The rivals | B.r

cap 31 / see you

Hoje era domingo, e seria dia de irmos á casa de Harry caso eu estivesse com Liam, mas no caso, eu fui para me desculpar pelas brigas que tive com ele, mas ele parecia sério ao ficar parado no meio da sala.

"Você pode me contar o que está acontecendo ?" – Eu disse após fechar a porta principal atrás de mim.

"Hoje eu recebi a ligação da prefeitura." – Ele passou a mão por sua barriga desnudo – "Me informaram que Charlies havia acabado de.." – Ele suspirou – "Você sabe. Essa manhã, Anne." – Suas covinhas se contraíram.

"Isso só pode ser mentira, e-eu estive com ele ontem á noite, depois ele foi embora de madrugada, estava tão bem, parecia contente e sem dores." – Eu disse em choque, vendo Harry vir me abraçar – "Eu não acredito." – Eu disse com lágrimas no rosto.

"Você tem duas escolhas, infelizmente." – Harry disse ao me soltar – "Ir ao enterro dele hoje, ou então, resolver sobre as coisas burocráticas hoje." – Ele suspirou, cruzando os braços – "Me mandaram os documentos dele, já que sabiam que tinha contato comigo, então pode assinar agora.." – Ele respirou fundo.

"Tudo bem, eu vou resolver as coisas, era isso que ele queria, e eu não vou fazer ao contrário.." – Eu assenti, limpando meu rosto com as costas de minha mão – "Vamos." – Eu disse subindo as escadas, logo atrás dele.

Entramos em seu escritório, Harry se sentou na sua cadeira, separando alguns papéis, e eu me sentei á sua frente, observando sua agilidade com os papéis.

"Anne.." – Harry disse ao me dar os papéis – "É só assinar se estiver de acordo com o que ele havia deixado escrito." – Ele me entregou a caneta.

"Eu declaro esse documento á Anne Katherine. Neste documento eu deixo claro que Shake deve ser passado á Aline, minha vizinha do primeiro andar, e outras financias como hospital, ou quaiques propriedades sejam vendidas e o dinheiro vá para Anne, caso ela haja de maneira contraditória, eu concordo. Att, Charlies"

"Eu vou assinar.." – Suspirei, assinando os papéis – "Eu nem consigo acreditar nisso." – Disse olhando para cima, respirando fundo.

"Anne." – Harry disse ao me chamar a atenção – "Você dormiu com ele ?! Tiveram algo ontem ?" – Ele disse atencioso aos meus movimentos.

"Não vou mentir para você, tivemos, Harry." – Suspirei – "Toda essa situação me deixou tensa, eu não quis contar para você sobre o problema dele porque estávamos brigados, e mesmo se eu te falasse, nunca ia entender." – Eu me levantei.

Um mês depois...

Hoje era o grande dia em que Liam iria para seu primeiro dia na escola, minha mãe o levou hoje cedo, e como ele sairia á tarde, ela ficou de busca-lo para levar até a pediatra que estava marcada para hoje no fim de tarde.

Eu estava indo para a casa de Harry, pois mesmo "separados" ainda estávamos mantendo nossa amizade, apenas estamos dando um tempo para os dois, mas hoje era um exceção, pois estive nervosa com Liam indo á escola, então Harry me chamou para conversarmos.

"Eu não acho que seja bom você se preocupar muito com ele." – Harry disse, enquanto pegava as duas garrafas de cerveja – "Ele ainda é criança, e vais sofrer, porque é normal." – Ele disse após nos sentarmos no chão gélido de sua varanda, do seu quarto.

"Nunca vi um vento desta forma.." – Suspirei, dando um gole na cerveja – "E eu não acho que seja normal." – Rolei os olhos.

"Sabe.." – Ele passou a mão em sua boca – "Eu sai com a minha ex-namorada esses dias." – Ele me chamou a atenção. O encarei, esperando ele continuar – "Ela veio com aquele papo de voltar, e eu disse que estava bem sozinho." – Suspirei. Queria ver aonde ele queria chegar – "O que eu quero dizer é que se você quiser terminar, me fala logo." – Ele disse encostando a cabeça na parede atrás, me fazendo observar seu pescoço.

"Harry." – O chamei a atenção – "Você quer terminar, é isso ?" – Eu disse encarando o rapaz próximo, ao meu lado – "Eu vou entender se quiser terminar, mas saiba que isso vai ocorrer justiça, não por mim, mas por Liam." – Eu respirei fundo.

"Porque não entende as coisas ?!" – Ele disse pondo a mão na garrafa de minha cerveja, a retirando – "Eu amo você, porra." – Ele me encarava atenciosamente – "Tenho saudades de tudo que você me dava, de você." – Ele disse em um tom baixo.

Encarei seu rosto atentamente antes de realizar o meu desejo, mordi meus lábios enquanto prestava atenção em cada movimento seu, até que nossos rostos se aproximaram a ponto de encostarmos nossas bocas, ele me deu um pequeno beijo, me incentivando á beija-lo com mais intensidade.

"Eu amo você infinitamente, eu não consigo viver sem você nem por um mísero secundo, que droga, Katherine.." – Ele sussurrou encarando meus olhos. Eles não parecia piscar.

Nós passamos o resto do dia assim, entre sussurros, carícias e muitas declarações de amor.. Era algo infinitamente quente o que eu sentia por ele, é como se um pedaço de meu coração estivesse grudado nele, e eu só conseguia me sentir completa ao seu lado.

Eu ficava admirada á forma em que havia me apegado á ele, um simples ser humano, que fazia meu coração vibrar a milhares de distância, o qual me fez tropeçar nos pensamentos só de pensar em perdê-lo...