liberdade

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=Pov's Merlim=

Como esperado de uma cadeia para loucos minha despedida foi cheia de gritos e canecas de plásticos sendo batidas contra as barras das celas ganhei uma das roupas daquela banda; Metálica, que estava cheirando a defunto ou seja deve ter sido de um azarado que morreu lá.

A liberdade era algo que estava prestes a sentir só que de um jeito melhor graças a Amy, esposa do fundador da clínica, que era professora então nunca abandonou o lema de ensinar a todos, até mesmo "loucos", graças a ela eu acho que posso ir pra "faculdade" direto.

Um dos seguranças de lá era mais maluco que qualquer um naquele lugar as palavras dele, pra uma criança de três anos, eram incríveis e soavam em sintonia pelo seu olhar de repulsa:

- Garoto, se você sair daqui antes dos trinta eu te levo em um bar de verdade- o pior é que o tom dele era sério - Você vai conhecer a verdadeira beleza desse mundo

Espero que ele cumpra isso, ao sair me deparei com algo que já havia me esquecido e claro que era melhor não ter me lembrado, o portão de entrada para aquele lugar, seu tamanho era com certeza maior do que a minha "loucura". Sai de lá e na calçada estava o segurança e um cara com uma camisa de algo que parecia uma série sobrenatural onde estava claramente escrito: "Teen Wolf" os loucos que chegaram em 2017 adoravam falar sobre essa série, o cara sorriu pra mim e acenou como se me conhece-se

- Hey Mer!- Isso fez parecer que ele me conhecia mais ainda e depois fez uma cara triste - Não se lembra de mim? Meu pai ia meter um sermão bíblicos agora se tivesse aqui.

Ao piscar meus olhos me dei conta de que era meu amigo de infância Rafael, filho do pastor da minha igreja; Depois de tanto tempo eu abri um sorriso e vontade de chorar e abraçar ele uma coisa bem comum que fazíamos mesmo ele sendo mais novo eu sempre fui o mais fraco sentimentalmente, claro que eu não fiz isso, principalmente com aquele segurança com o mesmo olhar de repulsa e claro não falou nada menos do que eu esperaria:

- Ele veio te buscar, ve se aparece sábado pra eu poder pagar minha promessa pra você

-Claro claro- disse eu calmo e mudando pra um tom mais que irônico - obrigado pela estadia

Quase rindo o Rafael tocou na minha cabeça e fez a gentileza de abrir a porta do carro onde eu entrei e fechei a porta para esconder minha cara de riso no vidro escuro da janela enquanto meu antigo amigo entrou pelo lado do motorista, verdadeiramente eu não imaginava que ele ia ser a primeira pessoa que eu veria após sair de lá e claro que logo outra coisa, uma pergunta veio até minha língua:

-Rafa, pra onde você esta me levando?

Ele me olhou com uma cara estranha e falou como se fosse algo ruim e que talvez não fosse o que "ele" queria:

-Seus pais querem te ver logo e família é prioridade depois de dezessete anos- Ele diz isso colocando a mão sobre minha cabeça de novo, acho que ele não mudou nada em dezessete anos- Por que? Tem alguém que queira ver?

Pela primeira vez em dezessete anos acho que fizeram uma pergunta que não era retórica ou que fosse pra saber meu nível de loucura e eu respondi encarando ele

- Eu tinha três anos, não tenho nenhum vínculo importante a não ser minha família e você. Só vamos ver logo eles- Digo repousando minha cabeça no assento e dormindo

Caçador de ceifadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora