Uma dose de Chris

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Christian on

Hoje é um dia difícil pra mim, dia 23 de abril de 2018 acordei cedo sem a ajuda do despertador. Dia 23 de abril de 2008, eu tinha exatamente 11 anos quando minha mãe foi embora. Mas não, ela não foi embora com alguém, ela foi internada em um hospício, dada como uma mulher louca que precisava de ajuda. Minha mãe era uma mulher incrível, feliz, linda e simplesmente uma mãe e esposa maravilhosa, mas quando eu não era nem nascido minha mãe engravidou da minha irmã que era mais velha que eu uns 3 anos, quando eu tinha 6 anos e a minha irmã nove ela teve leucemia e faleceu. Eu era pequeno então não lembro muito dela, mas minha mãe lembrava muito e meu pai também. Meu pai é claro que ficou triste demais, mas a minha mãe ficou pior, muito pior, começou a tomar remédios pra dormir, remédios pra qualquer coisa a qualquer hora, ela vivia chorando e gritando, tinha crises de noite. Meu pai nem conseguia ficar triste, pois ele tinha que cuidar da minha mãe. Mas um dia ela acordou e tentou se jogar da sacada da nossa antiga casa, dia 23 de abril ela foi internada e eu vi ela ser levada numa maca, amarrada como uma louca, porém ela não era louca, era triste e depressiva.
Então 2 dias depois, no dia 25 de abril, ela faleceu. Ela não aguentava mais essa tristeza.
O Bryan sabe sobre tudo sim, ele foi um grande amigo, a família dele me acolheu por um tempo enquanto meu pai tentava pensar no que me falar e o que fazer.
Sempre durante esses 3 dias ( 23, 24 e 25 de abril) , todo o ano eu vou ao cemitério onde ela foi enterrada e não levo flores, mas sim uma garrafa de vinho francês de 1984, meu pai sempre dizia pra mim que ela adorava esse vinho e sempre que alguma coisa especial acontecia ela abria a caixa desses vinhos que só ela tinha. Eu sinto muita falta dela, mas meu pai sente falta da minha mãe e da minha irmã. As vezes ele pode ser um pouco rude e grosso comigo e nem ser muito presente, mas é o jeito que ele aprendeu pra se levar comigo, eu não o julgo por Isso, ele sente muito mais que eu por tudo que aconteceu.

*celular tocando*

- alô?!
- Oi chris. Vc vai ir pra escola hoje?
- Vou sim, vc foi? Se não eu passo e te levo.
- Ainda não. Tabom eu espero você. Você vai lá hoje cara?
- Vou sim.
- Quer que eu com você?
- Seria legal uma boa companhia para beber um bom vinho.
- Tamo junto irmão.
- obrigado por tudo.

*chamada encerrada*

Peguei o carro e fui buscar o Bryan, ele sabe que nesses dias eu fico sempre bem triste, e ele sempre tá comigo tentando me animar, ainda mais agora que a gente tá na mesma faculdade.

- eu: fala meu parceiro, tá bonitão hoje ein. Já até sei pra quem.

- Bryan: Ah deixa de palhaçada haha. Eu só queria conversar mais com ela.

- eu: Chama ela pra sair. Fim de semana a gente pode ir na praia de noite, ai você chama ela e a Diana.

- Bryan: Diana né ? Humm.

- eu: Mano é sério eu só to tentado ajudar cara.

- Bryan: tabom cara.

Chegamos na faculdade e vimos elas duas, Bryan me chamou pra ajudar a chamar ela pra sair.

- eu: Oi garotas.

- Hanna: Oi idiota.

- Diana: Hanna para com isso.

- eu: Porque me chamou de idiota Hanna?

- Hanna: Por que você era nosso amigo e do nada sumiu e depois nunca mais falou com a gente.

- eu: olha me desculpa Tá, mas a Diana sabe por que eu me afastei.

- Hanna: Diana? Algo a dizer sobre Isso?

- Diana: é verdade, mas depois eu explico isso.

- Bryan: to boiando aqui.

- Hanna: Depois conversamos senhorita Diana. Mas o que você quer Christian Posey ?

- eu: O meu amigo aqui quer falar uma coisa.

- Bryan: é ... Eu . .. é... eu quero saber se você quer sair comigo no final de semana, vamos nos 4 ?

- Hanna: Tabom, é claro que eu quero. Mas pra onde a gente vai?

- Bryan: Podemos ir a praia de noite.

- eu: tipo um lual, com um violão uma fogueira e diversão.

- Diana: Ah gostei da ideia, já sei a roupa perfeita pra usar.

- Bryan: Hanna você vai ?

- Hanna: se você for eu vou.

- eu e a diana: Blééé - rimos olhando pra eles.

A garota do café Onde histórias criam vida. Descubra agora