Décimo Quarto - I lost my all ways

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"Quando eu abri meus olhos um dia eu desejei estar morto. Eu queria que alguém me matasse neste silêncio barulhento."

Depois de desligar o celular JungKook precisou respirar fundo para criar coragem e se levantar.

Arrastando seu corpo pela casa catou as piores roupas que tinha e as vestiu rapidamente; não queria se arrumar para um nojento qualquer. Pegou suas chaves, a carteira e foi até a porta, mas antes de sair pensou um pouco e voltou até a cozinha para se servir de um copo de soju, na esperança de que a bebida o ajudasse a manter a sanidade.

O endereço que havia recebido era muito longe de onde morava, na área nobre da cidade.

Jungkook precisou contar os trocados que tinha para conferir se poderia pegar um táxi até lá. No fim, o pouco que tinha dava pagar a viagem.

Já no táxi, Jeon observava o movimento das ruas. Percebia as mudanças no ambiente a medida que ia mudando de bairro, como as casas simples que eram substituídas por arranhásseis, via pessoas se divertindo com os colegas de trabalho depois de um longo dia de serviço, ou apenas fazendo uma caminhada noturna com seus cachorros. Era um mundo tão distante do dele que chegava a ser lírico. O rapaz não conseguiu conter a risada amargurado ao pensar nisso, chamando a atenção do taxista, que o observou pelo retrovisor. O homem só conseguia pensa o que estava errado na vida de um garoto tão bonito para que ele carregasse um semblante tão triste.

Após alguns minutos o carro estacionou em frente a um edifício de arquitetura refinada, um padrão de seus clientes. Ao passar pela portaria o senhor de idade lhe deu passagem facilmente, alegando que o morador já havia lhe avisado que estava esperando uma visita. No elevador, JungKook pensava o porque do cliente não ter dado permissão para que ele soubesse seu nome, mas prefiriu ignorar. Em frente ao apartamento, cujo o número haviam lhe passado, respirou fundo mais uma vez naquele dia antes de tocar a companhia. Ele pode ouvir o som estridente ecoar dentro da residência antes da porta ser aberta.

- Você?

O ruivo que havia conhecido naquela madrugada estava de pé na sua frente. Ele vestia uma calça de couro preta que delineava suas pernas torneadas perfeitamente, combinada com uma camisa branca e simples. Seus pés estavam descalços, seu cabelo úmido e bagunçado, denunciando que havia acabado de sair de um banho, e ele exalava o aroma de perfume caro.

- Surpreso? – Perguntou com um sorriso de canto.

Algumas horas antes

Deitado preguiçosamente em sua cama, Jimin arrastava o dedo na tela de seu celular analisando foto por foto no catálogo de corpos. Ele não tinha a intenção de contratar esse tipo de serviço, preferia que suas transas fossem com pessoas que se entregassem de graça, que gemessem seu nome de graça, apenas por desejo e luxúria. Mas um conhecido havia lhe enviado o catálogo, e olhar não faz mal a ninguém.

A maioria das pessoas não chamavam sua atenção, eram homens e mulheres com belezas comuns e repetitivas. Mas um rosto familiar o interessou. Não podia ser verdade. Era o mesmo garoto bonito do hospital. Ele estava completamente diferente naquelas fotos. Bem, sua aparência física era a mesma, mas Jimin havia conhecido um jovem preocupado com seu amigo, que foi grosso com ele por ele ter sido grosso com TaeHyung. Já o homem das fotos era sensual e provocante, tinha um sorriso amargo e chamativo, uma expressão que fazia qualquer um ficar excitado apenas por olhar. Park não conseguiu conter a vontade de possui-lo naquela mesma noite, mesmo que para realizar esse desejo, nada além de carnal, tivesse que pagar.

Agora

- Eu não acreditei quando vi você naquele catálogo, mas aqui está, em carne e osso. – Falou debochado.

Estigma - Por favor, perdoe-me pelos meus pecados | TerminadaOnde histórias criam vida. Descubra agora