Nancy Miller teve seu coração partido várias vezes até entregá-lo completamente a Deus. Ao descobrir o verdadeiro significado de Amor, ela aprende que Deus também escreve histórias de amor.
Conto escrito exclusivamente para o Concurso Paixão e Purez...
Mary esfregou os olhos outra vez, tomou um gole de café. Eu tinha a acordado, e ela estava brava comigo por isso.
- Vai, fala logo. O que foi? - perguntou me encarando.
Respirei bem fundo antes de tomar coragem para falar. Eu sabia que ela iria gritar, pular e dizer que ela estava sempre certa e etc.
- Estou apaixonada pelo Igor - falei rápido e fechei os olhos, senti meu rosto ficar quente, era a primeira vez que falava isso em voz alta.
Ela piscou duas vezes processando a informação, seu raciocínio ficava lento quando ela estava com sono, quando finalmente ela pareceu entender, abriu bem os olhos e soltou uma risada.
- Eu sabia! Eu sabia, sabia, sabia. - exclamou batendo na mesa. - Eu te disse que vocês são perfeitos juntos...
- Calma, Mary. Eu disse que gosto dele. Não que ele me pediu em casamento.
- Mais é óbvio que ele também gosta de você. - disse levantando da cadeira.
- Não tem nada de óbvio, nós somos amigos, é claro que ele gosta de mim.
- Nan, eu sei como ele olha para você, é diferente.
- Não tem nada de diferente. Estou cansada de criar espectativas e depois acabar me decepcionando Mary! - elevei um pouco minha voz - Eu não vou me equivocar, já sofri muito por me deixar guiar pela paixão.
- Eu sei Nancy, eu tive que te consolar cinco vezes por isso. Olha, se você não quer cometer um erro, outravez, peça para Deus para que tudo aconteça de acordo com a vontade dele - falou segurando minha mão.
Acho que é primeira vez que ela fala algo que faz sentido em semanas.
- Obrigada. Foi um conselho bem maduro.
- Eu sou madura - nem tanto, ela perdeu muito a maturidade desde que parou de cuidar de mim - Nancytánamorando. Nancytánamorando.- cantarolou batendo palmas.
- Ah, não.
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- Okay - disse depois de alguns minutos parada o encarando, tentava organizar meus pensamentos para responder alguma coisa - Então, você me trás no lugar preferido da sua mãe, para me dizer sem um pingo de romantismo que é uma maluquice este apaixonado por mim? - perguntei, e depois comecei a rir, eu estava nervosa.
- É mais ou menos isso - respondeu rindo junto comigo.
- Sabe. - falei quando consegui me recompor - Eu imaginava esse momento diferente. Você se ajoelhando, me entregando uma flor, falando sobre como foi mágico se apaixonar por mim... Acho que preciso parar de assistir filmes da Disney.
- Você imaginava esse momento Nancy? - perguntou olhando nos meus olhos e eu me dei conta do que havia falado.
- Sim... Acho que também estou ficando maluca - afundei meu rosto em minhas mãos e suspirei - Mas, e se não for pra ser? Eu não quero me precipitar de novo Igor.
- Eu pensei muito antes de falar isso, Nan. E eu pedi muito para Deus tirar esse sentimento de mim se não fosse da vontade dEle. Só que a cada dia eu estou mais apaixonado por você e - ele riu, olhou em voltou a me encarar - Eu sinto que Ele quer.
- Foi uma boa declaração - eu não conseguia conter o sorriso - Minha mãe vai pirar.
- Na verdade, dona Ana reagiu bem.
- O que? - perguntei confusa.
- Ontem eu falei com ela, fez muitas perguntas, me ameaçou um pouco mas fora isso reagiu bem.
- Você falou com a minha mãe? - ele assentiu - Pediu para namorar comigo? - afirmou novamente - Você falou com a minha mãe antes de falar comigo? Quem faz isso?!
- Eu não sei. Só achei que era o certo a se fazer... - antes que ele terminasse de falar o abracei. Ele pareceu confuso, demorou um tempo até retribuir o abraço, ficamos um tempo assim até voltar para casa.
Agora, eu tenho certeza. Ele é a pessoa certa pra mim.
"Deus, umgarotopediuparasaircomigohoje. E euneguei. Estoutãocansadadissotudo. Então, porfavor, vamosfazerassim: sealgumdia o Senhorachar a minha... 'carametade' queroqueelefalecom a minhamãeantesdemim. E elairáabençoarnossorelacionamento. Essepodeser o sinaldequeaquelapessoaserámeufuturomarido? É tudoqueeupeçoporhoje, Amém" - Nancy, doisanosatrás.
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- Vamos ver se eu entendi. Vocês não vão se beijar? - Mary perguntou um pouco indignada.
Para minha surpresa ela não teve nenhuma reação eufórica, nem gritos ou pulinhos animados quando eu disse o que tinha acontecido, mas isso porque minha mãe já havia dado a notícia.
- Sim, foi isso que combinamos. - respondi pegando mel para as panquecas que minha mãe tinha feito.
- É um pouco radical de mais para mim - disse colocando um pedaço de panqueca na boca - Mas, o importante é que, eu estava certa e você errada! Já marcaram a data do casamento? Quero que você me agradeça no altar.
- Não Marian, só faz uma hora e meia que estamos namorando. Mal conversamos.
- Vocês estão na faculdade a única coisa que vocês fazem é sofrer e estudar, acham que vão ter tempo para conversar?
- Legal Mary, obrigada por lembrar de uma coisa tão ruim, em um dos momentos mais felizes da minha vida.
- Desculpa, amiga - disse estendendo os braços para me abraçar - Podemos gritar e pular como líderes de torcida eufóricas, agora?