Um amigo de infância

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Suzana Narrando

Certo... eu não sei porque aquilo se passou na minha mente, provavelmente é o sono e a fome... é isso, eu estou com fome e muito sono ainda.

Quando me encontrei com Sandra e Lily no lado de fora da escola e comecei a conversa com elas, teve um momento em que eu quase fechava os olhos escutando uma delas falando.

Sandra até me deu uma cotovelada e disse que nunca mais eu iria inventar de ir atrás do Stefan e eu concordei. E quando eu e Lily estávamos vindo para casa eu lembrei de perguntar como ela havia conseguido pegar o cartão da minha mãe.

Segundo ela, ela pensou que seria difícil mas na verdade foi fácil. Ela conversou com uma das mulheres que já havia dançado no palco e pediu um favor, pediu para que a mulher seduzisse o Stefan e assim, conseguisse pegar o cartão da minha mãe.

Ela disse que a mulher não queria fazer nada de graça mas quando ela viu o Stefan, a mulher disse que não precisava pagar nada e topou fazer esse favor.

Lily disse que ficou escondida observando tudo e nesse momento, a minha amiga parou de falar e pareceu ficar pensativa.

E ela ficou mesmo, eu tive que chamar a atenção dela para ela voltar a contar o resto da história.

Ela disse que foi fácil ter o cartão de volta, ela viu quando a mulher conseguiu pegar o cartão discretamente do bolso do meu irmão e mais uma vez, a mulher agiu como uma verdadeira atriz.

Lily disse que não conseguiu ver onde a mulher escondeu o cartão, o que ela conseguiu ver foi a pegação que se iniciou entre o meu irmão e a mulher.

Disse também que isso demorou um pouco e ela estava quase dormindo onde estava escondida.

A verdade é que Lily não aguenta ficar acordada até tarde, nunca mais arrasto ela para esses lugares... enfim, depois de muita pegação lá, a mulher se despediu do Stefan e o abestado nem sentiu falta do cartão.

A mulher entregou o cartão da minha mãe para a Lily e contou que o meu irmão estava muito bêbado. Ela até disse que só não pegou a carteira dele porque ela não era disso.

Minha amiga ainda contou que mesmo o Stefan bêbado, a mulher disse que havia amado ficar com ele. E em seguida ela foi embora e Lily decidiu ir a minha procura.

E eu só consegui pensar "ainda bem que deu tudo certo".

Assim que cheguei em casa senti o cheiro maravilhoso do almoço de mainha, quando eu iria fechar a porta escutei a buzina de um carro na frente da minha casa. Voltei a abri a porta e quando vejo quem é o motorista daquele carro, não consigo evitar a minha cara de desgosto.

Xxxx: Boa tarde Suzana, a moça está em casa?

Eu sei, eu sei que eu disse pra minha mãe que jamais seria um impedimento pra ela arrumar alguém. Mas a verdade é que... está maravilhoso só eu e ela, sou uma filha ciumenta e admito isso.

E se for para mainha se envolver com algum homem, não vai ser com qualquer um não.

Suzana: Boa tarde — Sai de casa deixando a porta encostada e ainda com a mochila nas costas, fui até o carro do sujeito. — Eu poderia saber o que você quer com a minha mãe?

O homem riu de canto e ele estava usando um óculos escuro, logo ele o tirou e me olhou. Mas é feio em, coitado.

Xxxx: Quero conversar com ela.

Suzana: Escuta aqui, a minha mãe não é para v

Ana: Suzana! Você chegou! Vai comprar um refrigerante pra gente no Tom — Minha mãe apareceu na porta com um sorriso no rosto mas percebi que quando ela olhou para aquele homem rídiculo, o sorriso dela desapareceu.

A Aluna e o ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora