Fredericksburg

três

Dylan

Eu simplesmente não sabia explicar o sentimento que inundava minha alma quando eu estava com ela, acho que desde o momento em que meu caminho cruzou com o dela minha alma sabia que eu pertencia a ela e em tão pouco tempo eu me vi apaixonado por essa mulher misteriosa e maravilhosa.

Ela me completava, ela me emendava por completo e eu sentia isso. Na noite em que Lavínia se entregou para mim eu senti como se eu tocasse o céu, me senti leve e me senti amado.

- Está pronta? – Pergunto vendo que ela estava nervosa.

- Mais do que nunca. – Ela me lança aquele sorriso... o sorriso mais lindo do mundo.

Desço do carro e logo ela está ao me lado, caminho até a casa dos meus pais e entro anunciando minha chegada.

- Até que enfim você chegou, meu filho... – Ouço a voz da minha mãe. – O Robert está aqui inventando histórias de que tinha uma moça em seu apartamento e...

Assim que ela me vê e vê Lavínia ao meu lado minha mãe paralisa e me encara de uma forma engraçada.

- Ai meu deus, então é verdade? – Ela me olha esperançosa. – Querida, como se chama?

- Lavínia. – Ela diz com seu sorriso contagiante.

- Venha querida conhecer o resto da família. – Minha mãe sai puxando minha Lavínia pela casa.

Passo mais de trinta minutos me explicando para meu irmão e Dália que me repreende a todo momento por minha irresponsabilidade, dizendo que Lavínia podia ser uma lunática e tudo mais, mas no momento em que eu a encontrei somente eu sei a energia maravilhosa que emanava dela, uma energia que me curava.

Depois do almoço e das diversas perguntas feitas para Lavínia que respondia de forma leve e divertida eu percebi que ela havia conquistado toda minha família tão rápido quanto me conquistou.

Dália raptou Lavínia para ver Leo que dormia no andar de cima, assim que elas somem das minhas vistas sinto todos os olhares em cima de mim.

- Pode começar a se explicar! – Adam fala com um sorriso zombeteiro no rosto.

- Parece que ele já se explicou muito bem hoje de manhã. – Robert zomba e bebe sua cerveja.

Reviro os olhos para ainfantilidade dos dois.

- Já contei como a conheci. – Falei olhando para o líquido em meu copo.

- Tá isso eu entendi. – Adam fala. – Quero saber como você se apaixonou tão rápido...

Apaixonado? Jura mesmo?

- Eu não estou apaixona. – Protesto. – Eu só me identifiquei com ela em um nível... – Paro de falar ao ver que nem mesmo eu consigo explicar tal conexão.

- É ele está apaixonado. – Meu pai fala fazendo todos na mesa rirem.

- Parem de zoar meu querido. – Minha mãe me defende. – Ela é linda, filho.

Aceno com a cabeça e solto um riso frouxo, eu estava em uma posição desconfortável, já que nem eu mesmo sabia definir o que Lavínia era para mim, principalmente pelo fato de conhece-la a tão pouco tempo.

- Parece que Dália gostou dela. – Falo olhando para as escadas que a minutos atrás elas subiram correndo.

- Todos gostamos, ela parece ser uma ótima pessoa. – Minha mãe afirma sorrindo. – E vai que assim você pare quieto em sua cidade com sua família. – Paraliso.