Primeiro dia

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Suzana Narrando

Se dependesse de mim, hoje eu não me levantaria da cama.

Ana: SUZANA! — Escutei a minha mãe gritando o meu nome.

Eu não precisava de um despertador para me acordar e sabem o porquê? Porque a minha mãe já era o próprio despertador.

Ana: Ô Suzana, se você não se levantar da porcaria dessa sua cama eu vou fazer com que você fique deitada nela para sempre. — Ela disse em um tom de voz sério, abrindo a porta do meu quarto.

Eu já estava acordada desde que a escutei me chamando pela primeira vez.
Olhei para a entrada do meu quarto e a vi segurando uma xícara, provavelmente ela estava tomando café porque ela ama um café.

Essa é a minha mãe, Ana.
Ela as vezes é um pouco estressada, mas tem um grande senso de humor e também inventa cada gíria maluca.

Suzana: Mainha... eu te falei ontem que eu não iria hoje — Digo me sentando na cama e afastando o cobertor do meu corpo. — O primeiro dia de aula não é tão importante assim.

Ana: E eu com isso? Se levante, tome um banho, se arrume e vá para a escola. No meu tempo não tinha isso não de dizer que o primeiro dia de aula não era tão importante.

Minha mãe entrou dentro do meu quarto e se sentou na beirada da minha cama. Bebericou um pouco da sua xícara de café e eu bocejei.

Ana: Quem será que contrataram para ficar no lugar da Merlia? — Ela perguntou e eu soltei um suspiro.

Merlia era a minha professora de matemática, ela sofreu um acidente no ano passado e acabou falecendo por não resisti aos ferimentos.

Eu gostava muito dela, na verdade ela era a minha professora favorita. Conversávamos muito nas horas vagas e também em algumas aulas dela.

Falávamos sobre tudo, sobre o assunto que ela estava passando, sobre algum filme novo que havia acabado de lançar.
Ela era extrovertida e muito simpática, não tinha um aluno ou aluna que não gostasse dela.

Suzana: Eu não sei quem contrataram para ficar no lugar dela e nem quero saber, seja lá quem for jamais chegará aos pés dela. — Digo me levantando da minha cama e pego o meu cobertor para dobrá-lo.

Ana: Me lembrei agora... o seu namorado ligou para o meu celular logo cedo.

Bufei e terminei de dobrar o meu cobertor. Minha mãe se levantou da cama para que eu pudesse arrumar.

Suzana: O que ele queria?

Ana: E eu vou saber? Não sou eu que estou namorando com ele. — Ela saiu do meu quarto e eu ri de canto.

Suzana: Mainha, o que ele disse?

Ana: Não disse nada, eu desliguei na cara dele pensando que era a cobrança. Eu não tenho culpa se ele ligou na hora errada, eu estava com muito sono para ver quem estava me ligando, só vi mesmo que a ligação tinha sido dele quando eu acordei. — Ela disse alterando um pouco a voz para que eu a escutasse.

Comecei a ri sozinha e o meu celular começou a tocar.

Peguei o mesmo e olhei para a tela, vendo o nome da Lily. Toquei no botão verde para atender a chamada dela e aproximei o celular na minha orelha direita.

🔹Ligação On🔹

Lily: Cadê você? Vamos nos atrasar se não sairmos agora.

Minha amiga Lily, nos conhecemos há dois anos nessa escola que estudamos atualmente. Ela não mora muito longe de mim, na verdade ela mora em uma rua por trás da rua em que moro e eu passo na casa dela para podermos ir juntas para a escola, já que é caminho.

A Aluna e o ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora