Beatriz que passara metade da manhã ouvindo, graças a preocupação desmedida da mãe, sobre tudo o que poderia e o que não poderia fazer, "Em hipótese alguma!" Sentia-se cada vez mais exausta, completamente exausta, quando então, a chance de mostrar se tinha entendido tudo chegara.
Michael Jackson aos 26 anos, como todos podiam ver, ainda era um garoto. Pois agindo como tal, a todos cumprimentava e analisava com uma curiosidade e uma alegria contagiante.
Michael Joseph que não compartilhava de tamanha comoção, sentia-se a caminho da execução. Pois estava preocupado e amargamente arrependido. Desde que chegara na ala infantil, não. Desde que Beatriz chegara na ala infantil ao lado de Michael Jackson, ele estivera tentando se conter.
Entretanto, a agonia daqueles incontáveis segundos em que passou apenas os observando de longe e torcendo para que tudo acabasse bem, não o entorpecera tanto os sentidos que ainda não fosse capaz de ouvir. O que todos cochichavam, ele parou para escutar.
- Você viu o abraço que Michael Jackson deu em Beatriz?
O doutor teve que respirar fundo. Sabia que dar atenção àquelas palavras lhe seriam como um caminho sem volta à auto-piedade, mas deixando de lado qualquer idéia precipitada de que algo ali pudesse entristece-lo, fechou até mesmo os olhos para tentar imaginar a cena; compatilhar da alegria dela.
- Ela se aproximou e sem qualquer cerimônia tentou tocar no cabelo dele, onde dizem que há alguns meses pegou fogo. Naturalmente, ele não poderia deixar, mas deu sequência a quela sua pretensão da seguinte maneira :
Mudando a direção daqueles dedos ansiosos que tanto o apertaram a gola da camisa, assim que ele a colocou sobre o peito. . . Ai, como eu queria poder ser ela naquele momento! - A enfermeira dizia suspirando - E poder sentir aquele coração batendo enquanto ele percorria toda a extensão do seu braço de maneira carinhosa, até terminar num longo Abraço apertado. . . "Então é você, a minha maior fã em todo esse hospital?" Foi o que ele perguntou com os olhos ligeiramente apertados numa expressão alegre, que muito me enquietou, sabe. Porque ela não disse nada! E aliás, toda aquela sua aparente tranquilidade e indiferença eram me muito extranhas, eu pensei, "que é isso? Sem lágrimas, sem histeria, sério?" Não sei. Parecia que ela estava. . . Sei lá, sob o efeito de alguma coisa?
- Não! - Michael Joseph sussurrou abrindo os olhos atormentado. A verdade era que por medo, insegurança. . . Ele não sabia bem o quê, mas havia feito o impensável a Beatriz, para assegurar de que a mesma, não se deixasse encantar demais pelo artista. -Ciumes ele bem que poderia confessar. Mesmo assim, quem se daria ao trabalho de tentar entender ou mesmo lhe perdoar quanto a poderosa e irremediável ação do entorpecente, sonífero pelo qual ele tanto se arrependendia por ter ministrado naquela manhã?
- Julgarião-me o mais anti ético dos profissionais muito antes que eu pudesse tentar, isso sim. - Ele pensava.
Olhando para eles uma última vez antes que o medicamento começasse a fazer efeito, ele ainda teve que ouvir a enfermeira dizer, como se tudo já não fosse o bastante, que o Mister Jackson ainda teria tencionado dar um beijo na face da paciente, que virando o rosto muito rapidamente para o outro lado naquele instante, deixou a todos, inclusive o próprio Jackson, que ja deveria estar mais que acostumado com esse tipo de coisa,
- Muito surpreso! - Debbie interrompeu a amiga fazendo a rir.
- E muito sem graça. - Ela acrescentou - , Ainda mais quando uma das crianças que por ali muito próximas: brincando, abrindo presentes ou só os observando atentamente. Segurouo e puchou com força a camisa dele por trás, fazendo o lembrar se de que tinha que soltar a moça. Que vergonha! Debbie, é sério, parecia que ele estava se aproveitando da situação! - Ela exclamou e as duas voltaram a rir.
Aquilo o deixou mesmo aborrecido, "Tudo fora em vão." pensou, e quase desejou ter tomado ele mesmo daquele remédio.
Após um silêncio repentino das duas, que ele bem sabia o porque, desesperou-se e ficou mesmo sem saber o que fazer. Esboçou em seguida, um gesto indeciso, que não se completou, pois alguém o empurrou:
- Faça alguma coisa! - disse a voz. "A paciente havia perdido os sentidos" Ele se esforçou por anunciar a si mesmo, entrelaçando as mãos uma na outra para dominar um tremor que o sacodiu, enquanto caminhava até lá. "Havia perdido os sentidos " repetiu, "e agora está nos braços daquele cantor!", ele caminhou com mais determinação. "Com ele, que parece sentir," pelo menos, é isso que parece, estando tão inclinado sobre ela daquele jeito, era mesmo absurdo pensar, "mas ele parecia se sentir quase tão culpado quanto eu mesmo!"
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- Será que ela vai ficar bem? - Foi o que Michael Jackson perguntou, assim que Michael Joseph práticamente arrancou a paciente de seus braços, sem olhar muito diretamente para ele, (pois lhe parecia que mais urgente que dar explicações era antes sair dali e evitar mais comentários).
- Só está dormindo. -respondeu finalmente, com o sorriso mais tranquilo que na hora conseguiu encontrar. Pois lhe chamou logo a atenção e o deixou bastante aborrecido, um sorriso quase que imperceptível, no rosto adormecido da paciente. Naquele instante, Michael Joseph se pôs a imaginar, não pôde evitar, que Beatriz talvez conservasse aquele sorriso no canto da boca, porque estava sonhando até agora, com qualquer nuven fofinha. . . "Pois afinal", Ele pensou ironicamente, "ter beijado o Michael Jackson deve ter sido mesmo como ter morrido e ido direto para o céu!"
E daquele momento em diante, as poucas dúvidas que Michael Jackson havia conservado quanto aos sentimentos do "Meu amigo médico, sim." Ele pensou, "Foi exatamente assim que Beatriz se referiu ao Joseph quando eu lhe perguntei, sobre qualquer adimirador que ela talvez pudesse ter. . . Enfim, o fato é que nos olhos do tal médico, aqui, agora, na minha frente, tenho a resposta." Ele se preocupou, passando a mão pelo cabelo, desejando de todo o coração, que Joseph realmente não tivesse visto o tal beijo.
- Será que eu posso acompanhar vocês até o quarto? - Ele ainda se atreveu a perguntar, só pra ver qual seria a reação dele.
- Não! Não precisa. Eu posso assumir daqui. Tenha um bom dia! - o doutor respondeu rapidamente se voltando para o outro lado, sem nem se preocupar com o quão rude poderia parecer.
Michael Jackson sorrio apenas. Naquele instante teve total certeza de suas convicções. Ele sabia que Beatriz ficaria bem, que realmente estava em, "Boas mãos" Mesmo assim, disse, ganhando de vez, uma profunda e exagerada antipatia por parte do médico, (mas uma antipatia quase que amigável demais), pois apesar de tudo, Michael Jackson era uma boa pessoa. Michael Joseph sabia disso.
- Eu ti ligo pra ter noticias. Eu volto para visitar vocês!- ele quase teve que gritar a última parte para ser ouvido pois, o médico se distanciava a passos largos.
Ninguém ali entendeu a razão de ele ter dito aquilo, mas limitaram-se todos a tão somente pensar, que ele estivesse só interessado em se certificar de que a sua ajuda financeira seria bem administrada, (O que era perfeitamente compreensível), ainda que não tivesse o menor sentido ter direcionado tais preocupações ao terapeuta, doutor Michael Joseph. Que aliás, havia saído dali, quase correndo!
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Bem, o que eu posso dizer? foi só isso o que eu consegui fazer hoje, sinto muito. Espero não ter decepcionado vocês.ATÉ O A PRÓXIMO CAPÍTULO, TCHAU!
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A autista e Eu
FanfictionHi, girls! Então, espero que estejam familiarizadas com a abreviação, TEA. Pois, estou determinada a escrever sobre isso, e também sobre MJ, - é claro. E falando nele, vocês ja pararam pra pensar que Michael Jackson era tão instável, que mais trans...