Capítulo 6

484 69 75
                                    


              Será que havia sido apenas sorte ou realmente havia uma mina esperando por eles ali ou aquela pepita era a única? Margot não parava de se perguntar. O capitão Stefan havia a guardado com ele e ela teve uma forte sensação de que ele não tinha a mínima intenção de devolve-la.

Eles não precisaram andar muito para encontrar os outros, pois eles pareciam estar procurando por eles.

— Capitán por dios! – Jorge suspirou – Está bem?

— Oras estou porque não estaria?

— Ouvimos o tiro ontem, pensamos que havia acontecido algo grave então dispensamos as prostitutas e fomos atrás dos dois.

— Prostitutas? – Margot arregalou os olhos.

— A dispensaram sem que elas os servissem? – ele perguntou revoltando Margot ainda mais.

— Alguns foram bem servido suponho, mas o que aconteceu com o senhor, por que se afastaram?

— Que se dane nossos motivos, chame os outros pois temos boas novas tragam as ferramentas o vento começou a soprar a nosso favor Jorge. Encontramos o ouro! – ele disse entusiasmado e mais entusiasmando o outro que saiu correndo.

Ela encarou o chão, o ouro era o que menos lhe importava naquele momento. Ele havia saído do meio do mato para procurar prostitutas sabe-se lá onde porque ele estava entediado? Aquilo não deveria afeta-la nem surpreende-la. Homens eram assim, ou pelo menos o tipo de homem que ele era, sim, era assim. respirou fundo.

Ouro era a única coisa que deveria povoar seus pensamentos e nada mais. Quando tudo acabasse seria apenas o ouro que ela levaria para casa.

Não demorou muito para que os outros chegassem ansiosos esperando por boas novas.

— Agora não sei se foi vosmecê quem perdeu ou foi eu – Chico dizia cheio de si.

— Do que está falando? – perguntou.

— Ontem, meu Deus ontem.

— Ele quer dizer que deixou de ser donzelo – Tupã explicou.

Ele não parecia bem, quando não houvesse tanto tumulto descobriria qual era o seu problema.

— De Mendes, o que faz ai? Venha para cá – o espanhol lhe chamou.

Bufou e foi para o lado dele a contra gosto, devia ter batido nele enquanto tinha oportunidade.

— Estão todos aqui? Muito bem – ele tinha um sorriso de orelha a orelha.

Era como se tivessem dito que ele partiria para a Espanha no dia seguinte.

Margot porém, não conseguiu sorrir.

— Graças a esse bandido – apontou para ela – conseguimos encontrar o que tanto procurávamos! Aqui nesse paredão de Mendes encontrou uma pepita de ouro e onde tem uma pode haver várias. Por isso quero que cada um se esforce mais que o dobrado para que possamos ficar ricos.

— E onde está a tal pepita que Mendes encontrou? – Teobaldo quis saber.

— Isso não é da conta de vousmecês – ele disse alegremente – e antes que eu me esqueça. A primeira pepita que encontrarem pertencerá a vossa senhoria, não importa o tamanho.

Ele não precisou falar mais os homens seguraram suas pás e picaretas e começaram a trabalhar, Margot também não esperou que ele dissesse mais alguma coisa, precisava de uma picareta. Estava mais que confirmado que o que ele disse não valeria para ela.

Margot de MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora