Deixe-me ajuda-lo a estudar...

Uma "ajuda"

Eu estava em casa estudando geografia pra prova de sexta, que era a coisa mais chata, que precisava decorar os países e as capitais, eu era bom aluno, mas em decorar não era tão bom assim, mas até que estava me saindo bem... quase arrancando os cabelos, tentando por aquilo tudo na minha linda cachola, mas estava ficando meio difícil.

Até que sinto meu celular tocar, olho e era ele, giro os olhos, agora não, preciso estudar e sei o que ele diria e eu acabaria cedendo a qualquer coisa, então eu acabei por ignora-lo, coisa que sei muito bem que se não se deve fazer. Depois de umas três chamadas, ele manda mensagem, giro os olhos e a abro.

(cade você, não me ignore assim...)

[ai desculpe, to estudando pra prova e preciso disso e você não ia me deixar...]

(estudar loiro, logo você, pensei que sabia de tudo meu nerdzinho...)

[besta, saber eu sei, decorar que é difícil e nerd é #$%. agora me deixe estudar!]

(hahaha, enfezei a loira? mas, você sabe o que eu quero não? (aquela carinha))

[ai peste, eu sei (aquela carinha também), por isso que não atendi, agora tchau e me deixa estudar!!!]

(... posso ai te ajudar? de decorar eu sou bom, hehehe, posso?)

[você, me ajudar? não sei...]

(senti um sarcasmo ai? to indo)

[ok, tá bem, a porta vai estar aberta e eu to no quarto]

( humm, quarto... (aquela carinha e mordida na boca))

[para seu chato, é pra estudar mesmo, bju]

(beijos naquele lugar, fui)

Ai praga, saiu e me deixou vermelho, ele não tinha jeito. Dei um suspiro e me levantei da minha confortável caminha e fui abrir a porta da frente e voltei e fiquei meio deitado o esperando e aproveitando pra estudar mais um pouco, não demora nem cinco minutos e o caderno é retirado de minhas mãos, quase me dando um treco e ele riu.

— Não consegue estudar mesmo? - fala sorrindo de lado.

— Com você tirando ele assim de mim, não. - falei azedo e ele riu. - ai, não to conseguindo decorar isso tudo... - falo com um bico.

— ooon, tadinho... então vou te ajudar. - fala e morde a boca.

Se abaixa e me da um longo beijo de saudades, como se não tivéssemos nos visto ontem. Me sugou a língua e sorriu malicioso e me deu um selinho, depois pegou meu caderno e levou até minha impressora e tirou umas xerox deles, das mais fracas. Se voltou me entregou o caderno e se sentou do outro lado, catando uma caneta e um livro pra botar por baixo, me olhando 'sério'.

— Então vamos começar pelas mais fáceis e pelas que você já sabe. - falou sorrindo de lado. - Brasil? - fala sacana.

— Brasília. - falo girando os olhos e ele ri e marca na folha.

— Argentina? - fala mordendo a boca.

— Bueno Aires... - falo e ele se segura.

— Colômbia? - fala

— Bogotá. - respondo e suspiro.

Ajeito o travesseiro atrás de mim, que aquilo ia ser longo...

.

Quase meia hora depois, ele estava todo esparramado na cama, com cara de tédio, me tomando aquilo e eu quase largado em cima da cama. Ele solta um suspiro e deixa os braços caírem.