Capítulo 1

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Deixem estrelinha e comentem please.
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Quando tudo escurecer, não desista continue firme e siga em frente, o amanhecer voltará
e o sol irá brilhar.
-Ana Karolyne

A notícia

Acordo extremamente feliz, é tão bom acordar tarde, sem nenhum tipo de barulho, sem ter que ir pra escola.

Me espreguiço na cama suspirando profundamente, uma pena que minhas amadas férias estão acabando, pelo menos finalmente será meu último ano.

Fico mais uns dez minutos deitada olhando para o teto cheio de estrelas com preguiça de levantar, até que minha barriga ronca e me arrasto para o banheiro. Me sento no vaso para fazer xixi e fico uns cinco minutos sentada sem ânimo pra levantar.

Acho que fazer maratona da primeira temporada de supernatural não foi tão boa ideia assim, mas fazer o quê? Estava tão ansiosa para o novo episódio da 13° temporada, que infelizmente só sai mês vem e não aguentei, tive que ver a série novamente desde o começo.

Suspiro me levantando, lavo as mãos e meu rosto, secando em seguida. Escovo os dentes, penteio meus cabelos pretos ondulados na altura dos ombros com os dedos e jogo no lixo os fios que caíram.

Minha barriga ronca novamente, saio do quarto e desço as escadas de pijama. Passo pela sala silenciosa e vou até a cozinha, encontro a cozinheira Ilda, uma senhora baixa, magrinha, muito simpática quando quer e que vive brigando comigo por não comer direito.

-Bom dia Ilda! Viu me pai? -pergunto e vejo ela dar um pequeno pulo de susto, me seguro para não rir.

-Menina! Ainda vai me matar do coração, pode tirar esse sorrisinho da cara. -diz brava -Seu pai é outro não sai daquele escritório -fala gesticulando nervosa.

-Que coisa feia dona Ilda! Falando mal do chefe. -meu pai chega assustando nós duas, fazendo eu e ele gargalharmos enquanto a senhora reclama mais ainda e diz que terá um infarto. -Bom dia querida! -diz e me dá um beijo na testa.

-Bom dia papai! -digo sorrindo. -Deixe-me te ajudar dona Ilda -peço e ela me dá algumas vasilhas com comida que ponho na pequena mesa de madeira com quatro cadeiras que fazemos as refeições quando não tem visitas.

-Obrigada menina! -diz sorrindo e vejo que seu mau humor se foi.

Me sento, pego um pedaço grande de bolo de chocolate, espero meu pai pegar copos de vidro no armário e o suco de morango na geladeira, me sirvo e começo comer, sendo acompanhada por ele. Ilda traz panquecas e pego algumas para comer também.

-Não quer comer com a gente? -faço a mesma pergunta de sempre e ela nega, apesar de ser muito nossa amiga quer manter algumas coisas profissionais, reviro os olhos mentalmente.

-Filha sua mãe me disse que não atende as ligações dela. -diz meu pai e paro de comer sabendo que vai começar o mesmo assunto de sempre.

-Ah! -reviro os olhos -Mas, é claro que ela foi chorar as pitangas pro senhor. Não quero falar com aquela traidora e o senhor também não deveria. -digo nervosa.

-Filha! -solta um suspiro -Ela é a sua mãe e eu já a perdoei você devia também, já faz cinco anos.

-Perdoou porque é trouxa -digo e ele me olha de cara feia. -Ah! Papai me desculpe, mas é verdade.

-O perdão é algo nobre Ayla, você deve começar a praticar. Sua mãe pediu uma chance com você, quer que passe seu último ano escolar com ela e eu concordei. -fala serenamente

-O QUE?? -grito arregalando os olhos e me levantando com tudo arrastando a cadeira fazendo um alto ruído. -Você enlouqueceu Rafael? -pergunto com raiva, falando seu nome.

-Mais respeito Ayla, você precisa de uma figura feminina, tem que deixar as mágoas de lado e crescer.

-Quanta asneira -digo revirando os olhos -Eu já tenho a senhora Ilda e é o suficiente pra mim -falo tentando convencê-lo.

-Já chega Ayla! -diz e se levanta -Você precisa de uma mãe.

-Mas... Papai... Por favor eu não quero ir. -sussurro com os olhos umedecidos.

-Querida... -vem até mim e me abraça -Você precisa ir, pode não fazer diferença agora, mas quando estiver mais velha vai fazer.

-Você não sabe. -digo e o empurro subindo as escadas chorando. -Só quer se livrar de mim.

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