A verdade

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Nãaaaaao... Meu filho, não. Elliot.

Grito e vou até a porta do túmulo... Nada... Maldita hora em que decidimos fazer todos os túmulos tão profundos para que ninguém conseguisse entrar.. ou melhor sair... Mas não desisto, procuro algo para que eu possa entrar mas não encontro.
E fico repetindo as palavras...

Filho, meu Elliot..

Escuto passos apressados em minha direção.

- O que houve? Cadê Elliot? -Já ouço a voz da minha esposa a começar embargar pelo choro ainda contido. Vendo já a minha face banhada em lágrimas.

-Ele o pegou. Não pude impedir. -E as lágrimas mais uma vez caíram como cascata.

-Na.. Não pode ser. Não Elliot. Nãaaaaao. -E minha linda esposa caí de joelhos em prantos. Não se importando com o lamaçal que havia ali. E gotas grossas de chuva começam a cair. Sem ter mais o que fazer diante dessa não tenho outra alternativa a não ser descer ao túmulo. Quando Isobell vê o que estou prestes a descer ela me interrompe e se joga em cima de mim. Caímos os dois um pouco afastados do túmulo.

-Não ouse fazer tal coisa. Não vou perder mais alguém. É horrível o que estamos passando. Mas não podemos. Você sabe o que vai acontecer se descer lá. Não tem mais volta. A porta do inferno se abriu. Porque não demos ouvidos ao Christopher? Ele sabia. Ele sabia desde o início. Ele tentou nos alertar. Mas o taxados de louco. -Disse ela aos gritos para mim, com lágrimas lavando o seu belo rosto. Como um tapa de  realidade eu percebi. Ela tinha razão.

-Vamos sair daqui. Precisamos encontrar Christopher. Ele vai saber o que fazer e agir. -Com o coração partido pela dor da perda de um filho. Pela dor de perder uma parte de quem você é ajudo a minha esposa a sair daquele lugar. Não era mais o tão família cemitério onde passamos nossa vida inteira cuidando. Agora não passava mais de apenas um lugar. Um lugar sujo e imundo.

                           •••

Como farei daqui em diante? Como agir? Eles estão voltando. Querem vingança, e eu não sei o que fazer. Ah, não. Rapidamente me vem a lembrança de um grimório antigo escondido no sótão do velho casarão. Eu o escondi dentro de um buraco no chão quando ainda era pequeno. Ele tem as respostas. Eu sei que tem. Divago em pensamentos em quanto não chego ao casarão.

- O que diremos a Antonella e o nosso pequeno Dale? -Pergunta Isobell sem mais força. De longe viasse o quanto ela estava mau.

-Eu não sei, querida. Eu não sei. -respondo sinceramente a ela. Realmente eu não sei como conta-los dos Geminis. Essa maldição ficou contida há anos. Nossos antepassados fizeram o portal fechar e ser selado. Não tem como abrir. A não ser pelo colar de Uri onde foi enterrado no fundo do mar á dois quilômetros da praia. Não tinha como ser achado. Muito menos como alguém tira-lo de lá. Seria impossível para qualquer pessoa. Minha cabeça fervilhava informações, lembranças de quando criança escutando as conversas estranhas dos meus pais e meus irmãos gêmeos Alef e Jeremy sobre uma antiga maldição da nossa família.

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⏰ Última atualização: May 13, 2018 ⏰

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