Uma Fanfic De Harry Potter Aí...

Capitulo 1- Anna's P.O.V

Eu ainda não acreditava estar realmente indo pra Hogwarts quando embarquei naquele trem, na plataforma 9¾. Aquilo tudo realmente existia, todo o universo retratado nos livros e filmes de Harry Potter era real. Eu vivia me beliscando pra garantir que não estava sonhando desde o dia que recebi minha carta.

    Quero dizer, de início eu achei que fosse apenas alguém querendo tirar uma com a minha cara. Mas, como a boa trouxa que sou (será que devo continuar me chamando assim agora que me descobri bruxa?), eu fui até o endereço que constava na carta, lá dizia ser a entrada para o beco diagonal. A entrada que existia na minha cidade, claro. Enquanto ía até lá, eu estava morrendo de medo. Vai que era um lugar mal encarado, e na verdade fosse coisa de estupradores e eles quisessem abusar de mim e me matar? Eu já conseguia ver até as manchetes. "Menina é morta e a culpa é de seu amor por Harry Potter". Seria cômico se não fosse trágico.

    Mas embora eu estivesse morrendo de medo, algo me dizia que eu me arrependeria profundamente caso não fosse até lá. Então eu fui né, já tinha até uma carta em cima da mesa da cozinha dizendo que eu amava meus pais caso fosse morta. A gente tem que ser precavida.

    Só que o maior plot twist da minha vida foi que o beco diagonal realmente existia. E a entrada pra ele não era em um beco no meio de um monte de bares frequentados por pessoas de quem eu não quero nem chegar perto, e sim num muro aleatório bem no centro da cidade. Foi muito legal quando eu cheguei lá, parecia um sonho. Pra todos os lados que eu olhava tinham pessoas bonitas (porque fala sério não existem bruxos feios) falando sobre coisas que tinham a ver com o mundo da magia. E até que tinha bastante pessoas da minha idade, sendo puxados de lá pra cá pelos pais, cheios de sacolas com compras. Eu não hesitei em sair correndo pra casa e contar pros meus pais. Eles só acreditaram vendo, mas o que importa é que acreditaram e não viram problemas em me despachar pra Hogwarts. Não que isso seja algo ruim.

    Os únicos que não gostaram muito dessa história foram meus dois irmãos mais novos, mas foi só porque ficaram com inveja de mim mesmo. Normal, deve ser realmente difícil pra eles. Eu sou a filha mais legal, mais bonita e agora a mais bruxa. E a única também, mas não duvido que ano que vem cheguem as cartas deles. Vão dar a louca.

    Mas enfim. Eu tava lá feliz da vida só faltando sair saltitando por dentro do trem enquanto procurava um lugar vago. Aí eu achei um vagão os seis bancos que tinham estavam vazios, e já tava toda feliz dirigindo minhas malas boladonas pra lá quando meu gato deu a louca e saiu correndo no meio do trem, que ótimo. Nem preciso dizer que eu já saí correndo atrás dele que nem a louca desvairada que eu realmente sou já pronta pra meter o louco e dar o primeiro sermão da vida do gato, ou pelo menos o primeiro da vida dele depois de eu comprá-lo com meus pais no beco diagonal. Só que aí eu percebi que tava pagando micão correndo like a relâmpago McQueen naquele trem bem silencioso onde todo mundo tava conversando baixinho, e comecei a andar normalmente. Dali de dentro o meu gato não podia sair, né?

    E por sorte o bichano não saiu mesmo. Eu dei mais alguns passos, me controlando pra não entrar em desespero, e comecei a perguntar pra todo mundo que aparecia na frente sobre o meu amado gato. Ou já não tão amado assim, já que ele tava me fazendo passar nervoso antes do meu primeiro dia em Hogwarts. Era pra eu estar nervosa pela escola, e não pelo sumiço do meu bichinho. Me senti como o Neville no filme de "A Pedra Filosofal".

    Só que por sorte meu momento Neville não demorou tanto assim pra acabar, já que assim que eu dei de cara com um menino de cabelos compridos e cara de quem tinha uma lista enorme de pessoas que o crushavam e fui perguntar pra ele sobre meu filho barra gato, ele me apontou um menino de cabelos pretos com meu amado bichano em seus braços. Ele 'tava de pé, já que os amigos dele tinham ocupado todos os assentos, coitado.