Debaixo de uma árvore
Na escuridão da floresta
A criança brinca
E cegamente se entrega
Aos devaneios mirins
Por cima das árvores
Percorrendo a floresta
A águia vigia seu domínio,
no rígido prazer de sua sabedoria
a assistir as guerras infantis
Na sombra da árvore
No meio da floresta
A flor desabrocha
E seu perfume acalenta o choro dos perdidos sem fim
E as almas partidas, se aconchegam
em seu abraço de cetim
E do chão da floresta
Sob as raízes da árvore
Se contorcem aos gritos
Da Afrodite abandonada ao fracassado Odin
E no seio do desespero encontra-se em feto
a promessa de alma,
a promessa mirim.