cabeça em seu ombro, ficando em silêncio logo em seguida.

— Ele nunca brigou comigo antes. — O Estêvão diz finalmente quebrando o silêncio.

— O papai estava nervoso Estêvão, tente compreender o lado dele. — eu falo olhando em seus olhos.

— Eu sei... Mas... Eu só... — meu irmão bufa frustrado quando não consegue formular uma frase.

Sorrio e digo — Você sabe que é o filho preferido!

Gargalho quando ele arregala os olho e balança a cabeça freneticamente negando. — É claro que não! O papai gosta de você também, e do Justin! Ele ama a todos igual.

Eu apenas sorrio novamente e o abraço mais uma vez. O Estêvão é o mais sentimental de nós, ele é muito parecido com a mamãe por isso ele é o preferido.

Eu e o Justin não ligamos para isso, não temos inveja pois ele é o nosso irmãozinho querido, o nosso caçulinha.

Amo a minha família mais que tudo no mundo, e Faria de tudo para protege-la.

🍁Notas da autora🍁
Capítulos novos aos domingos, e quartas.