Acordei mais do que disposta a encontrar uma maneira de escapar - por mais impossível que parecesse.
Para começar o dia de um jeito ótimo, acordei em um pulo. Depois de um som muito alto da porta. Sentei e olhei ao redor assustada. Não tinha ninguém além de mim naquele quarto, o que me acalmou.
Eu me lembrava bem de ter fechado a porta, e a luz, diferente de quando dormi, estava ligada. Então era bem provável que aquele homem tinha entrado aqui enquanto eu dormia
será que estava me espiando?
Só depois de me recuperar do susto consegui me enfiar embaixo das cobertas novamente, mas o sono já havia desaparecido .
Então como não havia mais nada a fazer naquele quarto, levantei e me arrumei.
Ao passar pela sala, senti um cheiro forte de vinho que impregnava todo o ambiente. Era doce, mas forte -não tem como descrever. Tempos depois eu associaria esse cheiro à ele, que encontrei ao chegar na cozinha.
O rapaz estava sentado lendo um jornal, em uma calmaria que me perturbava dadas as circunstâncias.
Bom dia, quer se sentar aqui comigo? - ele perguntou ao me notar
N-não, obrigada - respondi, tentando não demonstrar medo.
Ele me olhava de cima à baixo descaradamente, e a lembrança de sua mão nojenta em minha coxa ainda estava fresca na memória, então decidi não dar chance ao azar e saí daquele cômodo o mais rápido que pude.
Após sair percebi que a mesa estava colocada para duas pessoas, e na pia estava uma taça de vinho suja, na sua borda havia marca de um batom vermelho, era realmente muito escuro e me lembrava a algo mas na hora eu não soube o que me associava a ele.
Sem nada para fazer e com, obviamente, nem uma vontade de cumprir alguma das diversas tarefas que ele tinha me pedido no dia anterior, comecei a caminhar pela sala e comecei a olhar outros cômodos da casa.
-olhei a casa inteira- pensei-mas não vejo nenhum jeito de escapar além da porta bem trancada e todas as janelas com a maldita grade.
Decepcionada deitei no sofá, o mesmo sofá que o momento com ele tinha acontecido?
O tédio somado à noite mal dormida fez com que eu pegasse no sono ali mesmo. Eu sabia que estaria "aberta" a qualquer coisa que aquele estranho iria querer -mas onde eu não estaria?
Como em muitas outras vezes, sonhei com um antigo ursinho de pelúcia. Eu o abraçava toda noite, mas meus sonhos sempre terminavam com ele tentando me matar de alguma forma. E todas as vezes eu acordava assustada e olhava para ele em minha escrivaninha. Eu ainda não entendia como ele aparecia lá, até porque a minha família não entrava em meu quarto, então quem o havia posto ali?
Com seus olhos fundos, Eu ainda achava que este ursinho, que recebi de um menino, do qual eu querendo ou não, gostava ele havia ganhado em uma daquelas máquinas de fliperama, esperava o momento certo para se vingar de tê-lo esquecido no parque.
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Uma história não muito boa
FanficA minha vida já foi muito complicada. Durante anos sofri bullying no colégio - apenas por ter uma aparência um tanto incomum, com meus dentes separados, meu cabelo colorido metade a metade o que para eles naquela época era incomum, minha extrema mag...