Capítulo 1

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Oii, este é o meu primeiro livro, um teste na verdade. Desculpe os vários erros que encontrarem na história. Desde , obrigada por ler esta obra.
Espero que gostem.

Decepcionante.

É a palavra que me vem à mente assim que ponho os olhos no vestido de baile. É desnecessáriamente enorme e apertado, volumoso em exagero e todo decorado.

Uma gaiola enfeitada.

Percebendo minha expressão, Maria me repreende com o olhar.

- Se você passasse mais tempo usando vestidos como uma garota normal e decente não ficaria com essa expressão

Reviro os olhos e ela franze o cenho. Ótimo, o dia nunca está completo sem os sermões de Maria. Mas em vez de muitas palavras lançadas, ela apenas suspira.

- Estou preocupada demais para isso.

É claro que estava, não é algo comum e nem de longe seguro.

- Eu sei. Mas vou ficar bem, eu sempre fico.

- É diferente, cada homem daqueles tem um celeiro cheio de cães prontos para matar.

Balanço meus ombros levemente, eu sei. Mas eu terei os meus comigo.

- Seria melhor se você deixasse eles pensarem que você é como as outras mulheres da corte.

- Eles não estarão usando máscaras, por que eu teria de usar?

- Porque homens são cruéis, não suportam ver uma mulher com poder e querem caça-la como lobos selvagens.

Sua voz carrega raiva e rancor, não por mim, mas por um passado distante.

- Nem todos são assim

- Os que você vai encontrar no Palácio serão

Maria mexe já sem muito entusiasmo no vestido.

- Acho que vamos deixar esse vestido para outra ocasião. Afinal a festa durará duas semanas.

Ela força uma animação na voz enquanto separa o vestido em um canto. Suas mãos ágeis pegam um espartilho branco e singelo, passando os dedos pela extensão do mesmo avaliando como ficará em mim.

Mas nem que o inferno congele.

- Maria, você vai mesmo fazer isso comigo? Você sabe que eu não gosto. - apelo a ela, que fraqueja por um instante e volta a si mais rápido ainda

Essa mulher persistente sempre querendo coisas improváveis.

- É necessário, será um grande baile. E terá vários olhares sobre você, precisa estar no mínimo decente.

Maravilha, recuperou o ânimo.

- Eu não usaria um desses nem que o inferno congelasse

Rebato rapidamente e suspira longamente e com um falso cansaço, como se estivesse em seus momentos finais. Eu não iria ceder e aquela mulher insistente sabia disso.

- Senhorita Maia? Vim ajudar

Ana diz com suavidade, adentrando o quarto em seguida. Seus cachos morenos balançam levemente enquanto anda até mim com o vestido em mãos. Ela está quieta esses dias, Ana não costuma falar muito na presença de outros e Eu sei o quanto meu pai pode intimidar as pessoas.

O vestido é colocado sobre uma cadeira e a mesma se aproxima de mim, toco sua mão e a entrelaço junto a minha. Sorrio levemente e aperto sua palma em comprimento, me perdendo por um instante em seus olhos avelã. Ela retribui com um sorriso pequeno e os olhos devotos.

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