Capítulo 4 - Laminas

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Treino terminado, duche tomado e aqui estou eu ás voltas na cama, odeio ter insónias então decido fazer algo de útil e isso inclui ver os meus três pestinhas que dormem como anjos. Decididamente esta será uma longa noite, no relógio batem as quatro horas da madrugada e nada de sono, Luna e as gémeas estão na casa de Claude e Giovana, talvez seja melhor virem para aqui assim o meu irmão estará por perto e eu ficarei mais tranquila. Pratico um pouco de tiro e quando saio de dentro do ginásio já o sol nasceu, volto a entrar em casa para constatar que o pequeno almoço está pronto, o pequeno Rodrigo já come a sua papa na cadeira alta perto da bancada da cozinha e ri de alguma coisa que Georgina diz. Depois de me ver começa a chamar por mim, pego nele e acabo eu mesma de lhe dar a comida e depois deixo-o brincar no seu parque de atividades perto de mim enquanto como na companhia da ama que me olha de lado...

— O Damon não veio?

— Não ele teve de ficar lá para resolver uns problemas. - Ela é quase que uma mãe para mim e já me conhece bem.

— Mas vocês brigaram foi isso?

— Fica tranquila Georgina, está tudo bem. - Pela sua cara vejo que não acreditou nas minhas palavras.

— Bom dia senhoras! - Claude entra na sala um ar de quem dormiu tanto quanto eu - Podemos falar?

Georgina sai da mesa para nos dar privacidade e Claude serve-se com café...

— Acabei de fala com Giovana e Luna, elas vão passar alguns dias na ilha para ficarem longe disto.

— Excelente ideia! - Menos preocupações para mim.

— Também deverias ir Sophie.

— Eu fico melhor aqui e para além disso elas correm mais risco perto de mim.

— Ninguém te fará mal sabes... - Levanto a mão e peço que pare com aquele discurso.

— Eu sei irmão, eu não vou deixar que ninguém nos toque, posso estar sozinha mas morro a lutar por aqueles três seres.

Bebo o resto do café e fecho o olhos, imaginar que ela possa tocar num fio de cabelo de alguém da minha família mas isso está fora de questão.

— Sophie... Ele está a revirar o planeta à procura dela.

— Mas não está aqui comnosco Claude!

Saio da mesa revoltada com a situação em que me encontro, a cada minuto eu me questiono o porquê de não ter acabado logo com aquela vibora. Passo algum tempo a trabalhar em frente ao computador e depois passo a tarde a brincar com as crianças que estão de férias escolares desde a semana passada, tanto melhor pois assim posso te-las sempre debaixo de olho. Na hora de jantar Claude,a mulher e Luna vieram com as crianças fazer-me companhia antes de irem para a ilha, eu sei que vieram tentar convencer-me a ir com elas mas nada feito, eles foram embora e as crianças ficaram na minha cama a dormir comigo. Mais uma maldita noite em que o sono me abandonou e eu fico a ver os meus filhos dormirem na minha cama, beijo cada um deles e saio para beber água constatando que os seguranças mantém as suas posições. Antes de descer a escada algo chama a minha atenção, a luz que passa por baixo da porta de Gabriel , eu tenho a certeza que não estava acesa antes, volto ao quarto para pegar a arma e ordeno ao segurança que fique do lado da minha cama a vigiar os meninos. Mexo no telemóvel e vejo pela aplicação que controla as cameras de segurança que um homem está no cômudo, sem fazer barulho faço sinal aos outros dois homens que venham comigo. Um deles abre a porta e entra logo de seguida e ambos conseguem agarrar o homem antes que o mesmo salte da janela. Ele foi levado para a sala de tortura, eu mudei de roupa e redobrei a segurança do meu quarto, o meu telemóvel toca e atendo de imediato...

— Como estão as crianças? - Deve ter sido alertado pela aplicação do telemóvel.

— Dormem tranquilas.

— E tu como estás? - Vou poupar-lhe ao meu sarcasmo.

— Vou tratar do nosso convidado!

— Deixa ser Claude a tratar disso.

— Eu não preciso que me ligues para ensinar o devo ou não devo fazer Damon.

— Eu sei... - Desligo o telemóvel na sua cara, não estou com cabeça para conversas desnecessárias.

Pego a colecção de facas que já usei antes para o mesmo efeito desta noite, sacar informações do inimigo. Os seguranças como sempre parecem surpresos por ser eu a tratar disto e não Claude, estou frustrada e sem paciência por isso mesmo sem pronúnciar uma palavra enterro uma lâmina na sua perna logo acima do joelho fazendo um grito ecoar...

— Onde ela está? - Sem rodeios, não tenho tempo a perder.

— Ela? - Ele faz-me de desentendido o que é uma péssima ideia no momento.

Espeto outra na mesma perna sem qualquer remorso...

— Não vou repetir a pergunta! - Brinco com a faca nas minhas mãos e vejo a troca de olhares dos seguranças.

— Eu recebi um pagamento alto para raptar uma criança. - Ele geme de dor.

— Como é que ela te contactou?

— Ela ligou para mim, já fiz outros serviços para esta mulher antes.

— Peguem o telemóvel e localizem a chamada. - Ele està prestes a perder os sentidos.

— Por favor deixe-me ir eu prometo ficar calado e não voltar aqui.

Saio do cômudo e vejo Claude a chegar...

— Onde ele está? - Ele vem a correr na minha direção.

— Ali dentro, foi ela que o contratou, precisamos só localizar a chamada.

— Podes esperar por mim na próxima vez? - Espero sentada ou em pé?

— Não haverá uma próxima e além disso até que me saí bem. - Sorrio e dou uma leve palmada no seu peito.

Volto ao quarto e deito de novo ao lado das crianças pensando que se não agir rápido algo pode acontecer e para isso eu preciso de intervir mas, antes terei de deixar as crianças seguras e é aí que começa a minha loucura. Só existe uma pessoa para além se Damon que pode tornar os meus filhos intocáveis e amanhã tratarei disso.

Para grandes males, grandes remédios!

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