Capítulo II

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Beatriz narrando

Fomos correndo para um ponto de táxi e assim que chegamos já entramos dentro do primeiro carro, assim que entro já dou o endereço e o motorista diz que irá nos deixar no pé do morro, confirmo então que tudo bem e vamos indo, no caminha vejo Caio pensativo e decido ligar para minha tia avisando que estamos indo..

Ligação on

TiaDrinha: Alô?

Bia: Alô Madrinha? Tudo bem meu amor?

TiaDrinha: Sim meu amor, vocês já estão vindo?

Bia: Sim Dona Celeste sua preocupada hahaha, só liguei para saber o endereço certinho!

Celeste/tiaDrinha: Ah sim é o beco 5 casa 39 tabom minha querida quando chegar avisa que é a casa da Dona Celeste e que vocês iram morar aqui.

Bia: Ah sim ok Madrinha, tchau até já !

Ligação off

Olho novamente para Caio e decido perguntar oque ele está sentindo que está assim tão pensativo...

Bia: Caio oque foi?- Pergunto rápida. E ele me olha com os olhinhos marejados e quase chora ao falar.

Caio: Ah Bi sinto falta da mamãe da nossa vida, mais se isso é o melhor não quero nunca que você me esqueça ou me deixe de lado.

Dou um abraço e digo que tudo ficará bem e irá se ajeitar. Quando menos espero o táxi para e o motorista diz que chegamos, pago a corrida, pego o troco e assim que saímos do carro já olho para aqueles homens sem camisa, cheios de tatuagem e um me chama muita atenção, com uma arma enorme atravessada nas costas e um ar de mandão conversando com os outros rapazes, o corpo todo tatuado, meu Deus é um deus grego não é possível.

Me aproximo deles é então peço licença, e pergunto.

Bia: Olá me chamo Beatriz e esse é meu irmão Caio, vínhemos morar aqui na casa da minha tia ela se chama Celeste, a casa dela é no beco 5 alguém poderia me mostrar aonde é?

####: Olha aqui gata na moral volta pra onde você nem deveria ter saído Pati - Ele diz com um ar de zueira e os outros caras riem.

Bia: Olha aqui seu embuste você acha que é quem pra falar com uma mulher assim? Eu quero ir pra lá pois iremos morar com ela, estou em uma fase triste da minha vida pois minha mãe morreu e nos não temos a quem correr a não ser minha madrinha a Dona Celeste! - Respondo com voz autoritária.

####: E você acha que tá falando com quem? Hein? Olha menina você me pegou em um ótimo dia, aí menô leva esses cu lá na casa da dona Celeste aí e faz favor em  não tromba comigo morô? Porque da próxima vez vai ser poucas! - Ele responde quase indo pra cima de mim.

Fico quieta e então um menino vai nos guiando até a casa. Subimos o morro até chegarmos na viela 5 paramos na frente de uma casa simples porém parecia bem aconchegante. E ele diz

Menor: Aí gata não leva a chefia a mal não ele só não gosta de desaforo pra cima dele fechô? Mais aí é essa casa aí, e oque precisar dá um toque, você é gata hein morena... Será que tenho uma chance? - Olho com uma cara de poucos amigos pra ele.

Bia: Ah muito obrigada pela gentileza, fica tranquilo que não quero olhar nem na cara dessezinho aí.- E entro sem dar resposta.

Assim que entro minha Madrinha nos recepciona com muitos abraços e então ela nos chama para tomar café e conversamos sobre tudo, matamos a saudades e ela nos levou até um quarto e disse para nós aconchegarmos a casa era a pequena 4 cômodos dois quartos, sala, cozinha e um banheiro que era do lado de fora, é bem melhor que doque viver com aquele infeliz do nosso lado. Então decido tomar um banho, vou para o quarto me trocar vejo que Caio está dormindo, me troco e vou para a sala com minha bolsa de serviço. Vejo minha Madrinha no sofá com a bíblia em mãos percebo que ela está fazendo uma oração, fico em silêncio quando ela acaba se vira pra mim num susto e diz

Madrinha: Aí minha querida que susto, você está aí faz tempo? - dá um sorriso envergonhado- Você está saindo? Vai aonde?

Bia: Sim tia tô indo no meu serviço, vou ver como irá ficar as coisas, afinal aqui ficou bem distante do meu emprego, mais se caso não der jeito eu arrumo pelo morro mesmo! - Digo certa doque estou fazendo.

Madrinha: Sim meu amor você deve escolher sempre o melhor, mais saiba que eu sempre estarei do seu lado, ah quando você chegar quero muito conversar com você é um assunto que se refere ao seu pai! - E me olha com uma cara meio preocupada.

Bia: Tabom Madrinha mais pouco me importa aquele embuste me largou quando estava na barriga daquela mulher que é minha mãe! Eu quero ao meu lado os de verdade comigo e com meu irmão, assim como a senhora é. Fui - Digo rápido e saiu sem dar tempo para a madrinha questionar.

Assim que fecho o portão olho para aquele lugar simples e muito aconchegante, desde que cheguei aqui me senti muito bem menos com aquele ser chefia o nome dele? Ou será o cargo? Ah quer saber pouco me importa ele não se encontrando comigo por aí não vai dar problema. Chego no pé do morro e vem um daqueles homens em minha direção e já me questiona.

###: Eai gatinha, fiu fiu em morena, caiu na rede é peixe, mais aí aonde tu vai? Porque o patrão não gosta de sobe e desce não hein, cuidado você pode ficar a nossa vista como x9 e x9 aqui não tem vez, aí qual foi a gata vai aonde?

Bia: Eu hein, aonde não te interessa! - Poderia ter ficado com a boca fechada né?- Avisa pro seu "patrão" que eu trabalho não sou uma desocupada, agora da licença!

###: Cuidado com a língua em gatinha, dessa vez você passa mais da próxima te levo pro patrão hein se liga nessa visão!

E então eu consigo passar dessa barragem toda, af quanta frescura por pouca coisa eu hein!

(...)

Chego no restaurante unas 9h30 tô super atrasada e de cara já encontro o meu chefe, que me olha como quem tivesse me repreendendo então corro pro vestiário e já coloco minha roupa, vou para o salão do restaurante.

Depois de algumas horas o meu chefe me chama, puts fiz merda é lá vem bomba.

Subo para a sala do escritório e lá encontro meu chefe sempre sério e ríspido, não dá nem um bom dia, assim que entro na sala ele já começa a falar

####: Bom Dona Beatriz não suporto atrasos e por isso quero que você saia do meu estabelecimento hoje mesmo, tá aqui sua carteira de trabalho já dei baixa e estamos com tudo correto. Bom é só isso mesmo pode se retirar.

Já saiu da sala sem dizer nada, simplesmente recolho minhas coisas me despeço de Amanda e Bernardo sem mais explicações e vou correndo para o morro. Chegando na casa da Madrinha não encontro ninguém decido sair para espairecer, encontro uma praça e vejo um banco me sentei e lá fico observando as crianças, as mães e vejo um sorveteiro, compro um sorvete de morango com leite condensado e me delicio lá mesmo, me levando indo em direção a lixeira, jogo o papel do sorvete fora e decido então ir para casa. É amanhã será um longo dia.

O amor da Maré - PAUSADAOnde histórias criam vida. Descubra agora