Vai ficar tudo bem,eu sei...E se não ficar eu finjo!
Gabriela
A pior parte de se estar entre a vida e a morte, é perceber quanto tempo que nós desperdiçamos com assuntos supérfluos e problemas do dia a dia, e por fim, acabamos por não dar o devido valor as coisas que realmente importa. Coisas tão simples de se fazer, como passar mais tempo com seus familiares, dizer mais (EU TE AMO) para a pessoa amada, observar o quão belo é natureza em nosso redor, e não ter buscado conhecer mais a Deus. Então aproveite mais seu tempo, procure sempre parar no final do dia e refletir se estamos vivendo realmente ou se só estamos vivendo uma rotina monótoma. A vida é um sopro, e pode acabar em menos de um minuto.
Estou presa no meu subconsciente,não consigo acordar,muito menos mexer meu corpo,mas escuto vozes ao meu redor,e algumas frases como ''ELA ESTA PERDENDO MUITO SANGUE'' ou ''SEJA FORTE,ELA VAI SAIR DESSA SITUAÇÃO''.
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Dores no meu corpo, sinto dores muito fortes na minha cabeça e meu braço esta dormente, faço um pouco de esforço e com muito custo consigo finalmente abrir meus olhos, que no exato momento esta tentando se acostumar com a claridade, vou abrindo lentamente minhas pálpebras e minha visão vai ficando nítida. Deparo-me com um quarto todo em branco, e uma mesa no canto da parede com alguns frascos em vidro que para mim, parece''Medicamentos'', sinto uma dor no meu braço esquerdo, viro-me lentamente, pois meu pescoço está dolorido, vejo algo injetado em minha veia, do lado direito tem um equipamento que emite alguns''BIPIS''.
A porta se abre, revelando uma mulher loira usando um jaleco branco, onde esta folheando uma pasta até seu olhar se desviar para mim, ela me encara assustada e sai correndo gritando algo como''DOUTOR ELA ACORDOU''.
Logo em seguida, ela entra no Quarto, acompanhada de dois homens e uma mulher com os olhos inchados, ela se aproxima de mim e a reconheço, essa mulher era minha mãe.
— Mãe o que aconteceu? Por que a senhora esta chorando? Pergunto confusa.
— Gabriela minha filha, você não se lembra do acidente?-Diz ela. Fazendo-me recordar.
Eu estava no carro de Carlos junto dele e Helena, estávamos indo à festa de comemoração do aniversário da empresa de minha família, tudo corria bem até... O nosso carro perder o controle, os gritos de pânico de Raquel estão atormentando-me e o desespero de Henrique não sai de minha cabeça, depois não me lembro de, mas de nada, é como se eu tivesse dormido por muito tempo.
Meus olhos automaticamente se enche de lagrimas e minha respiração vai ficando acelerada, não consigo acreditar no que acabou de acontecer, nosso carro batendo desenfreado em uma árvore, e Raque... não pode ser! Meu Deus! Minha amiga não pode estar morta! Meu coração começa a doer como se alguém tivesse me apunhalado com uma faca.
— Mãe não me fale que a Helena morreu!-Minha voz está embargada, pelo bolo que se formava em minha garganta.
— Gabriela se acalme!-Ela diz tentando segurar meu rosto, que estava banhado em lagrimas.
— Não mãe, eu não posso escutar isso!-Nesse momento sinto-me envolvida pelos braços dela, que me abraça na tentativa de aliviar minha dor, retribuo o gesto, abraçando ela com firmeza.
— Gabriela -Ela me chama se separando de mim e me encarrando. — Helena não morreu.
— Ela não morreu? — pergunto ainda meio incerta.
— Filha a Helena esta bem — Suas palavras fazem eu ficar mais aliviada, mas ainda tem o Carlos, como posso esquecer dele.
— Mãe como o Carlos esta? O que aconteceu com ele — Pergunto novamente aflita.
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Meu Caro Fisioterapeuta (EM PAUSA)
RomanceGabriela Ruiz no auge de seus 24 anos, tem seus sonhos interrompidos por um acidente de carro que a deixa deficiente das pernas. Abandonada pela sua melhor amiga e por seu noivo, Gabriela se encontra uma mulher amargurada e com o coração ferido, sem...