A Noiva da Janela

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Na Rua 13 havia uma casa, na qual possuirá muitos e muitos anos, mais mesmo assim sendo tão antiga, mantinha uma belíssima aparência, como se alguém a constantemente fizesse manutenção, era a casa mais bonita da rua.

Aqui em Minas havia muitas casas bonitas de se ver, com lindos jardins floridos, mais essa casa em questão não chamava a atenção somente por seus bons tratos e seu belo jardim.

Vivia lá uma moça, a Rosa,morena, curvas perfeitas, cabelos longos cor de castanho, com cachos de anjo e vestida eternamente, impecavelmente de noiva. A sua beleza costumava chamar a atenção de todos, especialmente dos homens, assim como seus trajes.

Ela dizia estar esperando o noivo, Aderbal por isso não saia da janela, queria ser a primeira a avistá-lo. Era sempre muito cortês, conversando com todos e ofertando uma sombra, uma água, um café. O único problema era que víamos todos entrarem, mais estranhamente, não o víamos saírem.

Com o tempo, a fama da noiva da janela de que todo aquele que se atrevia a aceitar o seu convite para adentrar em sua casa espalhou-se rapidamente, fazendo com que a rua que antes era tão viva morresse a cada dia, restando apenas a Rosa em sua velha linda janela azul.

Todos diziam que a rua era mal assombrada, amaldiçoada, que ninguém em sã consciência deveria ir lá, o tempo passou e as histórias de fantasma da mesma forma que surgiu, desapareceram, assim como a memória dos antigos que aos poucos se foram.

Certo dia uma moça,humilde, vinda do interior, tomara a condução errada e foi deixada justamentena entrada dessa rua. Sem conhecer sua terrível fama, começou a andar pela rua,suja, cheia de tabuas nas casas, que já se encontravam em grande maioria, aospedaços, ventava e jornais voavam por entre suas pernas, mais aquilo não aassustou. De repente o vento faceiro que só, levantara vôo com o seu chapéu,Vera correu rapidamente para alcançá-lo rua abaixo, conseguindo pega-lo em um lindo jardim de flores azuis.

Vera deslumbrou-se com aquela visão, aquela casa era atípica a todas as outras, afinal era a única casa em seu mais perfeito estado, naquela rua. Resolvera sentar-se, no banco para descansar ofegante depois da longa corrida, até que fora surpreendida por uma bela mulher vestida de noiva.

Olá está com sede?


Não obrigada, desculpe-me, não pretendia...


Imagina, está tudo bem, gosto de receber visitas, me sinto tão sozinha enquanto meu noivo não vem. Vamos, entre, lhe servirei uma xícara de chá. 
Vera entrara em silencio, ao mesmo tempo mais intrigada do que receosa com o fato daquela moça tão bonita viver ali naquela rua tão feia e deserta. Rosa indicara a cozinha a Vera como um sinal de que a mesma poderia ficar à vontade. Porém Vera apesar de jovem era espírita, um espírito de muita luz. E ao entrar na cozinha o que Vera viu foi a mais terrível visão do terror:

Na bacia onde Rosa disseraque havia chá, na verdade estava cheia de sangue, ao lado, a cabeça de um homemainda se decompondo, um antebraço do outro, debaixo da pia, outro esqueleto demais um homem, ao andar para trás sentiu algo, ao se virar uma corda bem grossacom outro esqueleto nela de mais um homem, Vera dera um grito de pavor e olhara em volta se vendo no que parecia mais um tapete de ossos do que o próprio chão.

Sabe: é a primeira vez que uma mulher vem aqui.

Parece que elas fingem que não me vêem só os homens entram para me fazerem companhia.

Mais você foi a primeira que há muito tempo vem aqui.

Agora ficará para sempre e seremos grandes amigas!

A Garota do Prédio entre outros contosOnde histórias criam vida. Descubra agora