Meu Chefe

Doze...

Uma palavra
Uma escolha
Uma atitude
Pode simplesmente decidir o rumo da sua vida.
Eu sempre tive esse hábito de falar sem pensar, mas hoje... Hoje eu tava decidia, eu não queria isso na minha vida, eu só queria paz. Já não bastava meu namorado, quer dizer... Ex namorado, agora meu chefe também estava no meu pé! Eu não mereço nada disso! Só quero um bom emprego, um café, um final de semana com o Diogo assistindo minhas séries e um belo de um sorvete. Mas nada disso aconteceu.
Eu tive um namorado que não me amava, a pessoa que eu converso e me identifico eu nunca vi na vida e tenho um amigo que amo, mas às vezes passa dos limites.

Escuto umas batidas na porta e logo em seguida um "posso sentar?". Minha vontade era dizer que não, mas eu não faria isso, ele ainda era meu chefe.
- S-sim - disse com um pouco de insegurança.

Ele ficou ali, sim, parado, me olhando com aqueles lindos olhos e em uma fração de segundos ele estava muito, muito perto de mim, eu conseguia ouvir a sua respiração.
- Tira a roupa - E ele só disse essa três palavras.
Quando me dei conta, eu já estava na mesa, suas mãos grandes e firmes passava pelo meu corpo de uma forma que a cada toque meu corpo se entregava mais. Sua boca passando por cada centímetro. E ali, eu me sentir amada, desejada. Ele me fez esquecer de tudo, de todos os meus problemas. Ele conseguiu ser delicado e ao mesmo tempo firme e eu sabia que nunca iria me esquecer de cada detalhe.
E por fim... Eu perdi a minha virgindade
 
– CLOEEEEEE, acorda!!!!!! – Diogo me balançava feito um louco.
– Acordei. Calma! Aconteceu algo?! – Pergunto ainda com os olhos fechados
– Claro que sim! Você pediu demissão?!
– Como que você soube? – Agora eu estava sentada na cama buscando na mente quem mais teria dito a ele. – Alice, Claro!
– Óbvio. Eu não acredito, Cloe, que você se demitiu só porque não sabe controlar essa periquita

E então me lembrei do sonho que tive. Fiquei meio envergonhada em contar

– E-e que eu tive um sonho com ele
– Com seu chefe?
– Sim – Digo um pouco envergonhada
– Você realmente tá maluca, será que posso saber a gravidade desse sonho?
– Eu fava... Com ele
– Tava o que garota
– Sexo – falo tão baixo que nem conseguir me ouvir
– O QUE VOCÊ DISSE?! – Digo fala irritado.

Como ele é curioso

– Ah, você sabe. Fazendo, sabe... Aquilo...
– Cloe Muniz, você sonhou que estava transando com seu chefe na sua casa ?!
– Não!
– Urfa!
– No trabalho – Digo corrigido-o
– Trabalho? Que trabalho?
– Estou falando que no sonho não foi no trabalho e sim no carro, digo... No trabalho
– Cloe! – Digo fala entre gargalhadas.

Por um momento achei que ele fosse desmaiar de tanto rir. E eu? Bom... Eu fiquei mais sem graça do que eu já estava. Tudo bem, você olhar pra uma pessoa e falar "nossa que gato!" Mas sonhar que estava transando com ele. Aí... Já é muito constrangedor, ainda mais quando o carinha do seu sonho é seu chefe.

Minutos depois....

– Uau! Cloe Muniz, olha só o que chegou pra mim!!! – Digo fala entre pulos na sala
– Nossa! Que buquê lindo. Quem te deu? Olha o cartão – Falo toda encantada com aquilo.

Fiquei feliz pelo Di, mas... Por um momento me veio uma tristeza, lembrei do Rafael, quando fizemos 4 anos de namoro. E ele, nem se quer mandou uma rosa pra mim. Lembrei do quanto fui idiota em permanecer e segurar algo que já estava no chão a muito tempo.
Pensamos tanto que não podemos viver sem a pessoa amada, que acabamos não exengando, que, muitas das vezes,  essa pessoa amada esteja te matando.

– Claro que não é meu, sua boba. É seu! – Di me entrega com um sorriso de orelha a orelha – Anda, abre logo esse cartão e me fala quem te enviou – ele fala todo ansioso

Eu estava olhando para aquelas rosas tão lindas, tão delicada e quis chorar, mão por triste e sim de alegria.

–Ah, Cloe, para de ficar fazendo mistério abre logo
 
Espero que tenha gostado das rosas. Eu olhei para elas e logo me veio você na mente.
Linda e delicada como você. Tenha um bom dia, Cloe

                               Scott.

– Deixa eu cer – Ele fala enquanto puxa o cartão da minha mão e sai correndo. – Não acredito nisso, o gato garoto mandou isso para você?!
– Meu Deus, quem é gato garoto?!
– O Sr. Mandão
– Aí Deus, toda hora um apelido diferente, né.
–Aahh, tenho culpa? Não tenho. Mas que foi ótimo com essas rosas, isso eu tenho certeza. Tá na hora de pôr em prática esse sonho viu mocinha – ele fala e logo após bate na minha bunda e faz 'cara de safado'.
– Ele quer me comprar com rosas?! Percebeu que sou uma ótima funcionária e agora vai ficar mandando bilhetinhos e rosas. Palhaçada! Vou naquela empresa devolver a ele. Mandar ele nunca mais enviar esse tipo de coisa para a minha casa. Ahh quanto eu sinto saudades do Sr. Afonso.
– Calma gata. Em uma coisa ele não acertou
– Em que?
– Na parte que ele diz que você é delicada. De onde ele tirou esse delicada de você? A não ser que para seu amiguinho aqui, você seja esse cavalo e com ele, seja um amorzinho. – ele fala e fica um pouco parado pensando – Já sei o motivo
– Diga!
– Não dá pra ter dois cavalos no mesmo ambiente de trabalho. Então... Você deixa ele ser o seu cavalao – Uaaaaau, que sexy! Quero ser chamado de Cavalao

Diogo passa dos limites sempre! Mas eu não me aguentei e me acabei na gargalhada.