CONTAGEM REGRESSIVA

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CONTAGEM REGRESSIVA PARA O FUTURO

A história da humanidade está marcada por pretensos profetas e suas profecias alusivas ao futuro. Entretanto, a nenhum mortal foi dada a capacidade de conhecer o futuro, a menos que o próprio Deus tenha revelado. Os profetas bíblicos aí se enquadram.

Deus, que conhece o futuro como passado (Isaías 46:9,10), escolheu os profetas para guiar Seu povo através da palavra profética (Amós 3:7). Daniel, o cativo de Babilônia e João, o cativo de Patmos, ocupam uma posição de destaque entre os profetas. Deus os escolheu para registrarem os eventos finais da história humana antes do estabelecimento do eterno reino de Cristo.

No livro do Apocalipse são revelados os desígnios de Deus. O próprio nome, Apocalipse, que significa" revelação" contradiz a afirmação de que é um livro selado (Apocalipse 22:10).
Deus deseja que este livro seja aberto a todos, pois suas verdades são dirigidas aos que vivem nos últimos dias da história da Terra, como foram aos que viviam nos dias de João.

No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ele é um complemento do livro de Daniel. Um é profecia e o outro uma revelação. por isso, devemos estudá-lo juntos.


ORIGEM E AUTORIA DO LIVRO

Vemos então que o livro se originou em Deus, que o deu a Jesus, este a seu anjo, e o anjo a João, que deveria, por sua vez, escrever as visões e enviar às sete igrejas, ou seja, aos servos de Deus. Não resta dúvida de que João, o último dos apóstolos a morrer, foi o autor (Apocalipse 1:1, 4, 9 e 11). Mas quem era João? Junto com Pedro e Tiago, ele era um dos mais íntimos discípulos de Jesus. Era conhecido como o discípulo amado (João 21:20), esteve com Jesus por ocasião da transfiguração (Mateus 17:1-8), acompanhou toda a agonia de Jesus no Getsêmani (Marcos 14:32-42), foi o único discípulo que não fugiu por ocasião da prisão de Jesus e a quem o Salvador confiou sua mãe na hora da morte (João 19:25-27). Além disso, foi quem correu até o sepulcro quando soube da ressurreição de Cristo (João 20:1-4).

A Bíblia deixa claro que João possuía um temperamento forte. Era chamado filho do trovão (Marcos 3:17). Queria impedir que outros pregassem e expulsassem demônios em nome de Cristo (Marcos 9:39) e queria fazer descer fogo dos céus para queimar os samaritanos (Lucas 9:54). Mas esse temperamento forte começou a ser transformado pela convivência com Cristo. O discípulo aprendeu de Jesus lições de mansidão, humildade e amor que são essenciais ao crescimento na graça e condição para o serviço cristão. João entesourou cada lição e constantemente procurava levar sua vida em harmonia com o padrão divino. Tornou-se manso e meigo, obtendo assim um conhecimento experimental do Salvador.


A PRISÃO NA ILHA DE PATMOS

João alcançou avançada idade e foi o último discípulo a morrer. Ele testemunhou a destruição de Jerusalém e a ruína do majestoso templo no ano 70 d. C. Os príncipes judeus odiavam João por sua inamovível fidelidade à causa de Cristo. Declararam que de nada valeriam seus esforços contra os cristãos enquanto o testemunho do discípulo soasse aos ouvidos do povo. Assim, para que os milagres e ensinos de Cristo fossem esquecidos, a voz do idoso servo de Deus teria de ser silenciada.

Como Pedro e Paulo, João foi convocado a Roma para ser julgado por sua fé. Tito Flávio Domiciano era o governador de Roma. Diante das autoridades, falsas testemunhas foram apresentadas e suas doutrinas deturpadas. Então, sua morte foi ordenada. Segundo a tradição, João foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Todavia, Deus, miraculosamente, preservou sua vida e ele não sofreu nenhum dano. Diante do milagre, o imperador decretou que fosse banido para a ilha de Patmos, que funcionava como uma prisão do império. Assim, sua influência não mais seria sentida. O exílio aconteceu em 95, ou 96, d.C.

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