Capítulo I

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Beatriz narrando

Estou eu aqui prestes a enterrar minha mãe, bom podemos dizer que não estou tão triste assim afinal essa mulher que eu chamo de mãe me usava pra trabalhar para poder sustentar ela, meu irmão e o crápula do meu padrasto, e agora estou indo ao túmulo aberto, e levando junto com as pessoas a minha volta o caixão de minha mãe, meu irmão Caio está arrasado ele independente de tudo era muito apegado a nossa mãe e tratava ela como uma princesa e sempre ela pisando na gente, e meu padrasto não derrama uma lagrima, infeliz, embuste, podre, lixo era tudo pouco perto doque ele fazia junto com essa mulher.

(...)

Enterramos nossa mãe e estamos indo pra casa no carro do meu padrasto, eu no passageiro, Caio no banco de trás e meu padrasto dirigindo, ele me olha com um olhar como se estivesse esperando que esse dia chegasse logo..

Chegamos em casa e eu fui direto para o quarto que é meu e do meu irmão, me deitei e me permite chorar, chorar que agora eu vou ter mais uma responsabilidade nas costas a de criar meu irmão, e chorei também pelo fato de não ter e nunca ter tido uma mãe, que me aconselhasse, e que fosse minha amiga e acima de tudo me desse amor, tive que trabalhar cedo para o sustento da nossa "família"...

DIA SEGUINTE

Acordo no outro dia cedo, são 7h, me levando e faço minha rotina matinal, banho, escovar os dentes, me trocar e ir tomar meu café, chego na cozinha meu padrasto está drogado e com um fedor sim fedor horrível de bebida, aquele bafo de álcool puro toma conta de toda a minúscula cozinha de nossa casa, Fernando que é meu padrasto me olha e diz...

Fernando: Bom dia minha querida Bia, minha linda e desejada, vai trabalhar ou tirar um dia de folga com a gente?

Bia: Não Fernando estou indo trabalhar, que eu me lembre se não sou eu trabalhando nos iríamos morar embaixo da ponte e sobreviver de vento..-Digo séria.

Fernando: Ah minha querida não se preocupe que logo logo você não vai precisar disso.- Ele fala como se tivesse cuspindo na minha cara.

É então depois desse leve diálogo, pego uma maçã e saiu de casa indo em direção ao café/restaurante que trabalho. Chego lá no mesmo horário de sempre 8h45 e já vou para o vestiário me trocar e já vejo Amanda já pronta para entrar no espediente.

Amanda: Oi minha linda como você está? Pronta para mais um dia?- Ela diz sorridente.

Bia: Aaah Amanda sempre tenho que estar é bem realmente não estou mais a vida segue num é?- Respondo rápido.

Amanda assente, e então já estou pronta para entrar no restaurante, trabalhei até às 17h30, fiz 30min de hora extra e esse dinheiro extra me ajuda a comprar algumas coisas pra mim, minhas roupas, bijouterias e algumas coisas de mulheres.

Dou tchau para Amanda e para Bernardo, Bernardo é um novato que entrou a pouco tempo no restaurante descobrimos também que ele é gay e ele ficou super envergonhado mais agora se soltou, e conta tudo para nós as suas aventuras terríveis, e enfim volto para a merda de casa que eu moro, com Caio e o crápula do meu padrasto e como sempre a mesma rotina, faço a janta para nós e ajudo Caio com a lição, tomo um banho e capoto na cama. E assim foi minha rotina durante os dias.

Hoje completa 2 meses que minha mãe morreu, e estou eu voltando para casa depois de um dia de serviço puxado, chego em casa e está tudo escuro, entro na cozinha e acendo a luz está tudo bagunçado, corro para o meu quarto e encontro uma foto minha pequena com um homem encima da cama, me aproximo e então escuto a porta se fechar com tudo e então viro assustada e vejo meu padrasto com uma arma na mão apontada para mim e ele então fala

Fernando: Agora sim Bia pronta para realizar meu desejo? - Nojento imundo infeli.

Bia: Que desejo seu louco? Oque é isso você vai me matar? O Caio, cadê ele ? Cadê meu irmão? Oque você fez com ele? - Digo sem dar pausa para a resposta dele.

Fernando: Seu irmão sumiu ele viu minha arma encima da mesa e se escondeu.

E quando menos espero ele me ataca e me puxa com tudo, me joga encima da cama e começa a rasgar minhas roupas e eu começo a gritar desesperada e do nada Caio surge entrando na minha frente pedindo para o pai dele parar porque ele não iria admitir isso e num golpe rápido ele pega a arma dele e aponta na cabeça dele, e ele virá de imediato e vai saindo em direção a porta e ele sai do quarto e Caio fecha a porta e em seguida me abraça, me dando conforto, e em um diálogo nosso decido ligar para minha tiaDrinha pergunto se podemos ir morar com ela e ela se alegra afinal ela mora só é nós dois iríamos fazer uma ótima companhia para ela, então decidi ir logo cedo, Caio e eu arrumamos nossas coisas em duas bolsas iremos levar oque der e então as 6h da manhã partiremos dessa merda de casa.

(..)

São 5h40 já acordei com meu celular velhinho despertando, acordo Caio vou ao banheiro escovo os dentes e me troco, quando volto para o quarto Caio já está trocado só entra no banheiro mas sai logo, então falo para Caio dar uma ronda dentro da casa e ele me avisa que tá tudo limpo, saímos e nem dou adeus a essa casa, rumo minha nova vida, uma vida de paz, partiu maré!

O amor da Maré - PAUSADAOnde histórias criam vida. Descubra agora