Artista Anônimo (RomanceGay)

1.05|Mestre das Gambiarras

Desde aquele ocorrido, em que uma parede da cidade foi pichada por outro grupo, Natan ne contou que na nossa cidade existem outros grupos, e que na maioria não se dão muito bem, por isso Natan, Carlos e Ally se juntaram, pelo perigo que é estar sozinho nisso

Já se passou um tempo desde aquele dia, talvez uma semana e meia, já fizemos mais "Obras de arte" nas ruas, e meu pai continua sempre no trabalho, quase não para em casa, então fica fácil para mim sair com o pessoal. Rafa e eu estamos bem, ele ainda acha muito perigoso eu fazer isso, mas eu já disse que vou continuar

Minha relação com Natan está ótima, sairemos juntos amanhã, ele disse que tem algo importante para me falar, estou muito curioso

-Então vocês só vão esperar que eles apareçam?- pergunta Rafa

Estamos no quarto de Rafael, no apartamento dele, que mora sozinho há algum tempo

-sim- diz Natan- não podemos ir atrás deles, é perigoso

-Entendo- fala Natan

-Onde está Ally?- pergunto sentado na cadeira ao lado de Rafa

- ela está ocupada- diz Carlos sentando na cama de Rafa

-Ok- falo- Rafa, vou lá na cozinha beber água, já volto- digo indo até a porta

-espera, vou com você- diz Natan saindo da cama e vindo até mim, logo nós dois saímos do quarto

Rafael

-Então, se você disse que há uma espécie de regra- digo mexendo no meu computador- vocês não podem fazer pichações que inflijam as de outros grupos...

-sim- responde Carlos

-Provavelmente esse outro grupo vai procurar um local intacto e bem chamativo- digo pesquisando lugares na cidade

-Talvez- diz Carlos sentando na cadeira ao meu lado

-Droga- falo- tem muitos lugares na cidade

-Hmm...- murmura Carlos

-o que você tem?- pergunto sem paciência

-Como assim? - ele pergunta se levantando

-Ainda pergunta? - falo me levantando e ficando a frente dele

-Sim- ele responde seco

-o que você tem contra mim?-falo- desde que nos conhecemos, você me trata mal

-deve ser impressão sua- ele fala virando de costas e olhando o mural na minha parede como se eu não estivesse falando com ele

-Não, não é- digo- eu já percebi, você me trata diferente dos outros

-hmm...- ele murmura novamente

-Só isso que tem a dizer?- digo

-Sim, garoto- ele responde

-Eu tenho nome- falo empurrando ele contra a parede, ficamos nos olhando

-eu sei- ele diz olhando em meu olhos sério, percebo que ele começa a encarar minha boca

-Então? - falo

-Não sou obrigado a falar- ele coloca sua mão sobre meu peito e me empurra e volta para o canto do quarto e pega seu celular e começa a mexer em algo nele ignorando totalmente minha existência

-Rafa- diz Rick entrando no quarto- meu pai está indo para minha casa, eu tenho que chegar lá antes dele

-eu vou com você- digo