cap 39 / together

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Um mês. Trinta dias era muito, para mim, que simplesmente passou trinta dias de sua vida deitada, aproveitando apenas o frio, um cappucino e Liam. Mas era tudo o que eu tinha, e precisava.

Ele havia ido, Zayn embarcou para Alemanha, disse que voltaria ano que vem e faria questão de mandar presentes de lá e todas essas coisas de turista.

O meu amor, eu ao menos consigo falar com ele, não mantive contato depois do ocorrido naquele quarto, eu não queria mais olhar em seus olhos, me sentia usada, e destruída internamente.

Agradeço todos os dias aos céus, por ter me dado férias no trabalho, e não precisar de Zayn ou alguém, eu só quero viver e aproveitar meu filho, assim como minha mãe está aproveitando sua vida novamente.

"Vamos trocar essa fralda, rapaz!" — Sorri para Liam que negou com a cabeça — "Você é esperto demais.." — Sorri ao vê-lo correr de mim.

Ela não fez questão de me contar, mas eu sei que anda saindo para restaurantes caros com algum belo rapaz, e seria maldade da minha parte, alegar que não queria vê-la sair com outro, ela estava mais feliz que nunca, e eu admiro isso.

A campainha tocou, me assustando. Sinceramente eu não esperava ninguém, e ainda acho que seja algum entregador de pizza no endereço errado.

"Aqui é a casa 106 ?" — Um rapaz com uma maleta preta, disse educadamente, e eu neguei. — "Desculpe!" — Ele sorriu.

Eu sabia. Terminei de vestir Liam conforme o tempo lá fora, com uma calça jeans escura e moletom para esquenta-lo, eu havia combinado de deixar ele com minha mãe hoje, queria ir ao cinema, sozinha.

[Salto no tempo]

Eu estava sentada no meu carro á meia hora, já havia deixado Liam, e não decidi se queria mesmo ir ao cinema sozinha, mas eu simplesmente não estava afim de chamar alguém. Por que eu tinha que ser assim ?!

Anne ? — Harry; 15:37 PM

Suspirei com aquela mensagem breve, e decidi que ligaria para ele, não estava afim de escrever enquanto dirigia pela condomínio, tentando achar a saída da rua que eu queria.

"Eu preciso de você." — A voz dele era abafada — "Agora." — Ele estava tenso.

"Tá Harry, aonde você está ?" — Em casa. — "Ok, estou á caminho." — Rolei os olhos.

Espero mesmo que seja algo importante, caso de vida ou morte, ou então algo da empresa, não aguentaria ver Harry com um de seus dramas, seria realmente irritante.

{...}

Toquei sua campainha pela terceira vez seguida. Esperando que ele me atendesse e eu poderia finalmente me esquentar, pois estava realmente quase nevando aqui fora.

"Espero que seja algo importante." — Resmunguei, o vendo de calça jeans. — "Não tem frio ?!" — Notei seu abdômen nu.

"Leticia vai me matar!" — Ele bufou — "Na verdade ela só quer todo o meu dinheiro.." — Ele passou a mão no cabelo, o jogando para o lado.

"Harry, você sabe terminar um relacionamento, não precisa de mim!" — Rolei os olhos — "Hum ?" — Cruzei os braços.

"Eu só tenho uma única maneira de ela não tomar tudo meu.." — Ele suspirou e eu arqueei uma sobrancelha — "Casa comigo." — Ele me encarou fixamente.

"Você é hilário!" — Gargalhei alto, mas ele continuou sério — "É isso ? Tá me pedindo pra casar com você ?! Por causa de uma ex-namorada sua que quer tirar tudo seu ?" — Disse desacreditada — "Harry, eu não caso por dinheiro, e sim por amor." — Disse brava.

Meus olhos arderam rapidamente, talvez eu estivesse mesmo chorando na sua frente, mas nada importa, ele queria que eu aceitasse aquele absurdo, que eu me sujeitasse a declarações de amor falsas, para no final eu ficar sozinha e ficar tudo bem. Nunca vou aceitar isso.

"Por que você está chorando ?" — Ele suspirou e eu me sentei no sofá — "Anne, se você não quiser aceitar tudo bem, eu poss-" — Eu o interrompi.

"Pode arranjar outra alguém pra fazer isso ?!" — Eu ri sem vontade — "Você é realmente um idiota, mas é a pessoa que eu mais agradeço, porque você realmente me fez ver quem é você!" — Suspirei.

"Anne você está totalmente ex-" — Eu neguei com a cabeça e ele suspirou.

"Você me fez desistir de você, Harry." — Engoli em seco — "Mas me faz agradecer todos os dias pelo Liam, porque ele realmente parece me amar verdadeiramente.." — Suspirei — "E é inevitável amar alguém, e tenho consciência de que lhe amo, mas infelizmente eu desisto de você, eu não consigo mais!" — Encarei seus olhos verdes.

Ele parecia escutar cautelosamente, observando cada fala minha, e parecia absorver todo aquele momento, para enfim, respira fundo e finalmente falar o que estava dentro de si.

"Anne.." — Ele pos as mãos no bolso — "Eu queria te mostrar uma coisa, por favor, antes de você ir!" — Ele suspirou e apontou para a escada.

Assim que entramos em seu quarto, pude vê-lo totalmente organizado e parecia que ninguém deitava na cama á semanas, ou pelo menos, era o que eu imaginei, por sua cara de preocupação, não deve ter dormido direito.

Ele desabotoou sua calça jeans e eu cruzei os braços, ainda zangada. Se ele realmente tentasse alguma piada, ou alguma gracinha, eu lhe xingaria eternamente, até ele saber o que é sermão de verdade.

Sua calça jeans foi puxada lentamente para baixo, até ficar na altura do elástico de sua cueca box, na qual ele a puxou pelo elástico, e mostrou a parte de sua coxa direita, com um símbolo do Yin e Yang recém tatuado em sua coxa.

"Eu fiz isso porque pensei em você.." — Ele respondeu-me sem ao menos questionar — "Eu..queria ter um pedaço de você, mesmo de longe, eu fiz quando você foi embora, e toda vez que eu tenho que retocar essa tatuagem, me doi, e não digo a dor física, porque essa nem se compara ao saber que não tenho mais você.." — Ele parecia sincero. — "Parece que todo esse meu namoro, fake, foi só um pretexto pra te ver, e ficar mais próximo de você, mesmo você não querendo." — Ele riu fraco — "Se você não faz ideia, eu amo você mais que tudo." — Seus olhos estavam fixos ao meu — "Capaz de ter um filho com você, capaz de largar tudo por você, capaz até mesmo de tatuar, sem saber se me quer ou não.." — Ele riu, e suas covinhas apareceram.

Tudo aquilo, me fez ficar zonza. Não conseguia mais pensar em quem eu era, porque estava ali, e ao menos sabia se conseguia respirar, só agora eu percebi que estava vivendo no automático, e aquilo me confortou por um tempo, mas agora, foi tudo um click e eu voltei á vida real, a momentos, ao Harry.

"Harry.." — Coloquei minha mão esquerda apoiada na minha saia — "Eu não sei se é o momento certo, você está recém solteiro.." — Ri fraca — "Nós temos tantos problemas!" — Suspirei o ar pesado que me prendia.

"Você é sempre cheia deles.." — Ele riu e juntou nossos corpos — "Anne, aceita ficar comigo." — Ele encostou nossos lábios, e eu murmurei Uhum.

Eu não podia afirmar que aquilo era o certo.
Mas quando eu estava com ele, sentia que podia acabar o mundo, mas ele salvaria nossa família.

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