Logo estávamos a caminho da arena. Fyru não parava de reclamar e me xingar, eu pensava apenas na pobre garota. Ficava me queixando por não perceber que ela estava em perigo. A domadora apareceu e sorriu para mim, logo atrás dela estava os Fierenraytes com a garota nas costas, apenas olhei para seus olhos assustados. Enquanto a garota se afastava de nos, Fyru começou a dizer:
- É melhor você vencer essa merda, se não eu vou te matar com minhas próprias mãos, amigo.
- Achei que já tivesse tentado e acabou mudando de ideia, amigo.
- Não, só estou esperando você fazer uma cagada como a que você já fez.
- Você quer trocar de lugar comigo?
- Se eu não estivesse machucado, meu amigo. Eu me machucaria só para não ter que enfrentar aqueles que você vai ter que lutar.
- Mas com quem é que vou ter que lutar?
- Não sei, mas pelo que parece, ele foi o homem que matou o último gigante.
- Qual era o nome do gigante?
- Por quê quer saber? Você conhece?
- Não, mas gostaria de saber quem é o último gigante.
- Um tal de Mytiriel.
E minhas suspeitas tinha acabado, era ele mesmo. Tudo que eu pensava era em um plano para matar ele, então, pude escutar as trombetas tocando e eles jogando suas armas. Disse a Fyru:
- Caso o pior aconteça comigo, quero que você proteja a garota.
- Ok, meu amigo.
- E antes que eu tenha perdido a vida por completo, você deve pegar as minhas coisas, lá tem uma carta dizendo para onde que você devera leva-la.
- Você é bem preparado não é, amigo. Previu sua morte por acaso? - Ele riu - Se você previu, é melhor mudar isso amigo, eu e você ainda vamos escapar muitas vezes da morte pelas tetas do destino e no final vamos tomar uma gelicas.
Eu acenei com a cabeça e fui até a arena. Tudo o que conseguia pensar era nela e antes que a batalha começasse, escutei o barulho dos sinos e o rei fazendo um pronunciamento, mas minha mente só me fazia lembrar da nossa caça. Lucatir e em como nos amamos naqueles bosques e como havia pedido uma vez, que quando fosse partir, que eu a visse pela ultima vez, antes que meu pensamento pudesse ir até o fim, eu só senti um forte golpe em meu rosto. Quando voltei a si, vi uma corrente com a ponta com uma enorme presa de Skirion. Senti meu corpo começar a enfraquecer com o veneno que havia me acertado. Ao fundo, escutei em meio a todos os gritos de alegria, uma única voz que me fez pensar se iria morrer ali ou se iria morrer em outro lugar. Voltei a escutar o barulho que a corrente fazia quando era girada. Ao ar, aquele vento sendo cortado com tanta força, que me fez querer ver como é o Paraiso. Eu apenas pensava em uma coisa: meu dia de morrer não será hoje. Peguei a espada que estava ao meu lado e ele jogou a corrente novamente. Coloquei a espada sobre meu braço e não me questionei. Avancei até ele e travamos uma batalha que balançariam os portões de elegar e ao meio do calor da batalha, vi uma enorme nuvem de tempestade. Me lembrei Skirion. Não tem veneno na chuva. Recuei e joguei a espada longe. Olhei atentamente para ver o que iria fazer em meio a tempestade. Ele avançou e jogou a sua corrente em mim, mas não surgiu efeito algum. Ele se desesperou e eu o peguei pelo pescoço, tirei seu elmo e vi apenas um garoto e então, o joguei e gritei:
- Eu venci! Agora você é um covarde de mandar um garoto para me enfrentar!
O rei se levantou e disse:
- Ele não é um garoto, ele é meu irmão e essa luta só acaba quando um dos dois estiver morto ou fora de condições de lutar!
Pensei em minha cabeça, tudo que passei para chegar até ali e agora teria que botar tudo a perder por causa de um rei inútil que não ama sua própria família. Olhei para a multidão e todos estavam horrorizados com seu rei. Tudo o que fiz foi pedir para aquele garoto me espancar e ele olhou para mim com os olhos cheios de lágrimas, eu disse-lhe:
- Não se preocupe, eu não vou morrer.
- Sei disso, mas como eu posso bater na pessoa que está me salvando?
O garoto começou a chorar e antes que eu pudesse me entregar, a domadora riu e gritou para mim:
- Como você é dramático! Você está prestes a se entregar por uma criança?
Ela então se teletransportou até mim.
A encarei para e ela prosseguiu dizendo:
- Bom, acho que você se preparou para isso não é? - Ela sorriu. - Mas eu vou resolver os seus problemas e os do garoto também.
Não entendi o que estava acontecendo. Ela voltou o olhar para mim e disse coisas que me surpreenderam, assim como assustaram a todos os os outros que estavam lá:
- Eu, Rhayvirya descendente do Deus Carnyon, Deus das batalhas, declaro Thorn campeão da batalha e o torneio se encerra aqui!
- Por quê?
O rei perguntou.
- Porque, um torneio não é mais preciso. Suas atitudes já foram postas a prova e você já havia feito este torneio a muito tempo. Ele teria mais uma batalha e com certeza ganharia.
- Então, qual é o seu prêmio? Além de sua Myertes.
- A claro! O prêmio será minha mão em casamento.
Essas palavras me fizeram enlouquecer e ela olhou para mim sorridente. O rei não gostou muito dessa decisão que ela tinha tomado e como se não bastasse, somente em horas erradas, Fyru entrou na arena carregado por um Fierenraytes e a garota montada em outro Fierenraytes e então, bêbado, se levantou e decidido a lutar, começou a vomitar. A moça deu adeus ao rei e por fim para provoca-lo, me beijou e quando ele mandou acertarem as flechas em nos ela nos teletransportou, quando vi, estávamos longe da cidade, em uma casa na floresta com todas as minhas coisas lá e ela disse:
- E então, o que achou meu amor? Essa é a nossa casa agora.
Apenas me retirei e vi que estávamos muito longe da cidade e que estávamos muito alto. Me virei a ela que me abraçou e disse:
- Bom, nos temos que conversar!
- Eu também acho
Quando percebi, Fyru estava na beirada da casa e ia cair, eu o segurei e disse:
- É melhor você ir dormir, não acha Fyru, não é mesmo garota?
Ela acenou com a cabeça e o coloquei na cama e pedi para que ela cuidasse dele, mas antes de sair, ela correu e me abraçou, dizendo:
- Obrigada por não me deixar para trás.
- Eu nunca irei te deixar para trás. – Retribui o abracei e a coloquei na cama do quarto ao lado. - Qualquer coisa me chame, eu virei o mais rápido possível.
Ela sorriu e a deixei quieta. Sai e fechei a porta, em seguida, fui a procura da domadora e ela estava em seu quarto, fui até ela e ela disse:
- Então, vamos conversar!
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Guardiões da Chama Primordial Livro l
RandomThorn e apenas um homem com o passado sóbrio que sempre que possível tenta redimi-lo,mas em sua jornada para casa ele sera colocado em diversos perigos e provas para ver o quanto de seu passado ele segui-o em frente.