Capítulo 2- Meninas Super poderosas

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Ao chegar da escola, ainda sem ânimo, deitei para descansar um pouco, acordei quatro horas mais tarde com o celular tocando.

Ligação on

- Já são quase 16:30, espero que já esteja com tudo arrumado! -Disse Erika quase gritando.
-Ta, ta calma. -Respondo ainda meio sonolenta
-Ta de zoeira comigo né Daniela Prado? Tu tava dormindo ô infeliz?
-Coé, eu tava cansada. E me respeita
-Cansada de que? Me diz! Agora vai tomar um banho e acordar, porque em meia hora tô ai. E se não estiver apresentável, eu arranco seus globos oculares
- Ta beleza, calma

Ligação off

Contrariada fui para meu banho, afinal, discordar de Erika era quase o mesmo que assinar seu atestado de óbito, porque do jeito dela, ela realmente poderia arrancar meus globos oculares, "tá" ai um risco que não estou afim de correr.

Conectei então meu celular a caixa de som, e deixei tocar em um volume consideravelmente alto. (Pelo menos pra minha mãe que no volume 10, já diz que está ficando surda)
Deixei tocar então marshmello&Anne-Marie- Friends, enquanto deixava fácil alguma roupa. Afinal, era pra usar até chegar a casa da Erika, afinal lá nos arrumaríamos.
Peguei então uma blusinha de alça preta. Um short jeans cintura alta, de lavagem azul e claro, um tênis adidas branco.
Para não perder mais tempo, fui para meu banho, para lavar com calma meus queridos cachinhos.
Enquanto eu viajava em minha mente na melhor parte da música, uma voz estridente me tira dos meus devaneios.
- JÁ ERA DE SE ESPERAR, A ORCA NA ÁGUA. ANDA LOGO DANI!- Erika diz gritando tentando falar mais alto que a música.
Pude ouvir uma voz de fundo gritando, mas dessa vez era cantando a música, só  quando desliguei o chuveiro, notei que se tratava de Teresa.
Sai do banheiro com a toalha enrolada na cabeça, vestida de um roupão. "Sorte" a minha, porque assim que abri a porta, meu quarto parecia mais uma boate de tantos flahs das fotos que elas tiravam.
Me vesti, sequei meu cabelo e logo fiz um coque frouxo. Passei aquela make básica, coloquei uma argola e saímos de casa.
Teresa fez questão de me adicionar no grupo da tal Social, e no mesmo instante meu celular começou a vibrar conforme chegavam mensagens, eram os últimos detalhes que estavam sendo ditos. Como por exemplo, onde iria ser, e que horas começaria.
-Mas Deus, como o povo desse grupo fala, senhor. -Teresa diz bufando-.
-Sim. Bom, sabemos que vai começar as 21hrs, então, temos tempo até lá. - Erika pronuncia em meio à risos ainda sobre a indignação de Tere.
-Ta Bom-Acabo por interromper Erika- mas esse endereço? Sabe onde fica?
-Mais ou menos, mas esqueceu que existe uber?
-Num, pior né. Vê quanto fica, e dividimos a conta.-todas concordam.

No meio do caminho para a casa da Erika, passamos em frente à um barzinho no qual reconhecemos alguns amigos jogando sinuca, e decidimos entrar!

-Olha se não são as meninas super poderosas nos dando o ar da graça, gente. - Disse o Kevin vindo nos cumprimentar.
Cumprimentou a mim e a Erika com um leve abraço, mas todos no recinto perceberam o clima entre eles e sacou-se tudo, para evitar ser "vela" o que era evidente, fomos cumprimentar o resto do grupo.
Ana Carolina veio ao nosso encontro com um lindo sorriso de orelha a orelha, acompanhada de Eric, o seu namorado. Também estavam ali Carlos, Henrique e Bruna, prima de Carlos.

-Eai, vão constar hoje na festinha? Henrique nos pergunta com um tom meio malicioso.
-E o trio encrenca vai perder por acaso? Bruna respondeu à eles rindo-e para de ficar repetindo "festinha".
-Calma gente, porque a cisma com a "festinha" Bru?-Pergunto.
-É que esse mongol fica implicando comigo quando eu digo "social" ele fala que o certo e o óbvio é "festinha para amigos"
(Todos caem em meio à risadas)
Sem percebemos, chega Teresa e Kevin abraçados, entrando na conversa minunciosamente.

Como no bar só estávamos nós ali, pedimos permissão e colocamos algumas músicas.
Como mesmo tendo 17 anos, não vendem bebidas por sermos menores de idade, Kevin e Henrique se ofereceram para comprar para gente.
Ficamos ali conversando, rindo, jogando, bebendo, e logo depois, dançando. Até percebemos que Kevin quase engolia Teresa num beijo intenso, foi então que a atenção voltou-se aos dois.
-Poderia ser a gente, mas você não colabora- Disse Carlos para mim, ainda mantendo os olhos nos dois.
-Você bebeu muito Carlos, é efeito do álcool. - digo rindo, tentando fazê-lo mudar de ideia
-Que seja, eles beberam e nada impediu os dois, certo?
-Certo, a diferença é que ali, ambos quiseram. Aqui, apenas você quer, eu não. Eu vou indo porque já são 19hrs e eu ainda tenho que me arrumar, Erika, vamos?- digo a ela, e ela me segue
-VOCÊ VAI TER TEMPO O SUFICIENTE PARA ENGOLIR ELE, AGORA VAMO TERE.-Gritou Erika me fazendo rir.

Teresa por fim nos alcança limpando os lábios.
-Não é o que vocês estão pensando-disse ela ainda limpando o batom borrado
-"Não é o que estão pensando"-imito ela fazendo as duas rirem-Quando pretendia contar pra gente ô sebosa?
-A verdade? Nem cogitei essa ideia.
-TRAÍRA, COMO ASSIM- Eu e Erika diz quase em um uníssono.
-Porque pra mim é só uns beijos, e se vocês vissem eles com outra, poderiam pensar errado e linchar o coitado.
-Levando em consideração que você não presta, é verdade.-Erika diz pensativa e ao terminar recebe uma cotovelada de Tere que está rindo.

- Não olha agora, mas tem gente indesejável chegando perto. - Erika me diz enojada.
-Ainda não entendi a birra de vocês contra a Camila?-Teresa pergunta confusa.
-É que você chegou agora, mas é que vem de alguns anos.Desde quando a Dani se aproximou do Felipe, ela virou a cara para ela. E quando os dois começaram a namorar, ela faltou dar cria de tanta raiva, e diversas vezes tentou fazer os dois terminarem, e bom, conseguiu. - Erika explica para Teresa em voz baixa.
-No caso, ela gosta dele? É isso?- Teresa tenta entender.
-Menina esperta você- Erika da uma piscadela.

-Olha por onde anda ô cega- Camila diz cínica para mim após me empurrar com o ombro.
-Tô afim não, meu amor.-a respondo
-Tu não sabe com quem tá se metendo
- Ah, sei sim. E não vou ter trabalho algum
- Tem certeza? O que eu queria, eu consegui.
- Mau amada é incrivelmente difícil de se lidar, mas se quer ele meu bem, tenta a sorte. Ele tá solteiro mas não te quer.
-Se ele não me quer, ele quer quem então? Você? Haha
-Não, ele quer a Letícia mesmo
- Letícia? Minha cunhada? Até parece
-Quer print?
- Não teste minha paciência garota
- Não tenho medo de gentinha feito você. - digo já fechando o punho
-Tá legal, tá legal. Calma Dani-Erika diz apaseguando a situação. - Vamos pra casa.
- Vamos. - digo dando as costas.

O relógio marcava 19:30 quando chegamos à casa de Erika.
Fomos logo deixando as roupas fáceis. E fomos direto ao banho.
Erika foi primeiro, Tere em seguida, e eu fui por último.
Antes de nos arrumarmos descemos à cozinha para comermos antes de ir. Então dn Marisa nos fez deliciosos lanches acompanhado de suco de laranja.
Subimos, escovamos os dentes, e fomos nos vestir.
Eu optei por vestido justo, na altura das coxas, preto. E com um salto de fivelinha também preto.
Erika já foi com uma linda sainha branca acompanhada por um cropped preto, e um tênis adidas também Branco.
Teresa por sua vez foi com uma sainha rodada preta e uma blusinha também preta, por cima, aquele colarinho jeans sem mangas e um lindo salto nude.
Fizemos uma maquiagem muito bonita para a noite, e optamos por cabelos soltos.
Eu, com meus cachos extravagantes  castanho escuro, Erika com seus lindos cabelos ruivos compridos e lisíssimos e Tere com suas madeixas louras e onduladas.
Realmente, como Kevin havia nos dito pela tarde, estávamos mesmo "super poderosas "
Fiz esse comentário, e o custo para que parassem de rir foi grande.
Olhamos o relógio e
-MEU DEUS, JÁ SÃO NOVE HORAS.-erika diz assustada
-Chama o Uber logo e não grita- Teresa propõe.
-Cala a boca- Erika retruca.-Vamos descendo, em 5 min ele chega.

Descemos e esperamos. Quando chegou, sentamos as três no banco de trás. Seguimos conversando com o motorista até chegar em nosso destino. Pagamos pela corrida e desejamos sorte a ele e ao filho do irmão dele que está com câncer terminal, que nos olha sismado.
-Ora, quem deseja sorte pra quem está com doença terminal Daniela?-Teresa me pergunta
- Eu queria ser educada- respondo e Erika ri.

Chegamos e entramos, e uou, aquela "festinha" estava o bicho

IndefinidoOnde histórias criam vida. Descubra agora