Parte seis

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"Então, querida, conte-me... O que sabe sobre ele?"

Eu respirei fundo, me deixando pensar nesta questão por um tempo.

"Eu não sabia nada sobre ele na época que fiquei aprisionada" confessei. "Mas agora o sei."

"Certo..." ela anotou algo em sua prancheta. "E o que sabe agora?"

O que eu sabia sobre ele? Bom, desde que fui libertada, fiquei sabendo de tudo.

"Eu sei que ele odiava meu pai... Por isso me tomou dele, pois queria tomar tudo que pertencia a meu pai" expliquei, com um fraco sorriso. "Sei que ele é incapaz de amar, e tem o rancor como centro de sua miserável vida desde que meu pai o expulsou da empresa (onde trabalhava para ele), por ter realizado uma tentativa de usurpar o seu lugar sem muitos floreios... Sei também que me mantinha ali porque pensava que, ao fazê-lo, estaria de certa forma, 'vencendo' uma disputa com meu pai, mas, também sei que isto, nem nada que ele me dissera, nunca foi verídico."

"E você sabe o porquê de ele nunca ter te contado essa história? O porquê de ele querer manter a própria identidade como um segredo para você?" questionou.

Eu fiz que sim.

"Creio que, para ele, seria mais fácil que fosse assim, para que eu me apegasse a ele de forma mais natural, e ele pudesse contar isso como uma vantagem" falei, lamentando minha ingenuidade na época por ter caído naquela armadilha. "Mas, como ele deve ter notado, isso não aconteceu por completo... Pois eu fui resgatada."

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E... é isto. Vamos fazer o Reino de Deus conhecido!

Muito além de cicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora