Capítulo 2

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Deixem estrelinha e comentem please.
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"Toda despedida está relacionada a uma nova fase, seja para quem vai como para quem fica. A diferença está no foco dos pensamentos, se no adeus ou no seu próximo movimento." -Autor desconhecido.

A despedida

Passei uma semana dando um gelo no meu pai, o que não surtiu nenhum resultado, ele é tão cabeça dura.

Hoje é o dia em que terei de ir para o fim do mundo e o pior último ano do ensino médio que uma garota já teve que enfrentar. Por isso acordei bem cedo, pois não aceitarei assim tão fácil lutarei pela minha liberdade de escolha até o último segundo, ou não me chamo Ayla.

Caminho em passos largos pelo corredor que leva até o escritório de meu pai, Ilda me vê e faz uma cara esperançosa sabendo que vou lutar pelos meus direitos, mas não fala nada, apenas sorri pra mim como apoio.

Decido por usar uma abordagem mais chorosa no primeiro instante, dou dois toques na porta de madeira e abro quando escuto "entre".


-Bom dia! -digo e sorrio falsamente me sentando na poltrona preta em sua frente depois de fechar a porta.

-Bom dia Ayla! -diz depois de um suspiro deixando alguns papéis de lado em cima da mesa. -Fale! Sei que quer falar algo. -fala me encarando com os olhos verdes escuros do mesmo tom que os meus.

-Me deixe ficar, por favor! -imploro juntando as mãos e tentando imitar a cara do gato de botas.

-Ayla -suspira -Não complica as coisas por favor é só um ano, depois você volta. -pede

-Só UM ano? -pergunto com raiva esquecendo da pose cachorrinho abandonado, dando ênfase no um. -Como pode fazer isso comigo? É a MINHA vida!

-Filha, por favor! Você precisa enten... -repete as mesmas palavras, reviro os olhos sabendo que essa conversa não vai adiantar de nada e então, com uma ideia se formando em minha cabeça me levanto de uma vez o interrompendo.

-Tudo bem! -falo e dou um sorriso falso -Eu vou! Mas, saiba que isso só me faz odia-lá mais ainda e deixo bem claro que não esperava uma coisa assim do senhor. -digo com a voz falha mostrando a dor que sinto pelo olhar e viro as costas, batendo a porta com força quando saio.

Corro até meu quarto pegando umas seis malas grandes e jogo de qualquer jeito quase tudo meu nelas, mas pego com cuidado meus amados livros sobrenaturais e os organizo na última mala.

Olho as horas e vejo que só tenho mais duas horas e suspiro tristemente, a vontade de fugir ocupa cada canto do meu ser, mas a razão fala mais alto, eu preciso primeiro ter dezoito anos e enquanto isso não acontece tentarei arrumar um serviço e guardar dinheiro.

Tomo um banho demorado de banheira ouvindo One Direction, realmente espero que os meus boys retornem com a banda.

Visto uma blusa de mangas compridas cinza, com o detalhe de uma cabeça pequena de um et do lado esquerdo, uma saia preta rodada, meia calça preta e all star.

Visto uma blusa de mangas compridas cinza, com o detalhe de uma cabeça pequena de um et do lado esquerdo, uma saia preta rodada, meia calça preta e all star

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Seco meu cabelo e o deixo solto. Faço uma maquiagem básica, realçando meus olhos verdes com o lápis preto e passo um batom rosa claro. Borrifo um pouco de perfume em mim e dou um meio sorriso com o resultado.

Desço as escadas indo direto para a cozinha, encontro Ilda e seu marido Brian, um senhor de sessenta anos, alto, careca, super engraçado e simpático. Eles tomam café enquanto conversam, assim que me veem com cara de enterro já sabem que eu realmente serei obrigada á ir e seus rostos assumem expressões tristes.

-Oh querida! -lamenta a senhora e vem em minha direção me abraçar.

-Vou sentir sua falta tampinha! -o senhor diz e também me abraça, sorrio triste, ele me deu esse apelido desde criança e eu não cresci muito de lá pra cá tenho 1,57cm que arredondo para 60cm.

-Eu também senhor poste -falo o seu apelido por ter 1,98cm de altura.

-Já está na hora Ayla! -meu pai chega falando com o semblante triste -O Roberto e o Ferdinando já colocaram suas malas no carro. -avisa e eu somente balanço a cabeça.

Me arrasto até a sala segurando o choro e vejo todos os empregados reunidos me esperando com os rostos tristes, as lágrimas começam a descer rapidamente por minhas bochechas ao ver todas essas pessoas que convivem comigo todos os dias e alguns até mesmo desde a minha infância. Abraço cada um deles com dor no coração, me despeço novamente do casal de senhores que soltam lágrimas.

-Vamos filha! -meu pai chama com a voz embargada por ter chorado também.

Olho mais uma vez para todas aquelas pessoas, sorrio tristemente e saio pela imensa porta de madeira.

Vou até o aeroporto em um carro grande preto, com meu pai, Brian que é o motorista e os seguranças Roberto e Ferdinando, o caminho inteiro é feito em silêncio.

Depois de fazer o check-in meu vôo já é chamado, encaro os quatro homens e abraço os três que se afastam um pouco me deixando com o meu pai que me puxa para um abraço forte.

-Não me odeie por favor filha. -pede e beija minha testa.

-Eu não te odeio pai! Mas, isso não impede com que eu esteja profundamente magoada. -digo encarando seus olhos que rolam lágrimas assim como os meus.

Escuto a última chamada para o meu vôo, nos abraçamos mais uma vez e ele me faz prometer ligar todos os dias ou uma vez por semana, aceno para os três homens afastados e caminho até a aeromoça que me deixa entrar após eu dar minha passagem.

S2

Me desculpem por não ter postado semana passada, aguardem que ainda tem mais um, que é o capítulo dessa semana. 💜

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