Capítulo 2 - Atitudes

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Querido pensamento:

As vezes as atitudes são feitas a partir de uma onda recebida pelo cérebro onde o corpo acaba a se descontrolar e começa a pensar nas atitudes que desejou fazer, e apenas a faz...eu acabo de tomar a pior decisão da minha vida, eu por impulso quis realizar um sonho e acabei  me comprometendo a um pesadelo, eu já peço "Desculpas" deis do início, e peço que um dia você possa me perdoar, ou que ao menos esqueça tudo de uma vez. Lee Jihoon, eu me arrependo de ter o amado, e me arrependo ter deixado este sentimento crescer muito, ate hoje. Eu devia ter o cortado deis do inicio, para que assim nunca crie raízes, para eu não sofrer da maneira que estou sofrendo agora.

*****
Me afastei, ainda sentindo minha pele a doer, olhei a Jihoon me olhando assustado e com raiva, era uma mistura de sentimentos impactados que eu mesmo não conseguia interpretar. Toquei a meu rosto, ainda o olhando, as palavras que saiam da sua boca, elas doíam mais que o soco, eu o ouvi gritar, fechando meus olhos, agora arrependido. Eu não iria mais aguentar, podia sentir meus olhos encherem de lagrimas, minhas atitudes estupidas fez com que Woozi me odiasse mais que o normal, eu me odeio tanto!

---SAIA DA QUI!

Olhei a ele que apontava para porta a tentar ignorar meus olhares, a baixei a cabeça deixando os cabelos cair a meu rosto, vendo o preto intenso que estavam:

---Jihoon...me descul...

---EU DISSE PARA SAIR!!!

Tentei me redimir, mas de nada adiantava, discutir com ele era impossível, e ter a razão quando esta errado é pior ainda, apenas fui embora do local fechando as duas portas, sem ao menos olhar para trás fui em direção a "meu quarto" que esta hora da tarde talvez estaria vazio:

---Hoshi, esta tudo bem?

Ouvi Seokmin a me chamar atrás, mas não podia dar o prazer de olhar para ele e sorrir dizendo que "sim" da maneira mais falsa que podia, a tal momento eu caia em lagrimas, e meu rosto se tornava cada vez mais vermelho pelo soco, apenas acelerei o passo, a dizer um "s-sim" um pouco baixo e dolorido. Quando pude entrar no quarto, fechei a porta a escorar nela, descendo de vagar meu corpo ao chão, baixando minha cabeça aos joelhos a chorar, gritando fortemente, apoiando minha boca aos joelhos para que o som saia baixo. Que droga! Que droga!!!! Como alguem podia ser assim tão burro! Como alguém podia ser assim!!
Batia meus pés ao chão de maneira intensa, estava com tanta raiva, mas ao mesmo tempo tão triste. Passei a mãos em meus cabelos, os puxando com força atrás repetindo a mim mesmo dizendo que tudo iria ficar bem, mesmo sabendo que não... eu queria morrer naquela hora.
Acho que chorei umas 19 vezes antes mesmo que chegar a noite.

####
Todos reunidos a sala, com colchão ainda jogados ao chão, todos davam um jeito de se manterem ao mesmo local, para podermos assim assistir algum filme, em meio a uma "tradição" inventada onde acabamos sempre sentados juntos, a assistir algo aleatório, e discutir como estamos com a vida recentemente, para que assim todos acreditem que o grupo esta bem, que todos estão bem.
Me sentei com as pernas cruzadas com um balde de pipoca a mãos, todos aviam de comer algo diferente, mas eu sempre acabo por decidir as coisas mais simples, olhei a um sofá a frente, pude vê-lo, estava sorrindo como se tudo estivesse bem, por um momento minha cabeça pois a se acreditar que tudo não se passaria de um sonho, e que na verdade eu nunca avia feito nada. Meus olhos passaram a admira-lo novamente, ele estava tão concentrado a aquilo, como se o filme fosse realmente interessante, eu parecia um idiota, meus olhos não conseguiam piscar por causa do garoto, eu me machuco a cada estante, eu sempre acabo por fazer o inverso do que desejo, eu faço minha própria vida ser um lixo, e acabo fazendo com que as pessoas acreditem nisso também. Levantei um pouco meus ombros a agora tentar encarar a TV, mas era quase impossível, eu nem ao menos consigo lembrar o nome do filme. Era tão entendiante, olhei ao lado vendo Hansol a se levantar e pausar o filme, dizendo querer ir ao banheiro, em meio de segundos, todos desejavam a mesma coisa, e logo a sala estava vazia novamente, com apenas alguns integrantes, entre eles estava o Woozi, que passou a me encarar, de maneira séria e vazia... Olhei abaixo, podia sentir a culpa a me fuzilar a dentro, sabia que minhas atitudes eram incertas eu deveria apenas me desculpar, mas isso é tão complicado quanto o comum eu tinha medo de encara-lo, medo de olha-lo. Levantei o rosto um pouco a tremer, quando pude cruzar meu olhar a ele, eu pude sentir aquela harmonia ruim vinda de nos, era algo alem do explicado, era como se realmente haveria um ódio em torno disso, que talvez nunca se apague. Eu sentia minha aura queimando só pela maneira que me encarava. Levemente ele pediu entre palavras mudas para que eu parasse de olha-lo, para que eu nunca mais o olhasse, não desta forma, a baixei a cabeça a juntar minhas mãos uma a outra, olhando a meus dedos, não haveria mais aonde prestar atenção.

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