Minha visão aguçada permitiu que eu o vê-se, a luz do luar banhava seu rosto o deixando misterioso, não consegui perceber todos seus detalhes, mas algo me fazia olhar para ele cada vez mais, estava presa em seu modo de caminhar.
- O que está acontecendo comigo? Perguntei a mim mesma.
Talvez tenha falado um tanto alto já que ele virou em minha direção, nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, um choque passou pelo meu corpo quando seu olhar me varreu por inteira, lembrei-me que estava com roupas de dormir e tratei de sair rapidamente da varanda fechando a cortina logo em seguida.
- O que aconteceu a poucos segundos atrás? Pensei comigo enquanto ia ao banheiro escovar meus dentes, olhando minha figura no espelho percebi que estava corada, nunca aconteceu isso comigo, nunca achei que algo assim me deixasse de tal ponto, joguei um punhado d'água em meu rosto e o sequei, evitando olhar no espelho fui até a cama, assim que me cobri o cansaço abateu-me e adormeci.
Estava no jardim andando calmamente e por estranho que pareça Ibrahim estava comigo estavamos felizes por algum motivo, paramos em um canteiro com rosas negras tipicamentes turcas, abaixei para pegar uma mas um espinho entrou em meu dedo, sangue brotou aonde o espinho estava, no segundo seguinte Abe não estava mais comigo, tudo estava escuro, um sentimento de solidão abateu-me, chorei compulsivamente
Acordei atordoada e com lágrimas nos olhos, estava cedo ainda, fiquei deitada lembrando desse sonho, achei estranho o fato do senhor Mazur estar comigo e depois dele sumir sentir-me sozinha, foi um sonho estanho e confuso, mas preferi por enquanto esquecer.
Hoje seria meu primeiro dia guardando o senhor Mazur, fui tomar um banho demorado pois meus músculos estavam tensos e meu corpo suado, quando terminei fui até minha mala e peguei meu uniforme.
Estava andando pela casa com Pavel que iria me mostrar o esquema de seguranças da mansão, inclusive as wards, que são anéis de proteção feitos por morois para que nenhum strigoi possa entrar, pois é uma magia viva e os strigois são mortos, depois de Pavel me explicar tudo sobre a segurança fui até o escritório do Mazur onde haveria uma reunião.
O encontrei em uma sala adjacente a de seu escritório, ele estava vestido de uma forma peculiar, um terno vermelho e um lenço dourado, peculiar é pouco, beirava ao ridículo.- Boa tarde Sr. Mazur, Sou sua nova guardiã pessoal, Janine Hathaway.
Seu olhar varreu-me por inteiro, analisando cada pedaço meu, já estava sentindo meu corpo esquentar, torci que fosse de raiva.- Boa tarde Janie, queria deixar avisado, minha vida é muito agitada e perigosa, tenho muitos inimigos, já perdi pessoas que eram de grande estima para mim, se você não se sentir bem com isso você tem total direito de falar comigo e assim resolverei a situação.
-Guardiã Hathaway, senhor Mazur
Falei enquanto revirava os olhos, não dei esse tipo de ousadia para esse maluco.
Recompondo-me disse novamente a ele após um longo suspiro exaustivo- Sei bem onde e com quem trabalho, minha função como guardiã é proteger o meu moroi, lembra? "Eles vem primeiro". Falei no meu tom profissional, sabia que a seriedade ali era importantissimo, eu era uma guardiã recém formada e necessitava passar toda a força que eu sei que tenho.
Fazia uma semana que estava na mansão Mazur, até então ele não tinha saído de casa, mas hoje era sexta dia de ir a mesquita onde ele faria as orações de sua religião, havia um esquema de segurança montado, não podíamos bobear, ele é muito visado, tanto por strigois quanto por inimigos da máfia, sua cabeça vive a prêmio e eu sou a quem deve proteger ele, "eles vem primeiro" sussurrei enquanto entrava na SUV onde já estavam Pavel e Ibrahim, iríamos apenas nós três naquele carro mas havia mais dois carros atrás de nós para garantirmos sua segurança, eu era a guardiã de perto então teria que entrar com ele, porém para minha irritação era obrigatório usar véu na mesquita, isso tamparia um pouco da minha visão, senti um par de olhos sobre mim enquanto tentava colocar o véu de cor preta com pequenas flores em dourado nas bordas e falhava miseravelmente, até que ouvi uma risada o tanto abafada e logo me virei onde o som havia vindo
- Está rindo do que senhor Mazur? Disse eu faltando respingar veneno em cada palavra
Ele virando-se para mim, mal contendo a gargalhada, conseguia sentir sua clara diversão com minha dificuldade, falou
-Deixe que eu te ajude guardiã, pelo que estou vendo você está tendo um pouco de dificuldade com seu véu.
E assim ele o fez, parou na minha frente e retirou o véu da minha mão cuidadosamente, senti o roçar de seus dedos através do pano fino que impedia seu toque, olhando firmemente em meus olhos ele colocou o véu e o ajeitou, parou alguns segundos firmando seu olhar no meu, senti o mundo parar e minha barriga gelar por um milésimo de segundo, ao perceber o que estava acontecendo sua expressão mudou totalmente ficando até um pouco carrancudo
- Vamos entrar logo. Disse ele, como se quisesse fugir de toda aquela situação, e pela primeira vez eu concordei com ele.
Avisos:
Eu juro que agora eu voltei gente, me desculpa pelo cap pequeno, era só para realmente dizer que eu voltei, espero que vocês entendam a demora, prometo melhorar cada vez mais a minha escrita e o enredo da história, um beijo para todos
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A Turkish love
VampireJanine Hathaway uma guardiã recém formada que deseja ser reconhecida em todo mundo moroi foi chamada para ser guardiã de Ibrahim Mazur um poderoso mafioso. O que Janine não contava era que dessa convivência com Ibrahim nasceria um amor perigoso tant...