A Escolha do Príncipe -3° Conto da Série de Contos A Realeza

Final

Suspiro enquanto olho meu pai dar um pequeno sorriso enquanto olha para longe, posso ver que ele se encontrava com uma calça djeans e camisa polo...Ele parecia tão normal, tão humano e não um Rei, será que se caso ele não tivesse uma coroa na cabeça ele teria dado o devido valor a minha mãe? Penso enquanto sinto seus olhos deslizando por minha face.

—Então tem como falar o que está acontecendo? —Meu pai me pergunta enquanto cruza os braços e fica ali parado me olhando. —Lucrécia literalmente foi me ameaçar dizendo que Caso eu não fizesse meu filho ver o que estava na sua frente, ela o faria ver, e acredite quando Lucrécia quer ser uma vadia ela consegue.

—Não sei do que o senhor está falando. —Falo enquanto engulo em seco tentando me fazer passar uma pessoa que não tinha nada a esconder, mais meu pai era um Rei e como um Rei ele devia saber como diferenciar quando alguém estava mentido para ele.

—Ora essa, eu não sou Rei e seu pai à toa. Eu sei que você está mentido. —Meu pai fala enquanto caminha até minha cama e se senta. Seus olhos azuis vagam pelo quarto como se estivesse tentado absorver todos os mínimos detalhes que ali se encontram.

—Pai, é sério não aconteceu nada demais.

—Cesar, a certas coisas que sei mais do que você e uma coisa que sei muito melhor que você é mentir. —Ele me diz enquanto coloca os cotovelos em cima dos joelhos e passa a olhar para frente com um olhar perdido. —Você ainda é muito jovem, é o futuro Rei de Costantinne e é isso que todos esperam de você. Que você saiba mentir tão bem que você mesmo comece a acreditar na mentira. Mais ainda é uma trilha muito longa até conseguir mentir a ponto de acreditar na própria mentira, por isso estou lhe falando: Não adianta mentir para mim. —Meu pai sussurra fazendo com seus sussurros pareçam pequenos segredos ditos entre pai e filho.

—Pai... —Começo a dizer mais a uma pequena bola em minha garganta impedido com que as palavras deslizem por meus lábios. Engulo em seco tentando fazer com que essa pequena bola deslize para baixo mais ela ainda se encontra ali, parada. Me impedido de dizer:

Pai, eu sou gay e estou apaixonado por Jason.

Essas palavras ficam entaladas na minha garganta.

—Você sabe porque eu fui considerado o príncipe herdeiro? —Meu pai me pergunta.

Olho para meu pai que tinha a cabeça abaixada, seus cabelos loiros me impedem de ver sua face. Engulo em seco enquanto espero que ele me fale o que quer falar.

—Não. —Digo depois de um tempo quando vejo que meu pai ficara em silencio.

Como se estivesse esperando com que eu lhe dissesse algo, como se esperasse uma permissão para poder falar.

—Porque eu fui criado para acreditar que o poder fala mais alto do que tudo, meus pais viviam um casamento de apenas aparências, era o que todos diziam, ninguém tinha parado para ver o que acontecia por dentro daquelas portas altas do castelo. —Meu pai diz enquanto ainda se encontrava de cabeça baixa. —Vi meu irmão ser obrigado a escolher entre o dever de ser um rei e se casar com quem meus pais escolhessem e o amor que ele sentia por uma estrangeira, para que no final ele escolhesse o amor. Minha mãe no início não aceitou, para ela Daise não era adequada para ser Rainha. —Ele me fala enquanto ergue a cabeça e posso ver seus olhos azuis. —No final ele morreu porque ele apenas queria viver o amor com sua mulher.

—Pai, eu não sabia que o tio tinha morrido, mais então a Leopoldina... —Começo a falar mais o olhar de meu pai me faz ficar quieto.

—Ela é filha de seu tio com Daise, sua avó não aceitava por ela ser mestiça e acreditar que por ela ser filha de meu irmão mais velho ela poderia querer o trono. Por isso o peso da coroa caiu em cima de você.