Dois.

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Sana conseguia sentir o rosto queimar com as falas de Tzuyu sobre assuntos nada agradáveis para ser dito em público. Os olhinhos de jabuticaba estavam levemente arregalados enquanto enfiava um punho de jujuba nos lábios, mastigando levemente o conteúdo.

— Está me escutando? — franziu o cenho.

— Estou — respondeu com a boca cheia de jujubas.

— Argh Sana, preste atenção! — passou as mãos pelo rosto — eu preciso pensar em uma estratégia de pesquisa, para comprovar que o prazer pode ser sentido em qualquer lugar.

Minatozaki corou mais ainda com aquela frase. Aonde estava com a cabeça quando decidiu aceitar o pedido de namoro daquela sexóloga cujo nome é Chou Tzuyu?

— Eu não acho que o... — olhou ao redor — prazer pode ser sentido em qualquer lugar... Eu acho que a pessoa deve estar relaxada. Como você iria dedar alguém em público sem que a outra pessoa sentisse medo de ser flagrada? — Sana disse em um tom baixo.

Tzuyu revirou os olhos enquanto fechava o caderno que usava para estudos e pegou o objeto enfiando dentro da bolsa.

— Existem muitas outras formas de dar prazer à alguém e não precisa ser necessariamente com os dedos ou boca — disse se levantando.

— Tzuyu fale baixo, estamos no meio de uma praça de alimentação!

Se levantou junto a maior e sorriu envergonhada para um casal que estava ao lado de ambas com uma expressão assustada após escutar parte da conversa. Tzuyu já estava a alguns metros à frente e então Sana andou em passos apressados para alcança-la.

Com o saco de jujubas em uma mão e uma sacola de doces na outra, acompanhou Tzuyu que estava indo em direção ao estacionamento mas parou em frente à uma loja.

— O que foi? — Sana juntou as sobrancelhas olhando para a maior.

Chou não respondeu, apenas entrou na loja que havia parado em frente deixando a japonesa extremamente curiosa, porém ao ver o nome da faixada da loja arregalou os olhos. Artigos de sexshop, prazer pra toda hora.

Será que se eu levantar as mãos para o céu Deus irá me levar? — murmurou sentindo o rosto completamente avermelhado.

Minatozaki se virou olhando ao redor se certificando de que ninguém conhecido lhe veria entrando naquela loja, pegou uma mecha do cabelo rosado e colocou na frente de seu rosto antes de entrar na loja atrás de sua namorada.

— Amor, não acha que já passamos vergonha demais por hoje? — sussurrou agarrando o braço de Tzuyu.

— Quieta! — murmurou baixo enquanto lia as funcionalidades de um pequeno vibrador — irei levar esse daqui — disse para a atendente.

— Chou Tzuyu eu juro que se eu fosse switch eu metia a mão na sua cara aqui e agora — sussurrou para a maior que soltou um pequeno riso.

— Vocês são um casal bdsm? — a mulher do caixa perguntou enquanto passava o objeto que Tzuyu queria comprar.

"Sim nós somos, você não percebeu?" — Sana pensou enquanto assentia levemente.

— Somos — indagou Tzuyu.

— Já experimentou algo em público? — a mulher disse em um tom gentil — já que estão aqui e levando esse vibrador vocês podem usá-lo... Basta colocar isso aqui dentro da intimidade e usar o controle ajustando a intensidade do vibrador, vai por mim, é ótimo!

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