So what?

Cap. 17 - Ainda há esperança

O Dr. Lampard chegou antes da hora do jantar e estava apreensivo. Ele tinha que falar com o Chris sobre assuntos que descobriu muito importantes e delicados…nada que a sua experiência profissional não o ajudasse nestes casos mais complicados. Quando chegou, ficou contente de ver que o palacete estava intacto e que tinham travado a ordem de venda. Tocou à porta dos anexos e Shirley já o esperava: - Boa tarde Lampard! Entra!

- Olá Shirley…

Os olhos de Shirley brilhavam quando ele proferia o seu nome. O advogado não ficou indiferente a ela, além de a achar muito bonita, continuava maravilhosamente cuidada e sexy. Ele entrou para a sala de estar. - Já vives aqui há muito tempo?

- Há 16 anos! Depois do meu marido falecer, vim com a bebé para cá. Os Ronald’s foram a minha salvação. Eu não tinha como a sustentar….a indeminização do Estado foi uma miséria…nem deu para eu comprar uma casa pequena….

- Estranho! Depois mostra-me a papelada que tens do Governo.

- Está bem, depois vês isso. Eu já avisei o Chris e a Anna que tu vinhas. Estes devem estar aí a descer…

- E tu Shirley? Refizeste a tua vida com alguém?

- Não!

- Um namorado?

- Também não!

- Mantiveste-te sózinha este tempo todo?

Shirley anuiu. Ficou envergonhada e corou a ponto de os seus olhos ficarem com lágrimas…

- Desculpa…não te queria aborrecer. Tu és linda….acho estranho nunca teres arranjado ninguém.

- Os Ronald´s deixaram-me ficar aqui com a condição de eu criar a minha filha e de me dedicar inteiramente à casa e ao menino Chris. Eu não tinha tempo para essas coisas. E tu?

- Ora, eu sou um advogado…não tenho tempo para nada! Já namorei e estive noivo….mas não correu bem. Tive outras namoradas mas ninguém que eu considerasse importante para a minha vida…a minha alma gémea.

- E agora?

- Agora, estou como tu….Livre e desimpedido.

- Pois…a minha alma gémea morreu e será difícil eu encontrar alguém como ele.

- Não podes pensar assim Shirley. Lampard segurou-lhe na mão e deu-lhe um beijo: - Tens que confiar mais em ti e na vida. Um dia venho- te buscar para tomarmos um café…tu precisas de espairecer essa cabeça.

- Eu aceito! Tens razão…Uma saída até me pode fazer bem.

Entretanto chegam à sala Chris e Anna. Chris vê Lampard a dar a mão a Shirley e não gosta: - Então Dr. Lampard…o que é isso?

Lampard retira logo a mão e Shirley fica sem saber o que faze e tenta explicar-se: - Nós somos velhos amigos…não tens nada a temer Chris.

- Eu não gosto que ninguém mexa com a minha mãe Shirley.

Lampard levantou-se para o cumprimentar. - Prazer em conhecê-lo Chris Ronald

- Não foi nas melhores circunstâncias mas eu relevo aquele toque de mão…Então o que nos tem para dizer.

- Tenho muitas coisas para vos contar. Acho melhor sentarem-se e ouvirem com atenção. Espero contar convosco para qualquer esclarecimento.

- Sim, estamos aqui para isso. Chris mostrava com ar despreocupado mas o seu coração estava acelarado. Afinal de contas era dos seus pais que Lampard ía falar.

- Não sei se a Shirley vos contou mas o Dr. Mason faleceu…morte súbita. Ele não sabia que Katrina Waves era amante do seu pai e isso mexeu com ele.