Capítulo doze

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"Não é sempre assim? Preparamo-nos para enfrentar os problemas de frente e eles surgem sempre por trás."

— Esporas de aço.

      A resposta é não, você não faria as coisas diferentes

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      A resposta é não, você não faria as coisas diferentes. Porque no fim, por mais ruim que as coisas sejam, sempre terá algo de bom a que se agarrar. Passei muito tempo negando o que sentia por Ian. Não conseguia acreditar que havia encontrado alguém que me fizesse tão feliz.

      Agora, depois de oito meses, eu tinha uma visão totalmente diferente. Ele continuava o mesmo, sarcástico e irônico de sorriso difícil, mas descobri um novo lado dele. Seu lado romântico.

      Ian era o tipo de cara que lhe manda flores e cartas escritas a mão, e que te leva em jantares a luz de velas regado a muito vinho e comida sofisticada. Mas também me leva em vários passeios para observar as estrelas ou apenas ficarmos juntos em seu carro.

      Eu ainda não entendia de onde ele tirava tanto dinheiro, mas não me importava, porque éramos felizes. Apesar dá Lydia insistir em dizer que ele era membro dá Yakuza, a máfia japonesa, nunca fui pesquisar sobre seu sobrenome. 

      Preferi deixar que, a seu tempo, ele me contasse por conta própria. E eu estava feliz. Não tinha do que reclamar. Eu tinha um bom emprego com um ótimo salário, acabara de comprar meu próprio apartamento e saíra dá casa dá minha tia. E tinha um namorado lindo e que me amava.

      Tudo estava perfeito , eu estava vivendo um conto de fadas. Infelizmente, diferente dos livros de romance, o conto de fadas dá vida real gosta de brincar com você. Quando você baixa a guarda e se acomoda, a vida bate na sua porta e com o melhor sorriso sínico diz "hoje não". Ou como aconteceu comigo, ela liga de Seattle, vira sua cabeça de ponta cabeça e ainda por cima, leva um pedaço de você. No meu caso, esse pedaço foi literal.

      Convidei Ian para me acompanhar em um desfile dá tia Cassie no centro de Los Angeles. Ele não quis muito no início, mas eu tenho um bom poder de persuasão. 

— Temos que ir comprar uma roupa descente para você — diz Lydia.

       Eu reviro os olhos diante do meu pequeno guarda roupa.

— Lydia, não precisa! Eu posso muito bem usar algo que tenho aqui mesmo.

— Nem pensar! Você vai acompanhar o Ian em um desfile chiquérrimo, não vai chegar usando essas roupas que mais parecem de uma senhora de oitenta anos.

      Dou risada dá expressão que ela faz ao remexer em minhas roupas em sua maioria pretas e jeans rasgados. Eu sabia que ela não me deixaria em paz enquanto eu não aceitasse que ela me levasse a um shopping e me vestisse como uma boneca.

— Tudo bem, Lydia — digo me arrependendo no mesmo instante — Vou ligar para Ronnie.

      Ela dá pulinhos de felicidade e me abraça.

Sob a Luz de Mil EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora